quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ensino a distância para a itinerância

Em texto anterior, referimos a extinção da Escola Móvel. As razões do Ministério da Educação, escreveu-se em vários jornais, eram sobretudo de natureza económica. Sucederam-se manifestações de desagradado contra tal medida, sobretudo por parte daqueles que beneficiavam da dita "escola pública" e de vários partidos políticos.

Em meados deste mês de Agosto, foi afixada no Portal da Educação a informação de que a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular tem (ou já tinha à altura) uma alternativa, designada por Ensino a distância para a itinerância.

Neste novo projecto (apresenta-se, de facto, como um projecto), os antigos e novos alunos terão de ligar-se a escolas de referência onde poderão (ou deverão?) frequentar aulas (são assinaladas as aulas de Educação Física e de Educação Musical) e fazer os exames, sendo que nesses "momentos presenciais" desenvolverão "a sua socialização e integração". Salienta-se também a possibilidade de "acompanhamento dos seus percursos de aprendizagem".

1 comentário:

Fartinho da Silva disse...

O eduquês como fé pós-moderna consegue misturar tudo e justificar qualquer decisão por mais absurda que pareça aos não praticantes.

Neste caso para justificar uma medida de redução da despesa orçamental óbvia, invocam-se conceitos como a tecnologia, a socialização, a integração, os percursos de aprendizagem, os exames e como tal qualquer pessoa que defenda o contrário é visto como contra a socialização, a integração, a tecnologia, os exames, a aprendizagem e o progresso...!

Expliquem-me, por favor, que diferenças se encontram entre esta fé e a ideologia autoritária praticada por comunistas ou nacional-socialistas. É que eu tenho imensa dificuldade...

"Crise da transmissão e febre da inovação"

Vale a pena ler o artigo de que reproduz a identificação ao lado.   O seu autor, o francês François-Xavier Bellamy, professor de Filosofia ...