“Aqui importa-se tudo. Leis, ideias, filosofias, teorias, assuntos, estéticas, ciências, estilo, indústria, modas, maneiras, pilhérias, tudo vem em caixotes pelo paquete. A civilização custa-nos caríssimo, como os direitos de Alfândega: e é em segunda mão, não foi feita para nós, fica-nos curta nas mangas…” (Eça de Queiroz, 1845-1900).
Pelo interesse de que se reveste, transcrevo três excertos de prosa de um extenso artigo, saído no Público (06/08/2010), titulado “Educação injusta”, da autoria do professor universitário Luís Campo e Cunha. Escreve ele:
1. “A educação – outro problema calamitoso [referindo-se à justiça] – também não deu boas notícias com a perspectiva do fim das reprovações. Há uns meses, numa conferência em S. Francisco da Califórnia, um professor americano já reformado, que escreveu muito sobre Espanha e também sobre Portugal, perguntou-me qual a razão dos maus resultados do ensino nacional. Depois de uma longa conversa em que mostrei que os recursos financeiros, humanos e materiais eram dos melhores da Europa, os resultados brilhavam pela ausência. A finalizar disse-lhe que boa parte da culpa também era deles, americanos. Perante a surpresa expliquei-lhe que no final dos anos sessenta (ou princípios de setenta) um ministro da Educação tivera a ingenuidade de mandar uma dezena de pessoas estudar “ciências da educação” nos Estados Unidos. Ele interrompeu-me perguntando: não me diga que foram para Boston. Exactamente, disse-lhe. O meu amigo respirou fundo e calmamente concluiu: então caso é mesmo muito grave… E é, de facto, muito grave. A filosofia das escolas de educação está patente há muitos anos na abordagem ao ensino em Portugal e os resultados estão à vista.”
Começo por uma rectificação de somenos importância: os mestrados de Boston para o alcance do lugar de professor adjunto das escolas superiores de educação tiveram lugar em finais de 80. Sendo, por vezes, as questões da educação condicionadas pelas força políticas regionais, a primeira escola superior deste género a ser criada foi em Viseu, em 1983, quando seria de esperar terem sido contempladas, em primeiro lugar, as cidades de Lisboa, Porto e Coimbra, com longa e cimentada tradição na formação de professores do ensino primário. Já tem importância saber-se que um dos “felizes contemplados” com um mestrado pela Universidade de Boston foi Valter Lemos, professor da antiga Escola do Magistério Primário de Castelo Branco e antigo secretário de Estado da Educação, na vigência da pasta da Educação de Maria de Lurdes Rodrigues.
Igualmente, é detentora de um igual mestrado por Boston Isabel Alçada, professora da Escola Superior de Educação de Lisboa, antiga dirigente da Fenprof e actual ministra da Educação. Sem pretender, de forma nenhuma, beliscar a possível isenção desta governante é natural que o seu passado a ponha perante o dilema de Afonso de Albuquerque: “Mal com o homens por amor d’el rei e mal com el-rei por amor aos homens”. Ou seja, no caso da formação simultânea dos professores de Matemática por universidades e escolas superiores de educação, com os maus resultados que saltam à vista desarmada, uma desejável intervenção sua no possível debelar ou mesmo acabar com esta aberração correrá o risco de cair em saco roto pela sua licenciatura universitária: mal com a universidade, onde se licenciou, por amor às escolas superiores de educação e mal com as escolas superiores de educação, em que leccionou, por amor à universidade!
2. Mais adiante, é feita, por Luís Campos e Cunha, a interessante análise: “As reprovações são necessárias e não se avaliam, principalmente, pelos efeitos que têm nos alunos que chumbam. As reprovações são úteis para os alunos que passam porque estudaram. É o prémio; é para evitar a vergonha da reprovação que os alunos se aplicam mais. Qualquer um de nós (incluindo eu próprio) se lembra que esteve, normalmente pelos 14 anos, à beira de chumbar e só não terá acontecido pelo esforço final para evitar o vexame. É a cultura da responsabilidade que está em causa.
Educar é preparar para a vida. Não conheço melhor definição de educação. Essa preparação é não só técnica e científica, mas também ética e cívica. É ser capaz de lidar com o stress, com a pressão temporal e até com a injustiça. É ser capaz de definir objectivos, trabalhar por eles e alcançá-los. E esperar o reconhecimento por isso. Os exames e os resultados com aprovação, reprovações e com notas de zero a vinte foram necessários e são importantes. Aguentar a pressão de um exame faz também parte da aprendizagem.
Na vida estamos sempre a aprender e estamos sempre a ser avaliados. Tal como devia ser na escola. Há duas grande diferenças entre a escola e a vida. Na escola, primeiro temos a lição e depois o exame. Na vida privada temos o exame e só depois temos a lição se percebermos onde errámos. Em segundo lugar, na escola aprendemos à custa da experiência de outros; na vida aprendemos à nossa custa, à custa dos nossos erros. Por tudo isto é que a escola é o meio mais eficiente para nos prepara para a vida”.
Luís Campos e Cunha deu o seu exemplo (e como escreveu o humanista Albert Scheweitzer, “dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros - é a única”) de ter estado à beira de chumbar no 4.º ano do liceu e da lição que daí colheu. Eu reprovei no meu sexto ano do liceu, ano de exame (nesse tempo havia exames no 3º , 6.º e 7.º anos), em duas disciplinas matemática e inglês - logo a uma disciplina que minha Mãe dominava perfeitamente, para além do francês e alemão, donde se prova, uma vez mais, a verdade do aforisma: “Em casa de ferreiro espeto de pau”.
