quinta-feira, 15 de setembro de 2011

LIVROS DO BRASIL


Livros do Brasil é o nome de uma prestigiada editora portuguesa que nos trouxe, em tempos idos, títulos importantíssimos. Mas aqui o título refere-se a alguns livros, uns muito recentes e outros nem tanto, que trouxe recentemente do Brasil. Trouxe mais, mas estes constituem uma selecção que pretendo ler agora (ou ver, quando o livro for grande demais para ler agora) e que cabem nos espaço de um post. A ordem é alfabética do nome do autor:

- Frei Betto e Marcelo Gleiser, Conversa sobre a fé e a ciência, Agir, 2011

Conversa entre o conhecido padre dominicano de Belo Horizonte e o também conhecido físico carioca e divulgador da ciência que trabalha nos Estados Unidos. Bela apresentação gráfica.

- Mário Braga, Andreia Guerra e José Cláudio Reis, Breve História da Ciência Moderna, Zahar, 2007 (vol. 4).

História da ciência de a Idade Média até aos nossos dias, em 5 pequenos volumes, com uma interessante incursão no volume 4 sobre a ciência no Brasil.

- Eduardo Bueno, Brasil: Uma história. Cinco séculos de um país em construção, Leya, 2010.

História do Brasil muito ilustrada com intuito de divulgação da autoria de autoria de um jornalista e escritor que se tem vindo a especializar na história do Brasil. Foi editado pelo grupo português estabelecido recentemente no Brasil. Na contracapa elogios de Kenneth Maxwell, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Eric Hobsbawn.

- Francisco Caruso e Vitor Oguri, Física Moderna. Origens clássicas e fundamentos quânticos, Elsevier - Campus, 2006.

- Este livro, Prémio Jabuti 2007 (2.º lugar), é um manual de Física moderna escrito por dois professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e especialistas em física de partículas. Uma perspectiva histórica muito completa, com fontes primárias e secundárias, em que as equações se combinam com figuras e cartoons. O Nobel Lederman elogia o livro na contracapa e bem merece.

- Roberto Darnton, A questão dos livros, Companhia das Letras, 2010.

Os livros do director da Biblioteca da Universidade de Harvard, especialista no iluminismo, contribuidor frequente do New York Review of Books, estão traduzidos no Brasil. Este é um deles, mas há outros, que nos iluminam sobre o futuro dos livros e das bibliotecas, no mundo dos computadores, da Internet e do Google.

- Lucas Figueiredo, Boa ventura! A corrida ao ouro no Brasil (1697-1810), Recorde, 20211

Uma história da corrida ao ouro em Minas Gerais. Para além de um figura de Debret, uma frase na capa aguça o apetite para esta obra de um jornalista: "A cobiça que forjou um país, sustentou Portugal e inflamou o mundo"

- Flávio, Darwin no Brasil, Vieira e Leal, 2009

Pequena mas divertida banda desenhada que foi publicada no ano Darwin (2009) sobre a passagem daquele naturalista por terras brasileiras.

- Galileu Galilei, Ciência e Fé, Editora da UNESP, 2009

Traducções em português das cartas de Galileu sobre relações entre ciência e religião, incluindo a famosa carta de Galileu à Grã-Duquesa Cristina de Lorena, onde diz que as Sagradas Escrituras nao ensinam vai o céu mas sim como se vai para o céu.

- Nilo Lima (fotos), Rio das Alturas, Andrea Jakobsson Estudio, 2010

Belo livro sobre a melhor vista - de cima, tal como o Senhort do Corcovado - da cidade e região do Rio. Umnotável coffeetable book de entre os vários já produzidos com agrado geral pelos Andrea Jakopbbon Estúdios.

- António Passos Videira (coordenador científico). Rio Científico,Inovação e Memória, EDUERJ e FAPERJ; 2010

Bonito volume muito ilustrado, da responsabilidade da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (as torres junto ao Maracanã), sobre a história científica, em todos os aspectos do termo, da cidade do Rio de Janeiro. Que bom seria se existisse um volume assim sobre Lisboa!

- Voltaire, Cartas Iluminadas. Correspondência selecionada e anotada, que inclui a famosa querela com Rousseau, Zahar, 29011

Tradução em português das cartas mais notáveis do grande espírito das luzes. Fazia falta esta edição na língua portuguesa.

1 comentário:

Cláudia S. Tomazi disse...

"A cobiça que forjou um país, sustentou Portugal e inflamou o mundo"

Sinceramente desta frase de licencioso mau gosto, que não coubera a Jean-Baptiste Debret.

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