quarta-feira, 18 de março de 2009

HUMOR: O TABERNEIRO CATEDRÁTICO


Esta pitoresca história vem num trabalho da Lusa sobre as tabernas de Coimbra que foi divulgado, entre outros, no sítio do "Sol":
"As tabernas de Coimbra sempre cultivaram algumas singularidades. Se noutros locais eram espaços de sociabilidade da classe operária, nesta cidade foram ponto de convergência e convívio de 'futricas' e de 'doutores'.

Mário Nunes, historiador e vereador da Cultura da Câmara de Coimbra, recorda que um antigo taberneiro de Coimbra, na Rua Adelino Veiga, porventura mercê desse convívio com 'doutores', ousou aventurar-se nas lides académicas e chegou a professor catedrático da Universidade".
Eu, que julgava saber como se chega a catedrático, aprendo que há afinal uma outra via: conviver com 'doutores' servindo copos de três bem cheios de tinto (talvez também traçadinhos) em cima de um balcão de mármore. E aprendo uma outra coisa: as "novas oportunidades" não são uma invenção de agora!

7 comentários:

lino disse...

Quem for diariamente ao Manel dos Ossos arrisca-se a acabar em catedrático de ortopedia.

José Meireles Graça disse...

Pois pois. Eu também conheci um sargento enfermeiro que, no fim da comissão de serviço, foi graduado em alferes médico.

Anónimo disse...

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Caso interesse, passe por lá

Anónimo disse...

Caro Professor; Saúdo-o pelo bom uso que faz (e a que nos habituou, aliás) da máxima latina: "Ridendo castigat mores". Já não só com as novas oportunidades, mas com as novíssimas oportunidades qualquer dia o Ministério do Ensino Superior manda cá para fora uma tabela com o número de copos de vinho necessários beber para se ser engenheiro,médico, professor, etc. E o número de garrafões de vinho necessários emborcar para se ser doutorado nessas profissões. Em nome do sucesso em aumentar a percentagem de portugueses escolarizados ao mais elevado nível académico, perdoe-se-me o plebeísmo, borracheiras não hão-de faltar pelas vielas e ruas da chamada Lusa Atenas!

Anónimo disse...

O que se tira do comentário é que se acha que um taberneiro, a menos que seja por cunhas e outras que tais, apenas assim chega a catedrático...

Afinal a notícias não diz quando foi, nem como foi, nem quem foi. Mas também sabendo o país em que vivemos e as estatísticas tiradas a olhometro da realidade que nos rodeia temo bem que não me possa chatear pela insinuação...

Miguel Portugal disse...

Talvez com uma diferença: as "novas oportunidades" de outrora seriam em menor quantidade, mas mais reais; as de hoje em maior quantidade, mas... mais virtuais! Mudanças do tempo.

Anónimo disse...

na lusa - atenas recordo de que quando lá cheguei, imberbe rapariga de dezoito anos, numa conversa com a sra dona x do supermercado, esta me epitetou sra doutora... e, não fosse a lisonja que tal epiteto me causara, nem sem quer a corrigi....

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