Para me desculpar da cabulice, logo disse que queria deixar de estudar na esperança que meus pais me suplicassem que não fizesse isso por pôr em risco o meu futuro em obter um curso superior que me ajudaria ganhar a vida com melhores proventos. Com verdadeiro tacto, deram-me a entender concordar comigo, logo se aprestando em satisfazer o meu “desejo”. Meio dito meio feito. Meu pai levou-me à presença de uma amigo que me deu, ou fingiu dar, emprego. Estávamos em vésperas das férias grandes e o emprego era para ter início no primeiro dia de Agosto! E assim se iam ao ar as férias na Figueira da Foz . Remédio santo, chegado a casa disse querer continuar a estudar.
Outros tempos, outros costumes em que quer na vida escolar ou não “aprendíamos à nossa custa, à custa dos nossos erros”, como escreveu o autor do referido artigo. E hoje, com que se deparam os alunos aplicados que seguem a via normal de ensino? Para além de carências económicas, cábulas que esperam pelos 18 anos, por vezes, em empregos fictícios nas próprias empresas dos progenitores, para descreverem todo um percurso de experiência de vida do 3.º ciclo do básico ciclo ao ensino secundário completo, transposto para um relatório em péssimo português feito enquanto o diabo esfrega um olho. Como explicar aos alunos que se dedicam à escola que o esforço de estudar compensa? Esse o grande desafio da sociedade dos nossos dias, com os exemplos em contrário, de grande número de licenciados no desemprego, tornando difícil aos pais actuais transmitirem essa mensagem aos filhos em condições de ser entendida.
3. Por último, e com o realce que bem merece, o parágrafo final do artigo: “Sem justiça não há cidadania nem vida democrática. Sem uma boa escola não há justiça social. Hoje temos um ensino, porque laxista, mais injusto do que há 40 anos: os filhos dos mais pobres ficam condenados a serem pobres. Não sou especialista em educação e sei ainda menos de justiça. Mas sei ver os resultados. Da mesma forma que não sei cozinhar decentemente, mas sei apreciar uma boa refeição”.
Como eu costumo dizer, com um ensino que não ensina, o grande problema da educação hodierna é não haver cozinheiros que nos dêem o prazer de uma refeição, sequer, decente. Sem direitos alfandegários, na era dos jactos, importamos, de um dia para o outro, diplomas de mestrado que, como diria Eça,” nos ficam curtos nas mangas”. Bem se afadigam os seus responsáveis em vestir a juventude com um tecido educativo que não estica por mais que se afadiguem os seus mestres alfaiates. Isto é, veste-se Portugal com calças ridículas que são muito curtas para calças e muito compridas para calções. Para abreviar razões, em todo este status quo educativo, adaptando o que li num livro de publicação recente, “não há inocentes; há apenas diferentes graus de responsabilidade!”
1. “A educação – outro problema calamitoso [referindo-se à justiça] – também não deu boas notícias com a perspectiva do fim das reprovações. Há uns meses, numa conferência em S. Francisco da Califórnia, um professor americano já reformado, que escreveu muito sobre Espanha e também sobre Portugal, perguntou-me qual a razão dos maus resultados do ensino nacional. Depois de uma longa conversa em que mostrei que os recursos financeiros, humanos e materiais eram dos melhores da Europa, os resultados brilhavam pela ausência. A finalizar disse-lhe que boa parte da culpa também era deles, americanos. Perante a surpresa expliquei-lhe que no final dos anos sessenta (ou princípios de setenta) um ministro da Educação tivera a ingenuidade de mandar uma dezena de pessoas estudar “ciências da educação” nos Estados Unidos. Ele interrompeu-me perguntando: não me diga que foram para Boston. Exactamente, disse-lhe. O meu amigo respirou fundo e calmamente concluiu: então caso é mesmo muito grave… E é, de facto, muito grave. A filosofia das escolas de educação está patente há muitos anos na abordagem ao ensino em Portugal e os resultados estão à vista.”
Começo por uma rectificação de somenos importância: os mestrados de Boston para o alcance do lugar de professor adjunto das escolas superiores de educação tiveram lugar em finais de 80. Sendo, por vezes, as questões da educação condicionadas pelas força políticas regionais, a primeira escola superior deste género a ser criada foi em Viseu, em 1983, quando seria de esperar terem sido contempladas, em primeiro lugar, as cidades de Lisboa, Porto e Coimbra, com longa e cimentada tradição na formação de professores do ensino primário. Já tem importância saber-se que um dos “felizes contemplados” com um mestrado pela Universidade de Boston foi Valter Lemos, professor da antiga Escola do Magistério Primário de Castelo Branco e antigo secretário de Estado da Educação, na vigência da pasta da Educação de Maria de Lurdes Rodrigues.
Igualmente, é detentora de um igual mestrado por Boston Isabel Alçada, professora da Escola Superior de Educação de Lisboa, antiga dirigente da Fenprof e actual ministra da Educação. Sem pretender, de forma nenhuma, beliscar a possível isenção desta governante é natural que o seu passado a ponha perante o dilema de Afonso de Albuquerque: “Mal com o homens por amor d’el rei e mal com el-rei por amor aos homens”. Ou seja, no caso da formação simultânea dos professores de Matemática por universidades e escolas superiores de educação, com os maus resultados que saltam à vista desarmada, uma desejável intervenção sua no possível debelar ou mesmo acabar com esta aberração correrá o risco de cair em saco roto pela sua licenciatura universitária: mal com a universidade, onde se licenciou, por amor às escolas superiores de educação e mal com as escolas superiores de educação, em que leccionou, por amor à universidade!
