domingo, 30 de outubro de 2022

Resta o regresso ao cume

Resta o regresso

Ao cume, 

À solidão.

Ao doloroso dardejo

Das águas

Do mar de Mira.

À espuma rubra,

Ao ardente idílio,

Como lume

De sal de lítio,

Que tange o rosto

E se retira.

Ao longínquo 

Fulgor

Do sódio.

Ao ardor do azul.

Ao cálcio 

Que parece

Que se inflama

Na face mais pobre.

Ao grito 

Da água diáfana,

Sob a luz do dia.

Ao céu da Gândara

Verde 

Como a caruma

Que me cobre.

Às uvas colhidas,

No barro gretado,

Pelo desejo

E por uma vetusta

Canção.

Resta o regresso

Ao lampejo,

À terra do coração.

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