quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
AS ASNEIRAS DO SENHOR OLAVO
Chamaram-me a atenção para a amplitude que têm conhecido na Internet as asneiras científicas de um auto-intitulado filósofo brasileiro, Olavo de Carvalho (de facto, trata-se de um jornalista com passado de astrólogo). A ignorância sempre foi muito atrevida e aqui temos mais um exemplo muito claro dessa asserção. A confusão dele sobre questões de física, seja esta clássica de Galileu e Newton ou quântica de Bohr e Heisenberg, é tão grande que basta um estudante universitário dessa disciplina para o desmascarar. Vale a pena ver como um estudante de Física responde ao "filósofo".
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2 comentários:
Podia comentar a palermice do Fiolhais mas nem é preciso porque há mais gente a entender a fraqueza da sua ciência. Este artigo pode ser instrutivo:
http://algolminima.blogspot.pt/2015/01/o-carlos-fiolhais-subscreve-qualquer.html
"O Carlos Fiolhais subscreve qualquer burrice em nome da ciência
Carlos Fiolhais faz aqui uma crítica a Olavo de Carvalho.
Contudo, com o frenesim de substanciar a sua crítica, subscreve a tese de um qualquer estudante de Física — quando o Carlos Fiolhais aceita a “explicação” do tal estudante em relação ao conceito de “curvatura do espaço” que, segundo o inteli-jumento com alvará de inteligência, atribui aos teoremas da geometria pura.
Os vários sistemas da geometria (euclidiana, Lobachevsky e Riemann) estão, em si mesmos, isentos de conteúdo empírico (vou repetir, para que o Carlos Fiolhais entenda bem: isentos de conteúdo empírico!) — só quando se conjugam com certos princípios da mecânica é que surgem proposições empiricamente significativas. Ou seja, é necessário especificar como é que os termos como “ponto”, “linha” e “ângulo” se devem medir antes que os teoremas geométricos se possam aplicar à experiência.
A geometria pura, é arte, e não é ciência!
O conceito de “curvatura do espaço” explica-se mediante o conceito de “massa” — e não com os teoremas geométricos de Lobachevsky e Riemann tal como o querido aluno do Carlos Fiolhais pretendeu dizer. Ou seja, o Carlos Fiolhais subscreveu uma burrice.
É certo que Olavo de Carvalho cometeu um erro — está errado. Afinal ele é um ser humano. Só os inteli-jumentos como o Carlos Fiolhais não cometem erros."
Não deixa de ser interessante também que o sr. Carlos Fiolhais, acabando de tomar conhecimento (aparentemente alguém lhe chamou a atenção para o assunto) de um "auto-intitulado filósofo brasileiro", já se assuma como juiz com capacidade para julgar a validade da filosofia do sr. Olavo de Carvalho, demonstrando logo o seu desprezo e superioridade ao utilizar as aspas na última palavra do texto.
Claramente o sr. Carlos Fiolhais deve ter lido a obra do filósofo Olavo de Carvalho e chegou a essa conclusão após longa maturação e reflexão sobre as várias centenas de textos publicados por este. Digo claramente porque a alternativa seria o sr. Carlos Fiolhais estar a menosprezar a obra de vida de uma pessoa por esta num ou noutro ponto estar errada ou ter-se engando (seguindo a mesma lógica, Aristóteles para o sr. Carlos Fiolhais também não passava de um "filósofo" já que esse pensador defendeu, por exemplo, que as mulheres tinham um número diferente de dentes em relação aos homens).
Ricardo D.
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