2. Mais adiante, é feita, por Luís Campos e Cunha, a interessante análise: “As reprovações são necessárias e não se avaliam, principalmente, pelos efeitos que têm nos alunos que chumbam. As reprovações são úteis para os alunos que passam porque estudaram. É o prémio; é para evitar a vergonha da reprovação que os alunos se aplicam mais. Qualquer um de nós (incluindo eu próprio) se lembra que esteve, normalmente pelos 14 anos, à beira de chumbar e só não terá acontecido pelo esforço final para evitar o vexame. É a cultura da responsabilidade que está em causa.
Educar é preparar para a vida. Não conheço melhor definição de educação. Essa preparação é não só técnica e científica, mas também ética e cívica. É ser capaz de lidar com o stress, com a pressão temporal e até com a injustiça. É ser capaz de definir objectivos, trabalhar por eles e alcançá-los. E esperar o reconhecimento por isso. Os exames e os resultados com aprovação, reprovações e com notas de zero a vinte foram necessários e são importantes. Aguentar a pressão de um exame faz também parte da aprendizagem.
Na vida estamos sempre a aprender e estamos sempre a ser avaliados. Tal como devia ser na escola. Há duas grande diferenças entre a escola e a vida. Na escola, primeiro temos a lição e depois o exame. Na vida privada temos o exame e só depois temos a lição se percebermos onde errámos. Em segundo lugar, na escola aprendemos à custa da experiência de outros; na vida aprendemos à nossa custa, à custa dos nossos erros. Por tudo isto é que a escola é o meio mais eficiente para nos prepara para a vida”.
Luís Campos e Cunha deu o seu exemplo (e como escreveu o humanista Albert Scheweitzer, “dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros - é a única”) de ter estado à beira de chumbar no 4.º ano do liceu e da lição que daí colheu. Eu reprovei no meu sexto ano do liceu, ano de exame (nesse tempo havia exames no 3º , 6.º e 7.º anos), em duas disciplinas matemática e inglês - logo a uma disciplina que minha Mãe dominava perfeitamente, para além do francês e alemão, donde se prova, uma vez mais, a verdade do aforisma: “Em casa de ferreiro espeto de pau”.
Para me desculpar da cabulice, logo disse que queria deixar de estudar na esperança que meus pais me suplicassem que não fizesse isso por pôr em risco o meu futuro em obter um curso superior que me ajudaria ganhar a vida com melhores proventos. Com verdadeiro tacto, deram-me a entender concordar comigo, logo se aprestando em satisfazer o meu “desejo”. Meio dito meio feito. Meu pai levou-me à presença de uma amigo que me deu, ou fingiu dar, emprego. Estávamos em vésperas das férias grandes e o emprego era para ter início no primeiro dia de Agosto! E assim se iam ao ar as férias na Figueira da Foz . Remédio santo, chegado a casa disse querer continuar a estudar.
Outros tempos, outros costumes em que quer na vida escolar ou não “aprendíamos à nossa custa, à custa dos nossos erros”, como escreveu o autor do referido artigo. E hoje, com que se deparam os alunos aplicados que seguem a via normal de ensino? Para além de carências económicas, cábulas que esperam pelos 18 anos, por vezes, em empregos fictícios nas próprias empresas dos progenitores, para descreverem todo um percurso de experiência de vida do 3.º ciclo do básico ciclo ao ensino secundário completo, transposto para um relatório em péssimo português feito enquanto o diabo esfrega um olho. Como explicar aos alunos que se dedicam à escola que o esforço de estudar compensa? Esse o grande desafio da sociedade dos nossos dias, com os exemplos em contrário, de grande número de licenciados no desemprego, tornando difícil aos pais actuais transmitirem essa mensagem aos filhos em condições de ser entendida.
3. Por último, e com o realce que bem merece, o parágrafo final do artigo: “Sem justiça não há cidadania nem vida democrática. Sem uma boa escola não há justiça social. Hoje temos um ensino, porque laxista, mais injusto do que há 40 anos: os filhos dos mais pobres ficam condenados a serem pobres. Não sou especialista em educação e sei ainda menos de justiça. Mas sei ver os resultados. Da mesma forma que não sei cozinhar decentemente, mas sei apreciar uma boa refeição”.
Como eu costumo dizer, com um ensino que não ensina, o grande problema da educação hodierna é não haver cozinheiros que nos dêem o prazer de uma refeição, sequer, decente. Sem direitos alfandegários, na era dos jactos, importamos, de um dia para o outro, diplomas de mestrado que, como diria Eça,” nos ficam curtos nas mangas”. Bem se afadigam os seus responsáveis em vestir a juventude com um tecido educativo que não estica por mais que se afadiguem os seus mestres alfaiates. Isto é, veste-se Portugal com calças ridículas que são muito curtas para calças e muito compridas para calções. Para abreviar razões, em todo este status quo educativo, adaptando o que li num livro de publicação recente, “não há inocentes; há apenas diferentes graus de responsabilidade!”
29 comentários:
Uma pequena chamada de atenção: nãao se trata de Mouzinho, mas de Afonso de Albuquerque, em carta a D. Manuel. JCN
Rectifico: não foi em carta a D. Manuel, mas a ponto de morrer, desabafando co Deus, à vista de Goa. Assim é que é! JCN
Uma coisa que acho piada em Portugal é toda a gente citar o Eça para criticar outras pessoas. Só que parece que ninguém repara que toda, mas mesmo toda, a gente gosta do Eça e usa-o para criticar a sociedade portuguesa!!!!
