"Boneco" chegado ao De Rerum Natura. Não, não foi acabado de fazer... É anterior à conturbada situação política que atravessamos.
sábado, 13 de novembro de 2010
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10 comentários:
Mas em quem se há-de votar se não há círculos uninominais?
O Povo sabe bem que eles são mentirosos...
No Alentejo, um autocarro que transportava políticos chocou com uma árvore. Pouco depois chegou um jornalista e perguntou a um alentejano que estava por ali com uma pá na mão:
- O Sr. viu o que se passou?
- Vi sim senhor. O autocarro com os políticos espetou-se no chaparro.
- E onde estão os políticos?
- Enterrei-os.
- Mas não estava nenhum vivo?
- Alguns diziam que sim, mas o sr. sabe como os políticos são mentirosos?!...
Já disse e repeti que o vosso programa de caça ao política é de raiz profundamente anti-democrática. Nem se vê razão para que na política vão cair todos os desonestos enquanto que entre médicos, professores, investigadores, operários, capitalistas, banqueiros, jornalistas é tudo gente porreira. Talvez seja por serem eleitos, não?
O idiota não é o sujeito da oração mas sim o autor do boneco. Esta é mais subtil...
Bem dizia eu às 12:19, já têm o apoio do Cisfranco na caçada. E vão ter mais. São águas em que hoje é de facto fácil pescar.
De facto a piada do Cisfranco é de uma estupidez alvar...
E acrescento: o problema é que o post está assinado"De Rerum Natura", portanto compromete toda a equipa (por caso eu tinha a ideia que na equipa havia gente inteligente e com espírito crítico...)
Era uma vez o país da Lusolândia onde dois irmãos gémeos, de partidos opostos, como os irmãos Portas, disputaram o poder.
Um dos irmãos ganhou nas eleições e ficou como primeiro ministro, e o outro teve de se contentar em ir para a bancada da oposição.
Em 2004 o povo da Lusolândia assistiu entusiasmado ao primeiro debate dos irmãos, um no poleiro, e o outro no galinheiro, desta forma.
Em 2006, nas novas eleições, e novas oportunidades, os irmãos trocaram de posição, o que estava no poleiro passou para o galinheiro, e este saltou para o poleiro. O povo, no primeiro debate, encheu o parlamento para assistir agora ao anverso da medalha, e quando as pessoas esperavam que as posições que ambos defendiam viessem à tona, saíram desiludidas porque afinal, as falas inverteram-se, ou seja, os dois irmãos tinham as ideias do poder e as ideias da oposição, e usavam-nas conforme o papel que lhes cabia.
Aliás Goffman explica isso muito bem porque os políticos, como as pessoas, limitam-se a representar o papel que lhes cabe no sorteio.
O idiota não é o sujeito da oração, é o autor. Essa é boa e também os chefes do blogue que resolveram pro essa pimbalhada aqui. O políticos querem conversa... nós pimba.
O 2º comentador diz que "Nem se vê razão para que na política vão cair todos os desonestos "...
Concordo consigo que não vão lá cair todos - há-os ainda que são imunes - mas sendo a profissão de político a "raínha" das profissões, atrai - e de que maneira - todos os que não estão imunes à desonestidade/corrupção/cleptocracia. E assim,nesta floresta, o difícil é encontrar uma árvore sã, o que se avalia pelos frutos...
Peço desculpa mas, por a peça das "falas" não corresponder ao segundo confronto dos dois gémeos, peço vénia para introduzir a que corresponde à realidade do evento fraternal.
Ao Anónimo das 10:18, de 14 Nov.
O que ocorre é que a classe política não é desprezada apenas hoje. Ela dura desde 1820 com a instituição da monarquia constitucional que consistiu em revelar ao mundo esta singela praxis:
- Até agora mandou a monarquia. A partir de hoje nós os deputados também queremos mandar.
Em consequência, os maus mandados dos monarcas passou a maus mandados dos deputados. Ou seja, os maus mandados permanecem, mesmo que mudem os donos.
Falar dos políticos é o mesmo que falar dos dirigentes, porque os políticos, como gostam, querem dirigir e orientar, bem ou mal, não importa desde que tenham as rédeas.
Daqui resulta que quem está na oposição não se propõe reparar a má orientação de quem governa, mas sim fazer todo o possível por deitar o governo abaixo para poder ocupar o poder.
Repare que nada funciona neste país. São chorrilhos atrás de chorrilhos, asneiras atrás de asneiras, corruptelas atrás de corruptelas, e o buraco negro do défice a crescer na mesma proporção.
Depois as pessoas vêem as empresas a falirem, o desemprego a aumentar, e os políticos... no melhor dos mundos.
Os eleitores só ouvem promessas atrás de promessas, e de tanto acreditar caiu na esparrela de agora lhe aumentarem os impostos na mesma proporção com que lhe vão diminuir os vencimentos.
E não há reforma que corrija este estado de coisas nem sequer quem corrija os políticos.
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