quarta-feira, 24 de novembro de 2010

POEMA PARA GALILEU DITO POR INVESTIGADORES



Como hoje é o Dia Nacional da Cultura Científica, no dia de aniversário de Rómulo de Carvalho, recuperamos um vídeo feito pelo "Público on-line" há dois anos em ocasião semelhante.

6 comentários:

Anónimo disse...

A MINHA REQUESTA

Profundamente admiro, Galileu,
tua constância, a tua persistência,
para ante o tribunal que sem clemência
examinou o atrevimento teu!

Onde é que já se viu querer alguém
por um canudo ver no céu distante
os astros que, segundo a fé reinante,
nunca avistados foram por ninguém?!

Mas acaso te deu para pensar
que alguns dos cardeais que te julgaram
e por dever do cargo te obrigaram

a desdizer que a terra se movia
gostariam também de partilhar
a tua ousada e firme teoria?!...

JOÃO DE CASTRO NUNES

Anónimo disse...

Corrijo, no 3º verso da 1ª quadra, a gralha "para ante" por "perante". JCN

Anónimo disse...

E também altero o 4º verso da mesma quadra para:

examinou tua visão do céu!

JCN

Anónimo disse...

A CONTRAGOSTO

Nós, Galileu, apenas conhecemos
uma parte da história, trapos dela,
não nos faltando casos em que temos
uma versão contrária ou paralela!

Isto te digo, porque às vezes penso
na angústia dos juízes que tiveram,
sob ocultas pressõea, de ânimo tenso,
de te inquirir do jeito que fizeram.

Quantas daquelas pardas eminências
gostariam de estar no teu lugar
a defender as tuas evidências!

Mas as razões da fé, do cargo, tudo,
pesaram mais que a tentação de olhar
para as estrelas... pelo teu canudo!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Anónimo disse...

ODE A GALILEU

Olha que se não fosse a oposição
que te fizeram suas eminências
sob a pressão da Santa Inquisição,
que contestava as tuas evidências,

passava quase desapercebida
a tua descoberta elementar
de a terra, contra a ordem conhecida,
no espaço andava o sol a gravitar!

Fazendo-te passar as estopinhas,
desculpa, Galileu, falar-te assim,
à maneira do povo, nestas linhas,

o Santo Ofício, sem querer, por mal,
lançou-te para as laudas, afinal,
de um grande e glorioso folhetim!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Anónimo disse...

Além de, no 8º verso, corrigir a gralha "andava" por "andar", altero toda a 2ª quadra para:

nunca teria tanta nomeada
a tua descoberta elementar
de a terra, em vez de se encontrar parada,
no espaço andar o sol a gravitar!

JCN

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