Como é que isto é possível?! Se o Eça é o maior e ele é que sabia, e se toda a gente o percebe e gosta dele, como é que as pessoas o podem usar para criticar os outros? Alguma coisa está mal. E o que está mal é muito evidente: mesmo as pessoas que caberiam dentro das críticas do Eça gostam dele e lêm-no à sua maneira.
Eu apostava que a ministra da educação é fã do Eça e seria capaz de usar uma citação do homem para criticar o Rui.
Já agora, pergunto ao Rui (que é uma pessoas viciadada em citações,e a mim parece-me um vício demasiado forte, um mau vício) que é que interessa aquela citação do Eça, que é que aquilo está ali a dizer?
Se nós importamos tudo e importamos o sistema de educação anterior, onde se reprovava, e agora estamos a importar outro sistema em que não se reprova, que diferença faz a citação?
Ó Rui, não te apercebes que as tuas citações são uma grande seca e na maior parte das vezes não interessam para nada, a não ser para dar um ar de que tu és um lunático fanático adoradorr de gajos mitificados e que sabes milhões de citações de cor?
luis
Sobre Boston.
Mais uma vez ficaste pela grande seca de apenas apresentar citações de duas pessoas que falam mal de Boston, como se isso provasse alguma coisa, porra! E uma delas nem sabemos quem é! Quem é o professor reformado? Não seria um cota já muito velho e com ideia ultrapassadas? Como é que nós podemos ajuizar as opiniões dele se nem nos dizes o nome? Pensas que me tremem as canetas com a citação do nome Campos e Cunha? Estás muito enganadinho, eu não me chamo Rui, e os outros leitores também não. Quando é que deixas esse vício das citações e começas a analisar as coisas criticamente e a apresentar estudos críticos daquilo que achas mal?
Achas que nós somos tão estúpidos que vamos ficar a pensar o pior dos mestrados de Boston só porque tu citas duas pessoas que dizem mal daquilo?! Quem me garante que não há gente que diz o melhor daquilo?
E quem me garante que na equipa do ministério não há gente que tem mestrados em universdades de que o tal professor reformado pensaria muito bem?
Que seca, nunca pões aas coisas como deve ser, nunca pões coisas completas, só metes dois ou três detalhes que te dão jeito.
Não achas que tu cabias bem numa daquelas personagens que o Eça usa para criticar a sociedade portuguesa? Como é que tu ficas deslumbrado com a opinião de um anónimo professor americano reformado?! Não achas que estás a ser demasiadamente parolo? Também importas assim as coisas, coisas que te ficam curtas nas mangas?
luis
luis
Campos e Cunha e vidas pessoais.
O Campos e Cunha deve uma imaginação muito grande, não? Há algum estudo que diga que os alunos com cerca de 14 anos tiram piores notas e reprovam mais vezes?? Eu nunca ouvi falar de semelhante coisa na minha vida. Mostrem-me os números porque eu não acredito.
POrque é que as pessoas têm a mania de justificar coisas com exemplos pessoais?! É altamente irritante.
Que é que nos interessa a nós a tua vida e em que é o teu exemplo prova alguma coisa?
Não estás farto de saber que há gajos que vão para a cadeia e reincidem?! Tu nem parces um pedagodo, não pareces saber que há pessoas que reagem de maneiras diferentes a diferentes tratamentos. Se calhar, outro puto, iria reagir de maneira difente de ti!
Deixai-vos de vir para aqui com historietas que não interessam nada e escrevei coisas a sério.
luis
Para quem passa o artigo a falar de educação e como se devem fazer a scoisas e chegar ao fim e dizer:
Não sou especialista em educação e sei ainda menos de justiça. Mas sei ver os resultados. Da mesma forma que não sei cozinhar decentemente, mas sei apreciar uma boa refeição.
Se não sabe nada de educação para que é que está a mandar postas de pescada sobre os temperos e o a maneira como se vai assar a coisa?
Sinceramente, não há paciência para aturar este nível de discussão, especialmente quando se metem ao barulho pessoas que não percebem nada do assunto, como parece que vós gostais de meter, sejam o Campos e Cunha, ou aquele da Grávida, nem me lembro o nome, que de vez em quando vem aqui escrever sobre educação e que é uma pessoa que não percebe nada disso.
Ó Rui, parece-me que andais a brincar, isto é de uma falta de profissionalismo gritante!
A ver se te deixas de impressionar com nomes e citações, e começas a escrever coisas sérias e com pés e cabeça.
luis
Julgo que Luís Campos e Cunha, e os que subscrevem estas teorias, quando falam de alunos da escola pública e ensino obrigatório pensam nos filhos, nos amigos dos filhos, em suma, gente bem preparada academicamente e bem estruturada em termos de educação e apoio familiar.
Inteiramente de acordo que esses alunos a quem nada falta, senão a obrigação de estudar e obter bons resultados, sigam os exemplos dos progenitores; mas infelizmente na nossa sociedade os pais de uma grande parte dos nossos alunos não têm conhecimentos para os orientar nos estudos, dinheiro para pagar explicações e sobretudo não valorizam a formação dos filhos. É interessante ouvir falar de cátedra toda esta gente que está tão arredada do ensino Básico Público!
É fundamental conhecer melhor os alunos e as famílias dos nossos alunos, é que esta é a sociedade que temos, pouco escolarizada e mal preparada para enfrentar os desafios que a vida de hoje impõe.
