terça-feira, 17 de março de 2009

Intuições sobre evolução

Neste vídeo, Michael Shermer, o historiador e divulgador de ciência norte-americano que fundou e edita a Skeptic Magazine, entrevista Georgia Purdom, uma das pseudo-cientistas do Museu da Criação. Como refere PZ Myers, um dos pontos mais elucidativos da entrevista acontece quando Shermer insiste em saber que testes Purdom faria para confirmar os disparates que debita tão abundantemente. Shermer confirma candidamente que não faria nenhum, todas as suas «intuições» sobre evolução advêm da sua interpretação peculiar da Bíblia, a única legítima - e aproveita a entrevista para admoestar os cristãos evolucionistas.

Como antídoto a tanto disparate, vale a pena ouvir o filósofo Daniel Dennett falar sobre a contra-intuitiva evolução na conferência TED de 2009.


14 comentários:

Anónimo disse...

Não é muito difícil saber como é que se pode comprovar a teoria da criação.

Três ateus e um ex-ateu dizem como se pode sepultar o darwinismo em três tempos, apenas baseados na observação dos factos:

1) O ateu Ludwig Krippahl diz que um código tem sempre origem inteligente. Está correcto, não havendo qualquer excepção conhecida.


2) O ateu Richard Dawkins afirma que no DNA existe um código quaternário, com os símbolos ATGC, que codifica grandes quantidades inabarcáveis de informação como um computador. Está correcto.

3) Por concordar com o Ludwig em 1) e Dawkins em 2), o ex-ateu Anthony Flew, ao fim de 60 anos a dizer o contrário, concluiu que então o código do DNA só pode ter tido origem inteligente, abandonando assim o seu ateísmo.

Teve assim lugar o funeral do ateísmo.

Os ateus Ludwig Krippahl e Richard Dawkins carregaram a urna e abriram a cova.
Anthony Flew enterrou-o.

As exéquias foram celebradas pelos criacionistas.

Que descanse em paz.

Palmira Silva ainda tentou a reanimação, mas nada consegiu.

Ludwig Krippahl e Richard Dawkins permanecem até hoje diante da sepultura do ateísmo a velar o morto, a embalsamá-lo e mumificá-lo, para ele não cheirar mal.

Anónimo disse...

Daniel Dennet dá sempre como demonstrada a evolução, sem nunca a demonstrar.

O problema da evolução não é o facto de ser contra-intuitiva.

A evolução é contra-fáctica.

1) nunca ninguém viu a vida a surgir por acaso.

2) nunca ninguém viu o hipotético ancestral comum

3) nunca ninguém viu uma espécie menos complexa a transformar-se noutra mais complexa

4) nunca ninguém viu um vertebrado a transformar-se num vertebrado

5) nunca ninguém viu um dinossauro a transformar-se em ave

6) nunca ninguém viu a selecção natural a criar novas e mais complexas estruturas

No entanto, tudo isto é tido como facto, apesar de nunca ter sido observado.

Mas tudo não passa de uma interpretação naturalista dos dados observados. Sucede que os mesmos, quando despidos de toda a interpretação naturalista, são totalmente compatíveis com relato bíblico.

1) a existência de leis naturais no Universo corrobora uma criação racional;

2) a sintonia do Universo para a vida corrobora uma criação racional;

3) a estrutura racional e matemática do Universo corrobora uma criação racional;

4) a existência de informação semântica codificada nos genomas corrobora uma criação racional.

5) a existência de biliões de fósseis, de camadas de sedimentos transcontinentais e de evidência de elevação do nível do mar no passado corrobora o dilúvio global

6) o testemunho histórico sobre a vida, milagres e ressurreição de Jesus Cristo, por testemunhas oculares, é mais digno de confiança do que as especulações e extrapolações naturalistas que cientistas no presente, com base em observações no presente, fazem sobre o passado distante que ninguém observou.

Anónimo disse...

NOTÍCIA DO DIA: CRIACIONISTAS CONCORDAM COM ATEUS!

1) Ludwig Krippahl diz que um código tem sempre origem inteligente. Os criacionistas concordam.

2) Richard Dawkins afirma que no DNA existe um código quaternário que codifica informação como um computador. Os criacionistas concordam.

3) Por concordarem com o Ludwig em 1) e Dawkins em 2), os criacionistas concluem que o código do DNA só pode ter tido origem inteligente.

