Heródoto põe as breves palavras que servem de título ao presente texto na boca de Leónidas para traduzir a última vontade deste rei de Esparta quando percebeu que o seu dever para com a Grécia, como soberano e soldado, o conduziria inevitavelmente à morte, o mesmo acontecendo com os trezentos guerreiros que comandava, na batalha em que enfrentava o poderoso exército de Xerxes, rei da Pérsia.
Passados cerca de vinte e seis séculos, a última vontade de Leónidas permanece no pensamento de muitos como um lema de coragem, é certo; mas, mais subtilmente, também ecoa como um pedido simples, quase inocente…
Um pedido que, por ser tão facilmente concretizável, não pode deixar de ser desproporcionado ao que Leónidas conseguiu no misterioso desfiladeiro das Termópilas: a possibilidade de a cultura ocidental se manter e evoluir. Devemos estar bem conscientes de que se a sua decisão e técnica fossem outras, toda a ciência e arte que emerge do modo de pensar grego e, afinal, o determina seria diferente. “Lembrem-se de nós”, foi tudo o que o herói (nos) pediu.
Isto a propósito da extrema necessidade e urgência de os sistemas educativos europeus, até por um imperativo ético, voltarem a integrar, valorizando, a História, a Literatura, a Matemática, a Filosofia fundacionais.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA
A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
A “Atlantís” disponibilizou o seu número mais recente (em acesso aberto). Convidamos a navegar pelo sumário da revista para aceder à in...
8 comentários:
Os europeus andam com fraca memória. Tem razão no que diz. Estudar os clássicos é lembrar o que somos e pelo que lutamos.
Já não se fazem 300 assim. Já não há Leónidas no velho continente.
Mas começam a existir sinais de alguma recuperação...
anónimo das velhas-oportunidades
Outros trezentos fazer
não lembraria ao diabo,
pois que seria dar cabo
de tão raro proceder!
JCN
Das Termópilas ninguém
se há-de esquecer, com certeza,
pois se encontram para além
das forças da natureza!
JCN
Em contrapartida, quem
falará dos humanóides,
que em grande conta se têm
nas colunas dos tablóides?!
JCN
http://fsousa.blogspot.com/2010/01/preferred-quote.html
Fala-me JCN de tablóides?
Em altura de FMI
não há portuga que resista aos mongolóides
que governam este canto europeu, aqui!
anónimo-das-velhas.oportunidades
Para quê, tanto estudar?
De que serve essa ilusão?
Vamos todos acabar
Entre as tábuas dum caixão.
Vendo bem, melhor seria
nem sequer haver nascido
para um dia ser metido
num caixão sem companhia!
JCN
Enviar um comentário