O fim das reprovações é impensável, e penso que ninguém que saiba minimamente do que está a falar o possa defender , mas é possível com mais profissionalismo, rigor ,trabalho e exigência melhorar o ensino nas nossas escolas e, consequentemente, evitar que aqueles que facilmente a abandonam e somam retenções possam inverter esta trajectória. Mas isso implica a disponibilidade do professor para entender que a sua função é também implicar os alunos nas aprendizagens.
Este é um caminho que é preciso percorrer para que se perceba que podemos fazer mais e melhor. O Ministério da Educação tem que permitir que a escola se muna de ferramentas que a levem a organizar-se de acordo com o publico alvo, de modo a inverter situações de indisciplina, inércia e desleixo por parte dos alunos.
A escolaridade obrigatória trouxe outras exigências à Escola.
Quanto a importar era bom que replicássemos, por exemplo, o que fazem algumas escolas de meios mais desestruturados em alguns estados dos Estados Unidos da América. Sucesso real, mas com muito trabalho exigência e competência.
Caro Professor JCN:
Grato pela sua crítica construtiva sobre o meu lapso em escrever Mouzinho de Albuquerque, das Campanhas de África, em vez Afonso de Albuquerqu, vice-rei da Índia. Vou já emendar, com o pedido de desculpas aos possíveis leitores, no próprio "post".
Cordialmente.
Luís:
Cá li os teus três extensos comentários. Começo por dizer que, nesta circunstância, a culpa não é inteiramente tua. Assumo a minha quota parte de culpa quando escrevi um comentário, em 3 de Agosto, às 12:23, no meu post “O Sentido das Reformas educativas Portuguesas”, endereçado a um anónimo (que não é bem um anónimo pois subscreve-se com o nome de Luís, mas um heterónimo de outro nome qualquer), que transcrevo: “Caro Luís: Obrigado pelo teu comentário, e até ao próximo”. Usaste o meu convite e até abusaste (porque o uso excessivo é abuso).
Tentarei ser breve.
1.º comentário: “Mea culpa”, assumida, sem ser necessária a confissão pois salta à vista do mais descuidado, ser eu um admirador da obra de Eça, mormente, na sua parceria com Ramalho, em “As Farpas” que li, reli e tornei a ler.
Sabes porquê? Porque, como os seus autores o escreveram, o seu objectivo era farpear a velha Tolice Humana com cabeça de touro (cito de memória)! Já agora, queres saber o motivo da minha “adoração”? Por esta obra ser o retrato fiel do que ainda hoje se passa na sociedade portuguesa, quer no domínio dos costumes, da política, da educação, em resumo, da velha Tolice Humana. É só mudar os nomes das personagens e a época vivida!
Quanto às citações que faço, poderia adoptar o costume, tão em voga, em as tomar por minhas. Mas é uma questão de princípios. Bem eu sei, que seria mais popular fazer citações deste género: “Prognósticos só no fim dos jogos” [de futebol]; “o meu coração têm uma só cor, é azul e branco”; “para morrer só é preciso estar vivo”, etc.
De resto, não acredito que seriam ao teu gosto. O ar “blasé” que adoptas na tua escrita julgo ser uma vaidade bem estudada e encobridora da personagem que és, ou que convém que pareças ser, como aquelas máscaras de carnaval que tanto jeito dão para nos porem a falar em nome de terceiros (ou mesmo de um outro eu ) ou a brincar com coisas sérias enquanto se lançam para o ar vistosas serpentinas.
Quanto à aposta que fazes de Isabel Alçada ser fã de Eça de Queiroz não entro nessa. Como disse alguém, quiçá com um saber de experiência feito, “teima, mas nunca apostes”! Deixo-te, portanto, sozinho, a falar com os teus botões. E se chegares a uma conclusão, avisa-me!
(Continua)
Agora começamos a puxar o fio à meada e saber de onde vem essa gente, Portugal é um país tão provinciano que qualquer diploma no estrangeiro, mesmo em universidades duvidosas vale mais que ouro cá no burgo!
Creio que qualquer jardineiro que tire um curso profissional em qualquer país do mundo, mas sobretudo Inglaterra ou Estados Unidos, têm equivalência automática a um mestrado de arquitectura paisagista cá em Portugal!
Exageros e ironias à parte! Essa gentinha foi formar-se lá fora para não saber-mos no que se formavam e está visto, formaram-se em tretas, pensarem e muito bem, para eles não para o país, vamos ao estrangeiro, pagamos e tiramos um diploma qualquer, voltamos ao burgo e os papalvos vão olhar para nós como se fossemos deuses da educação! E assim foi, depois dos primeiros eduqueses se terem formado lá fora, começaram a idealizar outras fantochadas! Vamos abrir escolas superiores de educação, usurpando competências das universidades, extinguindo os magistério e fazer passar a nossa mensagem e não é que colou? Os espertos transvestiram lixo em moda, conversa fiada em pensamento profundo e criaram todo um negócio e uma corrente educativa, os resultados estão à vista, muitos foram prejudicados e continuam a ser, mas no meio de isto tudo, quem se amanhou??
Quem foram os ministros que abriram as escolas superiores de educação? Que lobbies houve por de trás? Já se fez a história deste nefasto sucesso?
Moral da história: Nem tudo o que é estrangeiro é BOM!
(Continuação)
Luís (comentário, 7 Agosto; 06:02):
Ufa! Finalmente chegámos a Boston. Mais precisamente à Universidade de Boston que mereceu uma fotografia toda jeitosa a encimar o meu post. Diz lá que não!
