Comunicado da Comissão Portuguesa do Ano da Luz:
Está a decorrer na sede da UNESCO em Paris, com a
presença de cinco prémios Nobel, a inauguração oficial do
Ano Internacional da Luz (AIL). Durante o ano de 2015 o mundo vai celebrar a luz
nas suas mais variadas dimensões, mostrando a enorme relevância que as
suas aplicações têm no nosso dia a dia. Esta celebração será
multidisciplinar reforçando que a luz é central na ciência,
tecnologia, arte e cultura. Espera-se que o Ano da Luz promova a educação em diversas
áreas
e a diferentes níveis.
Portugal está representado através de Carlos Fiolhais, Coordenador
da Comissão Nacional do Ano Internacional da Luz, Teresa Peña, Presidente da Sociedade Portuguesa de Física, e Pedro Pombo, diretor da
Fábrica
Centro Ciência Viva de Aveiro. Este evento de lançamento do AIL
na UNESCO, conta com um programa
especial de convidados de diversas áreas, do qual se destacam José Mariano Gago,
ex-ministro da Ciência e Tecnologia, como orador convidado, e a realização de um espectáculo de luz na
fachada da UNESCO com a colaboração do artista português Nuno Maya.
Foi em Dezembro de 2013 que a Assembleia Geral das
Nações
Unidas proclamou 2015 o Ano Internacional da luz e das tecnologias baseadas na
luz. Esse ano é uma iniciativa de um grande consórcio constituído por várias entidades
cientificas que se juntaram à UNESCO, envolvendo sociedades cientificas,
instituições de ensino, organizações sem fins
lucrativos e empresas de base científico-tecnológica. Com a celebração de um ano Internacional
centrado na luz e nas suas aplicações, as Nações Unidas
reconheceram a necessidade de uma tomada de consciência global
sobre o modo como as tecnologias baseadas na luz promovem o desenvolvimento
sustentável da Humanidade e permitem soluções para mudanças globais na
energia, educação, agricultura e saúde. A luz desempenha um papel
vital no nosso dia a dia, sendo a moderna óptica uma disciplina essencial da ciência do século XXI. Ela
revolucionou a medicina, abriu a comunicação mundial via Internet, e continua a ser central
na ligação da vida social, cultural, económica e
politica da sociedade. Trata-se de uma oportunidade única, à escala mundial,
para inspirar, educar e ligar as populações de todo o mundo.
No ano de 2015 comemoram-se cinco datas cimeiras
da história da ciência associadas à luz. Elas são 1015, ano em
que o árabe Al Haytham escreveu o primeiro livro de Optica;
1815, ano em que o francês Fresnel confirmou a teoria ondulatória da luz; 1865,
ano em que o britânico Maxwell
publicou a sua teoria de electromagnetismo, explicou a luz como ondas electromagnéticas; 1915,
ano em que o suíço Einstein publicou a teoria da relatividade geral,
apresentando a luz no espaço-tempo; e 1965, ano em que os norte-americanos
Penzias e Wilson descobrem a radiação cósmica de fundo, a luz mais antiga do Universo que
chega até nós e o norte-americano Kao apresentou a tecnologia
da fibra ótica, que hoje usamos abundantemente.
Considerando que o ano da luz é uma excelente
oportunidade para a promoção da ciência e a educação em Portugal, foi criada uma
Comissão Nacional, a qual envolve a: Comissão Nacional da
UNESCO, Sociedade Portuguesa de Física, Sociedade Portuguesa de Química,
Sociedade Portuguesa de Óptica e Fotónica, Ordem dos Biólogos, Agência Ciência Viva e Universidades
de Lisboa, Coimbra, Aveiro, Porto e Minho. O ano da luz em Portugal conta com o
apoio do Ministério da Educação e Ciência. Estão todos os interessados convidados em participar. O
programa do ano português da luz pode ser visto em http://ail2015.org, onde podem ser feitos novos registos de iniciativas.
Haverá
concursos, conferências, exposições, observações astronómicas, etc. Procurar-se-á cruzar a
ciência e
tecnologia da luz com a cultura em geral, já que a
luz é uma
poderosa metáfora que
significa verdade, razão, compreensão. Um ponto alto do ano da luz português será o
Festival “Lumina” em
Cascais. Está ainda a
ser planeada uma Conferência Internacional na
Fundação Gulbenkian.
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