sábado, 24 de janeiro de 2015

Não, há não armários onde nos possamos esconder

Imagem encontrada aqui
Não há casa ou divisão onde passamos ter a certeza de estarmos sós ou apenas com quem escolhemos estar. Mesmo que estejamos na nossa casa e que a vida que levamos seja banal, não podemos ter a certeza de não termos sido já ouvidos ou vistos de fora, de o estarmos a ser neste momento ou de o virmos a ser algum dia.

Há muito que sabemos isso (aqui e aqui, por exemplo), mas o que, agora, deve sobrecarregar a nossa preocupação é o facto de, criado um clima de insegurança, tender-se a aceitar toda e qualquer invasão da privacidade, dispensando-se a ordem judicial. Sendo os equipamentos, capazes de fazer essa observação, acessíveis e portáteis, a decisão de os usar pode depender apenas da polícia. Quando um tal poder fica nas mãos de uma só entidade são os pilsres da democracia que desabam.

Sem comentários:

UM CRIME OITOCENTISTA

  Artigo meu num recente JL: Um dos crimes mais famosos do século XIX português foi o envenenamento de três crianças, com origem na ingestã...