De facto, e ao contrário do que foi noticiado por alguns jornais e alguns sítios, a Igreja Anglicana não pediu desculpas pela sua oposição a Charles Darwin. O que aconteceu (ver aqui artigo no "International Harald Tribune" de 16 de Setembro) foi que o reverendo Malcolm Brown, ministro daquela Igreja e responsável pelo Serviços de Relações Públicas, escreveu um artigo num sítio da Igreja, primeiro de uma série relativa ao ano Darwin que se aproxima, sugerindo que aquela Igreja, da qual Darwin foi membro (chegou mesmo a estudar para pastor), devia pedir desculpas. Mas um porta-voz daquela Igreja já esclareceu entretanto que aquela era apenas a posição do autor e não a posição oficial da instituição.
A propósito, aproveito para lembrar (ver aqui post da Palmira) que Michael Weiss, biólogo e pastor da Igreja Anglicana, foi há poucos dias afastado da direcção do Departamento de Educação da Royal Society (a academia de ciências britânica) por ter tomado uma posição que podia ser interpretada como uma defesa da discussão do criacionismo nas escolas a par com a teoria da evolução. De facto, como biólogo ele sabe bem - e disse-o - que a teoria da evolução está solidamente alicerçada e não tem alternativa cientificamente credível. Mas, dada a desadequação de algumas das suas palavras, um grupo de eminentes cientistas daquela Sociedade reagiu em tom muito crítico (ver aqui artigo no "The Times" de 18 de Setembro, que procura desculpabilizar Weiss), tendo a direcção da Sociedade sido obrigada a tomar uma decisão rápida.
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