Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
35.º (E ÚLTIMO) POSTAL DE NATAL DE JORGE PAIVA: "AMBIENTE E DESILUSÃO"
Sem mais, reproduzo as fotografias e as palavras que compõem o último postal de Natal do Biólogo Jorge Paiva, Professor e Investigador na Un...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh... -
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d... -
A “Atlantís” disponibilizou o seu número mais recente (em acesso aberto). Convidamos a navegar pelo sumário da revista para aceder à in...
12 comentários:
E faz muito bem!
É dramático!!!! Seria de esperar, infelizmente, que tal viesse a acontecer!!!!
E quando começaram há poucos anos os primeiros sinais de que "isto" iria acontecer, todos fingimos, todos!!!!!!!!!!!!!!, fingimos não querer ver, e agora???
Esperemos que para estes jovens seja uma boa oportunidade, esperemos que tenham o Brasil, hoje como muito qualificados trabalhadores, e que tenham o mundo na mão, já que aqui já deu, e é pena!!!
Brasil, India, China!!! para e por aí!!!!!!!!!!!!
É o reflexo da crescente qualificação estudantil. Poderão falar de qualificação em massa - pode ter desvantagens, mas aqui também são visíveis as vantagens. Conseguimos qualificar com qualidade em diversas áreas jovens universitários. Sim. Mas depois temos criadas as condições para que estes jovens (futuros deste país, se é que alguma coisa pretendemos mudar/investir/inovar)? Não me parece. É óptimo este acesso à universidade, ao conhecimento, à cultura (etc), dando oportunidades aos jovens, oportunidades, talvez inexistentes noutras alturas. Mas isto só não basta.
Mesmo que não queiramos fingir que os ditos "cérebros" nacionais, abandonam o país, pergunto-me se terão alternativas viáveis?
Este mundo não é para velhos, dizia o outro. E este país não é para mentes brilhantes. Ou acabam ofuscadas na incompetência alheia, de superiores hierárquicos, ou caem nas intermináveis redes burocráticas e chantagistas.
O mérito é reconhecido (mas por quem?, quando?). Não é descrença pelo país, que em muito está melhor que outros. É uma descrença, pela própria descrença colectiva.
Os que não emigram, por razões várias, deixam a actividade... sabe, muitas das mentes mais brilhantes que já tive o privilégio de conhecer são hoje... formadores (diria antes, escravos e paus para toda a obra!) das novas oportunidades... outros, por falta de oportunidades, terão de abandonar a actividade com dois pós doutoramentos no currículo... e pra fazer o quê?
Sabe, encontramo-nos numa altura que já todos pensam que mais valia ir trabalhar para o Ikea (conheço lá mais uns quantos).
Portanto, o cérebro e os anos e anos de estudos e especializações serviram para quê?...boa pergunta.
Ps - e não vale argumentar com a falta de empreendedorismo :p nem todos têm bagagem financeira para conseguir colocar tal em coisa em prática.
No entanto, não esqueçamos o seguinte, no que respeita a fazer Ciência: ciência, hoje em dia, é mobilidade.
"Força é pois ir buscar outro caminho!"
Antero de Quental
Vão-se embora os melhores: que inquietude
para o nosso país, que vê partir
a fina flor da nossa juventude
que não vislumbra aqui nenhum porvir!
Vai-se a massa cinzenta mais dotada,
vai-se o melhor da nossa inteligência,
deixando a pátria desautorizada
a braços com tremenda decadência!
É com tristeza e trágica amargura
que vejo os netos meus abandonar
esta nação, buscando outro lugar
por esse mundo fora, além fronteira,
onde com mais sucesso, porventura,
possam fazer valer sua craveira!
JOÃO DE CASTRO NUNES
É dramático, de facto mas se formos embora, se todos os que têm mais valor se dispersarem, então é que não iremos a lado nenhum. Não acham? Hoje em dia, a web permite cooperar como nunca, para quê continuar a competir, dando o ouro ao bandido? Os banqueiros que financiam a investigação nos bastidores. Fugir, deixou de ser solução meus senhores, no entanto, ir estudar no estrangeiro durante uns anos deveria ser algo quase obrigatório para todos os portugueses. Talvez isso pudesse alterar mentalidades. E claro, o Estado tem que deixar mais espaço e incentivar condições para que a iniciativa privada seja possível, de verdade, o sonho americano é possível onde as pessoas decidirem criá-lo. Que acham?
Rui Augusto
O "sonho americano" não se dá... fora do seu lugar de origem: é como o vinho do Porto, que só se dá nas arribas do Douro. JCN
Vão-se os melhores, efectivamente; mas ainda cá ficam os menos bons... para o país se ir arrastando na cauda dos seus congéneres países europeus. Foi no que deu... a mediocridade! JCN
A cultura da mediocridade vingou sim...com o grande e desmesurado beneplácito deste governo socialista.
Terá sido apenas isso?,,, JCN
Enviar um comentário