terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Portugal no lançamento do Ano Internacional da Luz


Comunicado da Comissão Portuguesa do Ano da Luz:

Está a decorrer na sede da UNESCO em Paris, com a presença de cinco prémios Nobel, a inauguração oficial do Ano Internacional da Luz (AIL). Durante o ano de 2015 o mundo vai celebrar a luz nas suas mais variadas dimensões, mostrando a enorme relevância que as suas aplicações têm no nosso dia a dia. Esta celebração será multidisciplinar reforçando que a luz é central na ciência, tecnologia, arte e cultura. Espera-se que o Ano da Luz promova a educação em diversas áreas e a diferentes níveis.

Portugal está representado através de Carlos Fiolhais, Coordenador da Comissão Nacional do Ano Internacional da Luz, Teresa Peña, Presidente da Sociedade Portuguesa de Física, e Pedro Pombo, diretor da Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro. Este evento de lançamento do AIL na  UNESCO, conta com um programa especial de convidados de diversas áreas, do qual se destacam José Mariano Gago, ex-ministro da Ciência e Tecnologia,  como orador convidado, e a realização de um espectáculo de luz na fachada da UNESCO  com a colaboração do artista português Nuno Maya.

Foi em Dezembro de 2013 que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 2015 o Ano Internacional da luz e das tecnologias baseadas na luz. Esse ano é uma iniciativa de um grande consórcio constituído por várias entidades cientificas que se juntaram à UNESCO, envolvendo sociedades cientificas, instituições de ensino, organizações sem fins lucrativos e empresas de base científico-tecnológica. Com a celebração de um ano Internacional centrado na luz e nas  suas aplicações, as Nações Unidas reconheceram a necessidade de uma tomada de consciência global sobre o modo como as tecnologias baseadas na luz promovem o desenvolvimento sustentável da Humanidade e permitem soluções para mudanças globais na energia, educação, agricultura e saúde. A luz desempenha um papel vital no nosso dia a dia, sendo a moderna óptica uma disciplina essencial da ciência do século XXI. Ela revolucionou a medicina, abriu a comunicação mundial via Internet, e continua a ser central na ligação da vida social, cultural, económica e politica da sociedade. Trata-se de uma oportunidade única, à escala mundial, para inspirar, educar e ligar as populações de todo o mundo.

No ano de 2015 comemoram-se cinco datas cimeiras da história da ciência associadas à luz. Elas são 1015, ano em que o árabe Al Haytham escreveu o primeiro livro de Optica; 1815, ano em que o francês Fresnel confirmou a teoria ondulatória da luz; 1865, ano em que o britânico  Maxwell publicou a sua teoria de electromagnetismo, explicou a luz como ondas electromagnéticas; 1915, ano em que o suíço Einstein publicou a teoria da relatividade geral, apresentando a luz no espaço-tempo; e 1965, ano em que os norte-americanos Penzias e Wilson descobrem a radiação cósmica de fundo, a luz mais antiga do Universo que chega até nós e o norte-americano Kao apresentou a tecnologia da fibra ótica, que hoje usamos abundantemente.

Considerando que o ano da luz é uma excelente oportunidade para a promoção da ciência e a educação em Portugal, foi criada uma Comissão Nacional, a qual envolve a: Comissão Nacional da UNESCO, Sociedade Portuguesa de Física, Sociedade Portuguesa de Química, Sociedade Portuguesa de Óptica e Fotónica, Ordem dos Biólogos, Agência Ciência Viva e Universidades de Lisboa, Coimbra, Aveiro, Porto e Minho. O ano da luz em Portugal conta com o apoio do Ministério da Educação e Ciência. Estão todos os interessados convidados em participar. O programa do ano português da luz pode ser visto em http://ail2015.org, onde podem ser feitos novos registos de iniciativas. Haverá concursos, conferências, exposições, observações astronómicas, etc. Procurar-se-á cruzar a ciência e tecnologia da luz com a cultura em geral, já que a luz é uma poderosa metáfora que significa verdade, razão, compreensão. Um ponto alto do ano da luz português será o Festival Lumina em Cascais. Está ainda a ser planeada uma Conferência Internacional  na  Fundação Gulbenkian.

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