domingo, 13 de março de 2011

Testes e programa de Filosofia

A nossa leitora Sara Raposo teve a amabilidade de nos enviar a ligação para três textos da sua autoria, publicados em 10, 11 e 13 deste mês de Março, no blogue Dúvida metódica, que remetem para uma questão de grande actualidade e interesse curricular no Ensino Secundário: a obrigatoriedade de realização de testes intermédios e exames em Filosofia e a relação destas provas de avaliação, perfeitamente justificáveis e que se pretendem concretas e objectivas, com o Programa de Filosofia vigente.

Ora, acontece que se trata de uma relação difícil porquanto as orientações deste Programa, em termos referenciais de ensino-aprendizagem (conteúdos e objectivos), não podem deixar de se considerar fluidas, faltando-lhe discriminação e estrutura. Além disso, fazem, a cada passo, apelo a concepções educativas cuja sustentação não vai além da ideologia (pseudo)pedagógica. A isto acresce a linguagem pouco clara e redundante em que estão redigidas.

Assim, parecem essas orientações deixar uma margem de "liberdade" ao professor para fazer a selecção e gestão daquilo que mais interesse terá para os alunos que, na letra do referido Programa, são inquestionavelmente os protagonistas principais da acção didáctica. Mas esta "liberdade" acarreta problemas, como se pode perceber nos ditos textos, cujo título e ligação abaixo indicamos:

- Uma reflexão sobre o teste intermédio de Filosofia.
- Mais testes intermédios nos cursos de humanidades?
- O dilema das provas nacionais de Filosofia.

1 comentário:

José Batista da Ascenção disse...

Há décadas, os alunos eram mais ou menos bem preparados e iam a exame. Os que sabiam normalmente passavam...
Há anos, os alunos passaram a conhecer uma matriz relativa aos conteúdos e respectivas cotações a testar em exame. E os que sabiam normalmente passavam...
Mais recentemente, para além das matrizes passaram a fazer-se provas modelo, para melhor orientar os alunos. E os alunos que sabiam normalmente passavam...
Actualmente, há testes intermédios, que funcionam como provas modelo, e contam, se as escolas assim decidirem, para as classificações dos alunos. E, em biologia-geologia, quer façam ou não os testes intermédios, quer estudem muito quer estudem menos, a maioria dos alunos obtém em exames classificações muito abaixo das classificações internas das escolas e, em muitos casos, abaixo também das capacidades dos alunos (mais) aplicados e dos seus conhecimentos relativamente a diversos conteúdos. Isto é possível? É, e passa-se nas nossas escolas. E como foi possível? Ninguém quer tentar investigar?
É que, actualmente, já é preciso dar formação aos professores que vão classificar os exames. Mesmo aos que são classificadores há décadas. Será que eles nunca souberam classificar ou desaprenderam por excesso de uso da função?
Mistérios...

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