“Deixemos no bengaleiro a nossa perpétua inclinação nacional de escutar odes – e entremos só com a tendência humana de resolver problemas” (Eça de Queiroz, 1845-1900).
Diz-nos a voz popular que “de Espanha nem bom vento nem bom casamento”. Mas daqui não se deve inferir que os bons exemplos da vizinha Espanha, num período de contenção de despesas imposto pelo memorando da troika (e não só!), não devam ser seguidos em Portugal, tendo como fonte um comentário , ínsito no blog “A educação do meu umbigo” e no post intitulado “As actualidade televisivas do umbigo” (31/08/2011). Ou seja, " mandar para as escolas o pessoal dos Sindicatos". Aí sim, aí se veria o espírito de serviço à causa da Educação dos verdadeiros "missionários" que por ela se dizem sacrificar, tentando colher exemplo nos milhares de quilómetros percorridos por mês nos carris do caminho de ferro em viagens em alfa pendular pela inexistência do TGV em território nacional.
Diz-nos a voz popular que “de Espanha nem bom vento nem bom casamento”. Mas daqui não se deve inferir que os bons exemplos da vizinha Espanha, num período de contenção de despesas imposto pelo memorando da troika (e não só!), não devam ser seguidos em Portugal, tendo como fonte um comentário , ínsito no blog “A educação do meu umbigo” e no post intitulado “As actualidade televisivas do umbigo” (31/08/2011). Ou seja, " mandar para as escolas o pessoal dos Sindicatos". Aí sim, aí se veria o espírito de serviço à causa da Educação dos verdadeiros "missionários" que por ela se dizem sacrificar, tentando colher exemplo nos milhares de quilómetros percorridos por mês nos carris do caminho de ferro em viagens em alfa pendular pela inexistência do TGV em território nacional.
Se os sindicalizados não pagassem quotas (que representam, em alguns casos, ao fim do mês, passe o plebeísmo, uma pipa de massa ) ainda se compreenderia que o dinheiro da fazenda pública (ou seja o dinheiro dos nossos impostos) continuasse a pagar aos professores, destacados no dirigismo sindical , anos a fio e sem fim, os respectivos vencimentos acrescidos do dinheiro despendido com os docentes que os substituem na docência nas respectivas escolas de origem.
Esta uma possível explicação para a existência dos inúmeros sindicatos docentes que pululam pelo país fora (sem qualquer paralelo em outras actividades profissionais) com o argumento de representarem estratos docentes diferenciados sob o ponto de vista de formação académica, filiação ou mera inclinação partidária. Mas não tão diferenciados que tenham impedido o aparecimento de uma plataforma sindical em que mais de dezena e meia de sindicatos se uniram em concórdia de Deus com os anjos quando dias antes diziam um dos outros o que o próprio Maomé não se atreveu a dizer do toucinho.
Mesmo considerando um possível aumento de desemprego docente com o seu regresso às escolas (uma gota de água nesse verdadeiro e terrível flagelo que está a açoitar os milhares de docentes vítimas de uma política educativa que abriu escolas de formação de professores como quem instala caravanas de venda de farturas nas feiras) seria uma medida de moralização para acabar com essa espécie de baronato em oposição a docentes que de enxada na mão abrem sulcos de conhecimentos nos cérebros das nossas crianças e jovens e, por vezes, em situações altamente penosas por os afastar da sua residência habitual em centenas de quilómetros para ganharem o pão que o diabo amassou!
Em horas de apertar o cinto aos docentes não devem ser permitidos suspensórios aos sindicalistas que os representam em discussões intermináveis querendo impor a “sua” proposta (ou mesmo ausência de proposta) de avaliação docente qual grão de areia que emperra toda a máquina de um sistema educativo que subalterniza questões bem importantes como os programas escolares ou a possibilidade de tornar o ensino obrigatório num período de carências económicas das famílias. Famílias em que a simples compra dos livros e material escolar torna difícil ou mesmo insuportável a sua sobrevivência em questões básicas como a alimentação fazendo com que cada vez maior número de jovens vão para a escola cheios de livros nas mãos e de estômago vazio.
Esta uma possível explicação para a existência dos inúmeros sindicatos docentes que pululam pelo país fora (sem qualquer paralelo em outras actividades profissionais) com o argumento de representarem estratos docentes diferenciados sob o ponto de vista de formação académica, filiação ou mera inclinação partidária. Mas não tão diferenciados que tenham impedido o aparecimento de uma plataforma sindical em que mais de dezena e meia de sindicatos se uniram em concórdia de Deus com os anjos quando dias antes diziam um dos outros o que o próprio Maomé não se atreveu a dizer do toucinho.
Mesmo considerando um possível aumento de desemprego docente com o seu regresso às escolas (uma gota de água nesse verdadeiro e terrível flagelo que está a açoitar os milhares de docentes vítimas de uma política educativa que abriu escolas de formação de professores como quem instala caravanas de venda de farturas nas feiras) seria uma medida de moralização para acabar com essa espécie de baronato em oposição a docentes que de enxada na mão abrem sulcos de conhecimentos nos cérebros das nossas crianças e jovens e, por vezes, em situações altamente penosas por os afastar da sua residência habitual em centenas de quilómetros para ganharem o pão que o diabo amassou!
Na falta de humanismo de uma sociedade desapiedada haja, no mínimo, algum respeito pelos alunos e pela formação escolar que se lhes proporciona que não deve estar sujeita a um clima de instabilidade constante com pressões e ameaças de um sindicalismo que tem como palco a rua e se julga senhor do mundo do sistema educativo nacional. Ainda hoje, na 1.ª página do jornal Público, era dado conta de um novo “ultimato” da Fenprof: “Se o Ministério da Educação insistir nas quotas para as classificações de mérito não haverá acordo para novo modelo de avaliação dos professores, diz a Fenprof”. Perante a repetição constante dos mesmos erros e ameaças por parte dos corifeus sindicais, tomo para mim a perda de pachorra de um deputado do vintismo: nunca mais aprendem!
2 comentários:
Muito bom
Caro vando: Estava eu a estranhar a falta de comentários.E, para isso, só encontrava uma explicação: ser este um assunto que não interessa ser discutido por sindicalistas. O que, aliás, é mau sinal. Quando se trata de polemizar assuntos em clima democrático não devem existir temas tabus.
Agradeço-lhe, portanto, o seu comentário que poderá ter aberto as portas a uma necessária e salutar discussão que a perspective segundo vários ângulos e pontos de vista. Ninguém se deve arvorar em senhor absoluto da Verdade!
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