Pondo de parte a qualidade dos seus mestrados para “exportação”, uma coisa é certa e negativa: os reflexos trazidos para a pedagogia do sistema educativo nacional em que um simples e curtíssimo “estágio” nos Estados Unidos, ainda por cima, pelos resultados à vista, mal ensinado, mal assimilado, mal transmitido, deu azo ao “eduquês” que eu defino como a substituição de uma transmissão de conhecimentos científicos por discutíveis teorias das ciências da educação, atitude criticada por Schulman (1986) quando nos fala “do reducionismo às técnicas pedagógicas na concepção da formação e da avaliação dos professores”.
Ou seja, uma (ou várias) asneira científica suportada por processos de aprendizagem que a tornam de pedra e cal na cabeça das crianças, ou adultos em menor grau, torna-se mais perigosa que a própria ignorância. O ignorante está sempre a tempo de aprender. Um ignorante cheio de falsos conhecimentos dificilmente se verá livre dessa ignorância.
Repara que as Ciências da Educação nas universidades portuguesas só para a obtenção de uma licenciatura (antes de Bolonha) sujeitava os alunos a uma aprendizagem de vários anos que nada tem a ver com conhecimentos colados a cuspo porque, como se diz na gíria, “para quem é bacalhau basta!”
Fazes-me uma pergunta que embora não pareça é uma rasteira: “Quem é o professor reformado?” Perguntas bem, mas não te posso responder. Quem cita o professor de que indagas insistentemente o nome foi o professor Campos e Cunha. Só ele te poderá, se estiver pelos ajustes, responder…nanja, eu!
Numa coisa estamos de acordo. Não te chamas Rui, chamo-me eu. Agora que te chames Luís, ou Luís “tout court”, esta a questão que o anonimato ou um falso ou incompleto nome levanta. Não, não diria como tu tratar-se de uma questão de “parolice”. Parolice (ou mais do que isso, insolência!) é contra-argumentar com argumentos de conversa da treta.
(Continua)
(Continuação)
Luís (comentário: 7 Agosto; 06: 10):
Não sei se Campos e Cunha tem ou não uma imaginação muito grande. Volta não volta, queres que eu responda pelos outros sem qualquer procuração. Mas, para ter uma mera opinião pessoal, ou fazer uma mera constatação, será preciso apresentar dados estatísticos, por vezes, pouco ou nada fiáveis? Dando o devido desconto, o ministro da Educação de Salazar, Leite Pinto, ilustre catedrático do IST, dizia: “Há duas maneiras de mentir - uma é não dizer a verdade, outra fazer estatística”…
É estranho o lugar de desprezo que votas à minha experiência de vida. Pois não é ela o “abre-te Sésamo” para entrar na caverna das Novas Oportunidades? Ainda bem, agradeço-te penhorado, não me parecer eu com um “pedagodo”, como escreveste. Escrever coisas a sério, eu? Neste teu conselho, encontro semelhança com o roto que se vira para o nu e lhe diz: “Por que não te vestes tu?”
Afinal os teus comentários são quatro e não três. Lá terei mais um a que responder por uma questão de educação. É feio não rersponder a quem se nos dirige. Só por isso!
(Continua)
(Continuação)
Luís (comentário: 7 Agosto, 06:20):
Para constatar que está um dia chuvoso ou um lindo dia é necessário ter-se lido, de ponta a ponta, o “Borda d´Água” ? De igual modo, para se falar ou criticar a Educação, será necessário ir à Universidade de Boston obter um mestrado em Ciências da Educação?
Luís, agora com aquela pouca seriedade que os teus comentários consentem, não será altura, depois de exposta a tese, elaborada a antítese, deixar que os possíveis leitores que nos tenham lido, façam a devida síntese? Pensa nisso. Não sejas egoísta, Luís!
O TUDO
(poeminha da pior verdade)
No Brasil peitudo
Que falta quase tudo
Tem-se também de tudo...
Contudo, falta o tudo
Que é a qualidade do estudo...
Para jovens, adultos e crianças
Sobretudo...
Bruno Bezerra
Maria:
Um dos grandes males do nosso ensino é pensar que os alunos são todos iguais. Não são, como o não são os professores. Nem tampouco os pais dos alunos. Como aliás, reconhece. Se assim fosse seria fácil fabricar clones feitos à imagem de uma mesma escola. Mas não!
Desta forma, seriam maltratadas as elites que, segundo António José Saraiva, “assustam muitos democratas por julgarem que as sociedades podem ser superfícies rasas”.
O vício das Novas Oportunidades é poder fazer com que se perca um bom artífice, com um ordenado razoável, facultando-lhe, rapidamente e sem grande esforço, um emprego de caneta onde será um profissional com diplomas que farão dele um analfabeto funcional no desemprego.
Meu caro Dr. Rui Baptista:
Admiro-lhe a paciência para lidar com criaturas disfarçadas de meninos travessos! JCN
Cá para mim, o anónimo Luís é apenas um troll com alguma piada!
Ó Rui, eu só te disse coisas muito simples, coisas que se aprendem nas nossas escolas e que são muito básicas, e eu uso sempre a mesma crítica que se baseia no seguinte:
quando tu queres fazer uma afirmação ou provar algo, tens que mostrar provas conclusivas ou fazer citações de alguém que tenha já provado aquilo que tu queres afirmar.
E, repara que eu uso sempre a mesma crítica, mesmo que não saiba nada do assunto, porque normalmente não sei muito do que se fala aqui.