Anthony Flew, o conhecido filósofo ateu, acabou por dar a mão à palmatória e concordar com os criacionistas.

Pedro disse...

Já ouviste falar em datação por Carbono?

Anónimo disse...

Anónimo a sua argumentação é o protótipo da do criacionista activista: saltos lógicos, pseudo-ciência, má interpretação de factos, mentiras descaradas, alguma psicose e muita idiotice. Depois, repetir repetir repetir até vencer pelo cansaço. Muitos parabéns.

Anónimo disse...

A evolução é contra-fáctica.

"1) nunca ninguém viu a vida a surgir por acaso."

Já foram feitas várias experiencias em que, pegando numa solução contendo os produtos quimicos que se supõe terem existido antes do aparecimento da terra e bombardeando-as com raios ultravioletas comparáveis aos que a terra receberia sem camada de ozono se produziram aminoácidos (incluse alguns dos que compoem o ADN).

Não é o aparecimento de vida, mas anda lá perto.

"2) nunca ninguém viu o hipotético ancestral comum"

não é necessário haver um ascetral comum para a teoria da evolução

"3) nunca ninguém viu uma espécie menos complexa a transformar-se noutra mais complexa"

Não? O aparecimento de mosquitos resistentes ao DDT está bem documentado

"4) nunca ninguém viu um vertebrado a transformar-se num vertebrado"

A minha gata (um vetebrado) costuma ter filhos também vertebrados (bem, eu suspeito que o que o anónimo queria dizer era "nunca ninguém viu um invertebrado a transformar-se num vertebrado")

"5) nunca ninguém viu um dinossauro a transformar-se em ave"

"6) nunca ninguém viu a selecção natural a criar novas e mais complexas estruturas"

Ver ponto 3

Anónimo disse...

O anónimo de 17 de Março de 2009 das 8:40, 8:48, 8:53, se não é o Jónatas Machado (ver aqui), que assina como Perspectiva, pelo menos
fez a cópia exacta dos seus comentários como se pode ver aqui, retirado do blog Ktreta.

Anónimo disse...

O link que dei acima para provar a cópia (quase integral)dos textos, está mais evidente aqui e não no link que dei anteriormente.

Ludwig Krippahl disse...

«Os ateus Ludwig Krippahl e Richard Dawkins carregaram a urna e abriram a cova.
Anthony Flew enterrou-o.»


O Jónatas é um pouco maçador com estas coisas, mas tenho de admitir que até fico embaraçado com a consideração que ele me tem, pondo-me assim lado a lado com Dawkins (e Flew, mas esse, coitado, já lhe pesam os anos).

Ou, se calhar, em vez de embaraçado devia ficar preocupado. O que vale é que o Jónatas mora em Coimbra, que é longe daqui...

Anónimo disse...

Já ontem tinha visto a apresentação no TED do Dan Dennett e espero que numa próxima desenvolva o assunto que vai dar pano para mangas.

Há uns meses atrás em género de brincadeira publiquei isto
"
Sujeito ou objecto

No debate entre criacionismo e evolução, a teoria evolutiva na forma como é apresentada, parece-me simplista. Tem servido, principalmente, para atirar pedras aos telhados da igreja católica, que os tem de vidro, são escassas as referências às criações de outros cultos. Instalou-se a desordem, temos cientistas especialistas em hérmetica e mística religiosa e clérigos doutos em indeterminismo e genética. O ego e a superioridade intelectual exalta-se. Pusesse-se uma claque de futebol e o Grémio Literário numa sala a discutir a superioridade da emoção dum golo marcado ao adversário contra um poema de Céline e o resultado não seria muito diferente desta disputa entre capangas da razão.

Ambas são demasiado cartesianas, de uma forma ligeira, fomos símios e evoluímos, ganhámos consciência, esta nova característica evidencia-nos e é a razão do nosso sucesso e controlo sobre o que nos rodeia. Simplista, porquê é improvável que o sucesso duma espécie seja o propósito único dum sistema dinâmico complexo, como é a natureza. Na Bíblia, "...multiplicai-vos e enchei a terra e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus e sobre todo o animal que se move sobre a terra". Visto deste ponto até não parecem tão distantes.

