terça-feira, 30 de setembro de 2008

A Morte da Utopia

Informação recebida da Guerra e Paz Editores sobre um novo livro de um autor que já aqui foi comentado:

"A história do século passado não é um conto de progresso secular, como os bem-pensantes da direita e da esquerda gostam de pensar." (John Gray)

Sobre o livro:

O mundo contemporâneo encontra-se polvilhado por destroços de projectos utópicos, planos para aperfeiçoar a experiência humana que acabaram por matar milhões. Da Alemanha à Rússia, passando pela China ou pelo Afeganistão, sociedades inteiras foram destruídas. Perseguindo o sonho de um mundo sem mácula, foram declaradas guerras e espalhado o terror a uma escala sem precedentes.

As ideologias utópicas que moldaram grande parte da história mundial do século passado afirmavam basear-se na ciência, rejeitando as fés tradicionais. Apesar disso, este livro poderoso e assustador demonstra que tais ideologias eram devedoras do mito do Apocalipse – a crença de que um evento grandioso poria fim à história e aos seus conflitos. Mas a religião acabou por regressar sob a forma de mitos políticos.

A morte da utopia não significa necessariamente paz. Pelo contrário, prenuncia a ressurgência de antigos mitos, agora abertamente fundamentalistas. Camufladas no manto obscuro das lutas geopolíticas pelo controlo de recursos naturais, as religiões apocalípticas regressaram em força aos conflitos globais. À entrada no século XXI, o mundo continua a preparar-se para novas guerras santas.

Dois Comentários:

"Fiquei impressionado com A Morte da Utopia de John Gray, que com rigor disseca as perigosas ligações entre as crenças religiosas e as ideias sobre a história e a política." (A.S. Byatt)

"Qualquer leitor minimamente sensível sairá deste livro mais sóbrio e até, talvez, mais sábio" (John Banville)

Sobre o autor:

Escritor e proeminente filósofo britânico, John Gray nasceu a 17 de Abril de 1948. Escreve regularmente para o The Guardian, o New Statesman ou o The Times Literary Supplement. Lecciona Pensamento Europeu na London School of Economics. Entre os muitos livros influentes que escreveu sobre teoria política, destaca-se Sobre Humanos e Outros Animais (2003), um controverso ataque desferido ao humanismo. Considerado um dos mais importantes pensadores da actualidade, esteve associado à Nova Direita que em Inglaterra influenciou decisivamente a ascensão ao poder de Margaret Thatcher. Outros livros seus que merecem destaque são Falso Amanhecer (1998), Al-Qaeda e o Significado de Ser Moderno (2003) e ainda biografias de Isaiah Berlin e Voltaire.

- John Gray, A Morte da Utopia e o Regresso das Religiões Apocalípticas
Tradução: Freitas e Silva, 312 Páginas, Colecção A Ferro & Fogo, 18,85 €.
Nas livrarias a partir de 9 de Outubro.

1 comentário:

Armando Quintas disse...

o capitalismo poderá incluir-se nessa lista, esse sistema pretensamente perfeito, em que se dizia, deixem o mercado autogerir-se em paz, deixem as regulações, e está-se a ver o que está a acontecer no mundo, ja na europa estão a falir grandes bancos, o sistema perfeito tem que ser ajudado pelos estados nação senão vai à falencia.. viva ao admirável mundo novo!

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