O que constato é que as pessoas que escrevem aqui não têm espírito ciêntífico.
Se tu queres provar que a universidade de Boston é má e está na orogem dos problemas não podes simplesmente citar duas pessoas que têm opinião negativa dessa universidade, em que uma delas nem se sabe quem é, ou qual é a sua opinião completa sobre o assunto.
Como também terias que provar que todas, ou a maioria das pessoas, do ministério da educação estudaram ou seguem a suposta filosofia dessa universidade.
E é evidente que quando se diz que as pessoas reprovam mais com 14 anos não basta citar um caso, tens que citar um estudo que prove isso, do qual eu não conheço e duvido da sua existência. Porque senão estás simplesmente, ou o Campos e Cunha está, a dizer tretas. E não interessa que a culpa seja do Campos e Cunha porque quem o está a citar és tu, a culpa passa a ser tua.
Também não deves usar as experiências pessoais porque elas, muitas vezes, não reflectem a média, e por isso não interessam para nada.
E acredita que as estatísticas, se bem usadas, são muito úteis no estudo do mundo, como é evidente. Se não as souberes usar bem é evidente que elas podem ser uma desgraça.
Concluindo, só te estou a dizer uma coisa muito simples e que nos ensinam na escola: quando quiseres afirmar a tua opinião tens que o fazer em factos reais e aresentar provas ou estudos, isto é, ter um espírito científico, e não vir contar duas ou três opiniões de pessoas a quem dás muito valor e com isso achares que a tua opinião está provada. As coisas não funcionam assim.
luis
Quanto à minha pessoa, acho incrível que me dês tanta importância. Eu acho piada, especialmente aquilo de me convidares a comentar. E nem percebo bem essas conclusões que tiras sobre a minha escrita.
Acho que não sou vaidoso mas não me cabe a mim avaliar-me ou classificar-me, mas se tu o dizes...
Falas da minha escrita mas eu sei bem que a minha escrita é fraca, nunca fui bom aluno a português, nunca passei do 10.
E mais, não estou, aqui, a criar nenhuma personagem para andar a chatear seja quem for, simplesmente escrevo o que penso e quase como falo, para escrever como falo só me faltava meter umas caralhadas a mais.
Também não tenho problemas com essas coisas do anonimato, não tenho um blogue e por isso assino luis porque o meu primeiro nome é Luís, por isso o luis não é bem um heterónimo, estás enganado. Mais uma vez estás enganado, que chatice!
Também te digo que já não é a primeira vez neste blogue (tu é que não deste conta disso) que dou o meu email para quem acha que eu estou a ser covarde ou que me estou a encobrir debaixo do anonimato. Por isso, outra vez, vou pôr aqui o meu email para me fazeres qualquer pergunta pessoal que te preocupe:
lboticas@yahoo.co.uk
Ficas a saber que te digo o nome todo e dou-te todos os dados razoáveis que queiras obter de mim. Acredito que não me vás perguntar quanto dinheiro tenho no banco, nem outras perguntas do estilo. Mas posso dar-te o número de telefone e até combinar um café, se estás assim tão curioso. Não tenho problemas nenhuns com isso.
Mas já te aviso que sou uma pessoa banalíssima, não tenho nada de especial, nadinha mesmo. Até te digo mais: se soubesses o que eu faço na vida ficavas completamente envergonhado de me estar a dizer semelhantes coisas, de que eu crio personagens e tenho vaidade.
Que sou descarado e gosto de picar as pessoas, isso é verdade, mas acho que não passa muito disso.
Como já te disse, limito-me a criticar os textos por eles serem pouco sustentados em factos ou com estudos de um nível decente.
Lembro-me que, há uns tempos, um dos meus comentários a corrigir um post, que contava como o Eratóstenes mediu o tamanho da Terra, deu origem a um post que corrigia o anterior, embora de uma maneira que não era completa. Mas o que eu disse era uma coisa simplória e fácil de ver para qualquer pessoa com olho para as coisas.
Isto é só para te dizer que eu tenho algum espírito crítico, estou atento, e não como qualquer coisa que me ponham à frente, como já te disse. Sejam as coisas vindas de quem for, porque eu sou descarado e não me impressiono com muitas coisas, e se descobrir que alguém muito importante tem uma opinião errada não tenho problemas em chapa-lo na cara.
É só isso, de resto sou uma pessoa banal que nem tem uma grande cultura geral nem nada.
Envia as perguntas que me queiras fazer para eu te responder. Mas já te aviso que vais ficar desiludido, eu sou um autêntico zé ninguém. Tu é que estás a inventar coisas na tua cabeça, mas pronto, manda lá que eu tiro-te as dúvidas todas.
Só uma perguntinha malandra para te chatear:
a partir de que número de comentários meus é que tu consideras um abuso que eu comente tanto? É que tu não explicaste isso, não disseste se são 2, 3, ou quantos. Eu não fiz muitos comentários para estar a ser abusador, fiz os que achei necessários, os suficientes, nem tenho prazer em escrever palha.
Estás a ver como se não fores concreto e científico podes estar a ofender alguém? Estás a dizer que eu estou a abusar e eu nem sabia disso! O que eu pensava era que não havia limite de comentários! Aliás, nem é uma regra que esteja escrita ali em cima numa das 3 que aparecem.
Eu sei que os meus comentários foram um bocado pesados mas fiz isso mesmo para ver se percebes o que estás a fazer, não foi por maldade pura, eu até sou um gajo fixe (acho eu!).
luis
Caro Anónimo (7 Agosto; 16:46).