Suspeito que o nosso percurso evolutivo, desde descer das árvores; à descoberta do fogo e da agro-pecuária; da conservação de alimentos e cozedura e fermentação de bactérias; etc. não terá sido obra do acaso, teremos sido selecionados e condicionados numa competição botânica entre herbáceas(ervas, flores e arbustos) e lenhosas(árvores), com recurso a expedientes na beleza(rosas e tulipas); controlo(produção e pastos); intoxicação(marijuana e álcool) e mais outras tantas, em última análise, somos um instrumento de desflorestação, nesta guerra vegetal. É apenas uma teoria!
"

Unknown disse...

Cara Palmira, tenho poucas dúvidas sobre a teoria da evolução. É racional, é elegante, é sensata e explica bem o modo como a vida evolui.

Mas não explica a origem da vida.

Aqui só há duas hipóteses:
Ou surgiu por acaso num caldo químico extraordinário, ou foi criada por uma inteligência.

A teoria de Oparin é apelativa e é verdade que já se criaram aminoácidos. Mas sabe a pouco e a verdade é que até hoje ninguém conseguiu sintetizar nada mais complexo.
Parece haver aqui um salto "quântico" perante o qual a crença numa inteligência criadora é tão "lógica" como a crença no acaso.

Obviamente a crença na inteligência criadora não produz respostas, e basta-se a si mesma, pelo que é "melhor" acreditar na hipotese do acaso, que obriga a pesquisa e investigação.

Mas a verdade, Palmira, é que no actual estado da arte, não é possível "provar" nada. Resta acreditar em algo....

Anónimo disse...

RESPOSTA AO ARGUMENTO DOS SUPOSTOS ÓRGÃOS VESTIGIAIS AVANÇADO POR PAULO GAMA MOTA

1) Não é em princípio possível provar que um determinado órgão de função desconhecida é inútil, porque é sempre possível descobrir mais tarde a sua função.

2) Na verdade, foi isso mesmo que aconteceu. No século XIX (em 1890) dizia-se existirem 180 órgãos vestigiais no corpo humano e agora sabe-se (desde 1999) que não existe nenhum.


3) Mesmo que um determinado órgão já não seja necessário isso provaria a degenerescência (resultante da corrupção da Criação) e não a evolução.

4) Supostos órgãos vestigiais com o apêndice ou o cóccix servem, afinal, uma função. Basta ler as mais recentes edições da Anatomia de Gray, entre outras obras.

5) O apêndice é parte integrante do sistema imunológico, com uma localização estratégica.

6) O cóccix é um ponto âncora para a fixação dos músculos que estruturam todo o diafragma pélvico. O facto é apenas esse.

7) Só quem acredita na evolução é que pode dizer que o cóccix é uma modificação de uma estrutura óssea caudal. Mas isso pura especulação evolucionista.

8) Sem a prévia adesão a pressuposições evolucionistas, a afirmação de que o apêndice ou o cóccix são provas da evolução mostra-se totalmente destituída de qualquer evidência empírica.

9) A evolução de partículas para pessoas necessita de exemplos de novos órgãos, com estruturas e funções mais complexas, e não da degenescência de órgãos pré-existentes.

10) A perda de funções é inteiramente consistente com a doutrina bíblica da queda e da corrupção da natureza.

11) A aquisição de novas estruturas e funções através da criação de informação genética nova é impossível, nunca tendo sido observada por ninguém.

12) A teoria dos órgãos vestigiais foi responsável por múltiplos casos de erro médico.

13) Trata-se, acima de tudo, de um argumento vestigial em favor da evolução que só convence os menos informados.

Anónimo disse...

Miguel Madeira diz;:

"Já foram feitas várias experiencias em que, pegando numa solução contendo os produtos quimicos que se supõe terem existido antes do aparecimento da terra e bombardeando-as com raios ultravioletas comparáveis aos que a terra receberia sem camada de ozono se produziram aminoácidos (incluse alguns dos que compoem o ADN).

Não é o aparecimento de vida, mas anda lá perto."

Coitado de si. Essas experiências mostram, precisamente, que a vida simplesmente não surge por acaso.

Ela necessita de informação codificada. E esta necessita de inteligência. Ignorar isto, é ignorar o essencial.

Anónimo disse...

"O aparecimento de mosquitos resistentes ao DDT está bem documentado".

Também as pessoas podem desenvolver resistência a certas doenças sem deixarem por isso de ser pessoas.

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