quarta-feira, 17 de novembro de 2010

2028: O FIM DOS JORNAIS EM PORTUGAL


Fala-se hoje muito em crise da imprensa escrita, um fenómeno global que se traduz na queda das tiragens devido à emergência dos meios de comunicação electrónicos. Agora, foi anunciado o ano da morte dos jornais tal como os conhecemos hoje por um instituto de prospectiva. Em Portugal, tal como na Grécia (continuaremos próximos...) vai ser no ano de 2028. Nos Estados Unidos tal irá acontecer já daqui a 17 anos. Ver aqui (pdf).

Pela minha parte declaro-me viciado na leitura diária da imprensa tradicional (a dona do meu quiosque diz que lhe bastava ter mais meia dúzia de clientes como eu) e espero que as previsões estejam erradas. Mas não tenho a certeza e não me vou preocupar com isso. Einstein é que tinha razão: "Nunca penso no futuro. Chega sempre suficientemente cedo."

3 comentários:

Miguel Galrinho disse...

Eu concordo em absoluto quando se fala de quão mais confortavel é ler um livro tendo-o na mão do que estar a lê-lo electronicamente (se bem que até isso está a mudar com as novas tecnologias de Kindle e afins, e nesse caso a preferência pelo livro físico passará a ser por mera tradição).

No entanto, não concordo no que diz respeito à imprensa escrita. Não me dá jeito ler jornais, acho que o seu formato enorme e o seu papel fininho que se dobra à mínima brisa tornam a sua leitura desconfortavel. Por isso informo-me de todas as notícias online.

Como tal, dispenso (pelo menos para já) a leitura de livros utilizando meios tecnológicos, até porque um livro é, em geral, fácil de transportar. No entanto, espero que a leitura online de jornais continue a ser cada vez mais fácil e completa, pois é incrivelmente útil.

Anónimo disse...

Acho que o FUTURO será o que as pessoas quiserem criar ou aquele para que sejam levadas ao engano.

Professor Martelo (Rebelo) de Louça disse...

é devido à internet que as elites se escondem da política:

senão vejamos, um Marx, um Churchill, um Salazar: este tipo de animais só medra em gabinetes aconchegantes, privilegiam a tertúlia sobre o blogue, querem abrir a correspondência com faca de marfim ( os conhaques, as vodcas, todo um programa...)

uma elite é, por definição, constituída por almas idosas.

largadas neste mundo rápido de vidro e inox sentem-se aprisionadas num corpo que não é o seu.

numa luta que não é a sua, sentem que não há condições.

lêem Pessoa, ah que prazer ter idéias para ter, e não as desenvolver. chafurdam no voyeurismo: afinal lá por serem almas velhas são ainda almas humanas.

a internet, com o seu asseptismo, hipotecou por muito tempo o surgimento ( confortável para elas) de novas elites.

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