Enquanto o "politicamente correcto" não se instala em Portugal com a segurança com que está instalado noutros sítios, apreciemos a ternura da poesia de Manuel Bandeira - Irene no céu -, que há três ou quatro décadas constava em manuais de Português. E, não, não era apresentada como receita para desenvolver "competências de convivência multicultural"...
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor
Imagino Irene entrando no céu:
Com licença, meu branco.
E São Pedro, bonachão:
Entra, Irene. Você não precisa pedir licença
Nota: No Brasil este poema tem sido objecto de análise social. Ver, por exemplo, a réplica que Márcio Barbosa escreveu (aqui).
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor
Imagino Irene entrando no céu:
Com licença, meu branco.
E São Pedro, bonachão:
Entra, Irene. Você não precisa pedir licença
Nota: No Brasil este poema tem sido objecto de análise social. Ver, por exemplo, a réplica que Márcio Barbosa escreveu (aqui).
1 comentário:
Quem melhor do que Bandeira
para estas coisas dizer
de tão bonita maneira,
impossível de exceder!
Se ele fosse português,
vivendo sob estes céus,
ele seria talvez
mais um poeta "de Deus"!
JCN
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