Julgaríamos mal, pois tudo isto são estratégias "pedagógicas" (não consigo evitar as aspas) de Educação Sexual recomendadas para as escolas do ensino básico.
A confusão entre "indecoroso" e "educativo" acontece com frequência, o exemplo mais recente de que tenho conhecimento é de um certo programa de televisão sueca, destinado a crianças dos 3 aos 6 anos: aparecem uns genitais "muito fofos" a dançar e cantar não sei o quê. Parece que houve quem, certamente muito inculto nessas tais estratégias, tivesse classificado o filme.. enfim... para adultos. Mas, logo se explicou que não era nada disso, o filme era, isso sim, "pedagógico". Ah! Ok... Até pode ser usado num projecto de Educação Sexual... Claro!
Em suma, tudo depende do contexto. Se acontece fora da escola dizemos que é... talvez, duvidoso, que atenta ao pudor, eventualmente, que é pornográfico; mas se acontecer na escola é inequivocamente... "pedagógico".
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[1] Exemplo retirado do seguinte livro (recomendado em Portugal para a Educação Sexual): Cole, B. (2002, 4.ª edição). A mamã pôs um ovo. Lisboa: Terramar
[2] Exemplos recorrentes retirados de projectos de Educação Sexual elaborados ao nível das escolas.
3 comentários:
Obviamente, tudo depende do professor que ensina: se sabe ou não adaptar a informação ao nível etário dos seus alunos, pois nada deve ser tabu na aprendizagem da vida. Como professor, sempre tentei ser claro, mas não ir além do que em cada informação se requeria de sensato. Os pais deveriam fazer o mesmo e não ficarem atrapalhados com a pergunta de um petiz de dois ou três anos: "Como se fazem os bebés?".
Mas... expliquem-me se conseguirem como vão realizar a proeza quando as crianças ainda mal sabem identificar o seu próprio corpo?
Nem uma coisa, nem outra. De acordo com a novilíngua diz-se que é "fracturante"! Muito ao jeito de quem tudo compreende e tudo adapta. Claro que se é para professor adaptar... já devia vir "adaptado".
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