Obrigado pelo seu comentário que levanta questões bem pertinentes e actuais. Em devido tempo, darei reposta ao seu comentário com a atenção que merece.
Caro Rui, encontrei esta informação, a propósito do post, que não sei se é completa ou parcialmente falsa, gostaria que indicasse aqui essa possibilidade, veja em:
http://sol.sapo.pt/blogs/broca/archive/2009/10/29/Ser_E100_-verdade_3F00_.aspx
Atentamente
anónimo de 7 de Agosto das 16:46
Esse Luís, além de mal-educado, piada tem nenhuma: baixo nível!
HM
Meu caro Professor JCN (comentário: 8 Agosto; 03:22):
Obrigado pelo seu comentário. A minha paciência não se esgota com facilidade. Não quero é abusar da paciência do leitor, essa a questão.
Daí este parágrafo final do meu último comentário:
"Luís, agora com aquela pouca seriedade que os teus comentários consentem, não será altura, depois de exposta a tese, elaborada a antítese, deixar que os possíveis leitores que nos tenham lido, façam a devida síntese?"
Já que a Boston University começou por ser o núcleo duro, o centro nevrálgico do Ministério da Educação, talvez fosse oportuno dar um salto ao BU, consultar o seu historial, e indagar quais as ofertas ou áreas de estudo contempladas, aqui, e aqui.
Para um conhecimento mais alargado e pormenorizado do centro dos nossos males, seria útil uma vista de olhos pelo material que a Wikipedia nos oferece sobre a BU que foi considerada, o ano passado, como uma das melhores entre as 66 melhores universidades do mundo.
Uma alegre visita guiada ao interior para suavizar a pesada leitura motivada pelo Luís Campo e Cunha que, para se doutorar em economia optou pela Columbia University de New York, que ocupa o 8.º lugar no ranking das Universidades dos EUA, no qual figura a BU no 56º lugar.
Perante este filme concluímos, de acordo com os estudos comparados sobre estratos sociais, que a Boston University é um equivalente dos frequentadores das “escolas técnicas”(56.º), e a Columbia University, dos antigos “liceus”(8).
Caro Anónimo (7 Agosto; 16:46):
Informo-o que João de Deus Pinheiro foi ministro da Educação de 15 de Fevereiro de 85 a 17 de Agosto de 87 e Roberto Carneiro de 17 de Agosto de 87 a 31 de Outubro de 1991.
Tendo sido Valter Lemos um dos contemplados com o mestrado de Boston que o habilitou a ser nomeado professor adjunto da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, de 1985 a 1990, , o seu mestrado foi obtido no tempo de João de Deus Pinheiro.
Quanto a Isabel Alçada, o blogue “Café Odisseia” (19/11/2009), para além do "Insurgente", publica um post intitulado “O Mestrado de 2 meses de Isabel Alçada” com a fotocópia da página oficial do Ministério da Educação que a identifica como detentora desse mestrado.
A fazer fé no blog Psitacídeo houve uma grande vaga de bodo aos pobres, “cerca de 200” para se boston-mestrarem, e, como apóstolos das novas pedagógicas espalharam pelo país os cursos de verão de dois meses. Até parece o processo de Bolonha.
Segundo o referido blog Roberto Carneiro teria acabado com os referidos cursos nacionais, arremedos dos cursos bostonianos, mas as fontes não são referidas.
Isto para dizer que o país está cheio de caruncho, o que se explica por a fé católica bostoniana já ter muitos prosélitos, e vem ainda explicar a derrocada do ensino, os chumbos, as faltas, as violências, a falta de disciplina, enfim, a fuga dos bons professores ultrapassados pelos mestres bostonianos.
Obrigado Rui
Então a ser verdade, sempre se confirmam as aldrabices! e é gente desta que depois vai para os cargos de chefia já viu? Esta gente pouco séria está espalhada por todos os cargos de decisão do país, e assim já não precisamos questionar o porquê de as coisas não serem feitas com pés e cabeça! É normal! Quem manda não percebe nada do que anda a fazer! depois saí porcaria!
Ó joão boaventura, imagino que estás a gozar quando dizes que a UB é um equivalente dos frequentadores das “escolas técnicas”(56.º), e a Columbia University, dos antigos “liceus”(8).
Um 56º é um lugar muito alto no ranking mundial, quer dizer que é uma boa universidade. Até porque diz na wiki que eles tiveram lá 6 prémios Nobel e outros ganhadores de prémios famosos como o 22 Pulitzers. É muito bom.
Só para se ter uma ideia, a universidade portuguesa que está na posição mais alta desse ranking é a de Coimbra (366º), a Nova de Lisboa (entre 401º e 500º), a do Porto e a Católica (entre 501º e 600º).
Claro que isto de a UB ser uma muito boa universidade não garante que o Campos e Cunha, e o outro, não tenham alguma razão e que essa universidade não tivesse tido um programa péssimo nas ciências da educação. Mas para tirar isso a limpo teria que se ir investigar o assunto a fundo.
O que me parece, é que dada a grande reputação dessa universidade, isso seja uma uma tese muito duvidosa.
Gostava que o Rui fizesse isso e nos mostrasse que a UB foi mesmo má durante um certo tempo e nessa área da educação. É que não parece ter sido nada disso que se passou, pelo menos pela sua actual reputação.
Gostei bastante do comentário da maria, acho que está muito bom. Nota-se que sabe do assunto.
luis
A (estatística) do artigo deveria ser atualizada.
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