segunda-feira, 11 de abril de 2011

O fermento esquecido

Michael Maestlin

Eis a minha crónica semanal no jornal i; desta vez, realço mais um herói desconhecido da História da Ciência ...


Qual é o fermento de um génio? O professor de Inglês de Shakespeare? O primeiro treinador de Ronaldo? Lancemos uma luz sobre um desses desconhecidos. Em 1583, na Universidade de Tübingen (Alemanha), Michael Maestlin já era considerado um dos mais respeitáveis professores de Matemática e Astronomia. Ensinava com prazer a geometria dos "Elementos" de Euclides, e o mui estimado (sobretudo pela Igreja) sistema geocêntrico enunciado com autoridades seculares como Aristóteles e Ptolomeu. Publicamente, porque, na sua dimensão mais privada, um livro e um homem fascinava-o: "De Revolutionibus Orbium Coelestium", a magistral obra de Copérnico, defendendo a correcta teoria heliocêntrica. Mesmo para um professor tão respeitado como Maestlin, a mínima exibição pública de apreço pelas ideias de Copérnico seria um passo mortal para a sua ruína pessoal e académica. Porém, encontrou num seu pupilo 20 anos mais novo e de nome Johannes Kepler uma deliciosa cumplicidade intelectual e científica. Juntos, na mais bela e sinergética clandestinidade filosófica, desfrutavam das ideias de Copérnico como crianças que guardam um segredo. Na obra e no pensamento de Kepler está presente todo o espírito e desejo de descoberta contido no seu mestre, aprofundado genialmente por este seu pupilo. Maestlin foi o plantador da semente que em Kepler fez brotar a floresta de todo um novo cosmos. O professor, o fermento do génio, a semente da grandeza.

4 comentários:

Cláudia da Silva Tomazi disse...

De certa forma à criação e desenvolvimento do humano por mais complexa que seja, é necessária que haja para este, o exemplo ao estímulo para o caminho do despertar.

Anónimo disse...

Miguel Gonçalves:
Este post é a brincar, certo?
Está pavorosamente mal escrito e é um chorrilho de tolices. É muito claro que você não sabe nada *a sério* sobre Maestlin ou Kepler -- então porque escreve estas tontices?
Só pode ser uma brincadeira, não é?

Nuno disse...

Sugiro então que o Anónimo apresente uma versão alternativa. Desconhecia Maestlin, e de Kepler apenas conheço algumas das suas ideias.

Depois os leitores saberão, com alguma pesquisa, seleccionar a melhor.

Anónimo disse...

Um professor de verdade
é quem se faz denotar
por sua capacidade
de discípulos... criar!

JCN

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