quarta-feira, 17 de novembro de 2010

TYCHO BRAHE DESENTERRADO


No passado dia 15 de Novembro foi desenterrado da Igreja de Nossa Senhora em Týn, no coração da cidade de Praga (muito perto do famoso relógio astronómico, visitado diariamente por hordas de turistas), o grande astrónomo dinamarquês Tycho Brahe. Uma equipa dinamarquesa pretende saber, em colaboração com colegas checos, de que causa exacta ele morreu, vai fazer no próximo ano 400 anos.

A morte de Brahe ocorreu poucos dias depois de um banquete e tem sido atribuída a uma infecção urinária (diz-se que, para não quebrar as regras de cortesia, o astrónomo não ousou levantar-se durante o longo banquete para fazer uma necessidade). Em delírio, perto da morte, terá pedido ao seu discípulo Kepler que fizesse com que "a sua vida não tivesse sido em vão" e completasse as suas tábuas astronómicas. Não foi!

Mas há também quem atribua a sua morte a um envenenamento por mercúrio. Provavelmente a verdade vai agora ser apurada e divulgada. Quem quiser ver imagens dos restos mortais tiradas pela equipa de antropologia física da Universidade de Aarhus pode clicar aqui.

E cá? Quando é que será finalmente permitido à antropóloga Eugénia Cunha e à sua equipa examinar os restos mortais de D. Afonso Henriques?

Na imagem: o túmulo de Brahe, que é de 1901 (ano em que Brahe foi exumado).

4 comentários:

Anónimo disse...

Nem tudo o que lá fora se pratica
servir nos pode ou deve de padrão:
o que em outro país se justifica
pode entre nós ser pura perversão.

Seja qual for a racionalidade,
de caso para caso há diferenças
que muito para além de meras crenças
mexe com nossa sensibilidade!

JCN

Anónimo disse...

Faltou dizer que o principal suspeito é o Kepler...Como faltou dizer que há muito que foi refutada a hipótese que a morte ter sido indirectamente causada por qualquer gesto de cortesia (ou melhor, de boa educação) por ocasião de um jantar. Coisas de história elementar da ciência.

Anónimo disse...

Se pretendem fazer o gosto ao dedo,
mexendo no cadáver, em segredo,
de alguém de controversa identidade,
não falta gente dessa qualidade

num país como o nosso, onde a questão
consiste em ver onde se deita a mão!

JCN

Anónimo disse...

Se estão impacientes por mexer em ossos de incontestável sangue azul, por que não exumar os da Beltraneja, em Santa Clara-a-Velha, para determinar de quem realmente é filha, se do rei de Castela se do senhor de Albuquerque?... Sempre se iria protelando a obsessão de entenderem com os restos mortais do Fundador. Não deixa de ser uma ideia... para entreter! JCN

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