segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Olimpíadas Ibero-americanas: Melhor prestação de sempre

Divulgo aqui o despacho da Lusa sobre a prestação portuguesa nas Olimpíadas Ibero-Americanas de Física (fiz declarações aquela agência sobre o assunto):

Olimpíadas Ibero-americanas
Estudantes portugueses alcançam melhor prestação de sempre nas Olimpíadas de Física

03.10.2011 - 12:42 Por Lusa

Jovens portugueses obtiveram a melhor classificação de sempre nas Olimpíadas Ibero-Americanas de Física, que terminou domingo no Equador, conquistando uma medalha de ouro, duas de prata e uma de bronze, foi hoje anunciado.

Os cinco estudantes portugueses distinguiram-se na XVI edição das Olimpíadas, na qual participaram 64 finalistas do ensino secundário, de 17 países, que realizaram duas “longas e difíceis provas de Física”, uma teórica e outra experimental, refere uma nota divulgada pela Universidade de Coimbra (UC), responsável pelo treino da equipa nacional.

O vencedor absoluto da competição, iniciada a 26 de Setembro, foi um estudante espanhol, que obteve também a melhor classificação da prova teórica.

Quem obtiver pontuação acima de determinado valor obtém a medalha correspondente, podendo, por isso, ser atribuídas várias medalhas de ouro, por exemplo.

A medalha de ouro foi para André Calado Coroado (E.S. c/ 3º ciclo do Restelo, Lisboa) e as de prata para Rui Miguel de Oliveira Cordeiro (E.S. Dr. Joaquim de Carvalho, Figueira da Foz) e Shane Miguel Lennon Beato (E.T.L. Salesiana de Santo António, Estoril). Emanuel Ângelo Lopes de Carvalho (E.S. Carlos Amarante, Braga) ficou com o bronze.

Para os team-leaders que acompanharam a delegação portuguesa ao Equador, Fernando Nogueira e Rui Vilão, da Universidade de Coimbra, trata-se de “um excelente resultado”.

“Todos os estudantes tiveram pontuações bastante altas e as duas melhores provas experimentais foram portuguesas, o que é inédito”, afirmou Fernando Nogueira.

Os docentes da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra sublinham que a prova experimental “exigia algum cuidado na análise dos resultados e na determinação do erro experimental”, destacando o “trabalho árduo de preparação” dos jovens, realizado nos seus tempos livres.

Carlos Fiolhais, um dos físicos e divulgadores da ciência mais conhecidos em Portugal, considera que os resultados alcançados, “mais do que revelar uma melhoria nas escolas (secundárias), significam que os jovens estão a ser "cada vez mais bem preparados” na escola que os treina para as provas, a Quark, a funcionar na UC.

“Isto prova que somos tão bons como os melhores de outros países se forem devidamente treinados, que os cérebros portugueses não têm nenhuma diminuição ou deficit em provas internacionais”, afirmou o professor catedrático, que em 2008 se tornou no cientista português mais citado em todo o mundo, com um artigo sobre átomos e moléculas.

Ao realçar o mérito dos estudantes premiados, Carlos Fiolhais critica a suspensão do prémio monetário de 500 euros aos melhores alunos do secundário.

“Andamos todos a dizer que distinguimos os melhores e depois fazemos isto. Comecem por tirar os prémios aos gestores das empresas públicas, que não têm nada a ver com 500 euros”, sugeriu.

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