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O artigo - How Learning to Read Changes the Cortical Networks for Vision and Language - em que se dá conta desse estudo foi publicado na versão online da revista Science há dois dias e dá conta do impacto da aprendizagem da leitura no córtex cerebral.
Ao jornal Público José Morais explicou que "o cérebro dos ex-analfabetos só em poucas coisas difere do dos alfabetizados, está muito mais próximo destes (...). Ensinar alguém a ler na idade adulta tem os mesmos efeitos do que ensinar uma criança. É uma boa notícia, não há razão para desistir dos iletrados". As diferenças entre o cérebro leitor e aquele dos que nunca aprenderam a ler é que são todo um rol.
6 comentários:
já tentei, duas vezes, ensinar pessoas com mais de sessenta anos, tentativa frustrada, desistiram. Será que há casos de sucesso? O problema parece-me a falta de auto-estima. acham que não vão conseguir.
Helena serrão
Nunca é tarde para nada,
sempre é tempo para tudo:
nunca é tarde para cada
ter a posse de um canudo!
JCN
Mas o Prof. Castro Caldas disse repetidamente que se não se aprendiam certas coisas em criança nunca mais se aprenderiam. Parece haver aqui uma contradição, se os cérebros dos ex-analfabetos ficam essencialmente iguais aos dos letrados.
Há que especificar o que o Prof. Castro Caldas entende por "certas coisas". O resto... são meras "parecenças"! Não lhe "parece"? JCN
Caro Anónimo da 20:20
É porque o Prof Castro Caldas não conhece ainda o milagre das Novas Oportunidades, nem o das Metas da Aprendizagem. Além de não conhecer a alquimia do Processo de Bolonha.
Entrámos no séc. XXI a sistematizar como se devia ter feito letrados na Idade Média. E a explicar as razões de estarmos a estabilizar a nossa posição na cauda da Europa.
Bem pensado e melhor dito, caro Dr. João Boaventura! E, já agora, permita que lhe dedique esta singela quadra:
Nunca é tarde para nada,
sempre é tempo para tudo:
existe sempre uma estrada
a descobrir pelo estudo!
JCN
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