quarta-feira, 18 de agosto de 2010

"Why does the sun shine?"

Sugestão recebida de uma leitora, que muito agradecemos.

Ao ouvir a canção astrofísica Why does the sun shine?, pelos They Might Be Giants, lembrei-me dos posts publicados no De Rerum Natura sobre a falta de cultura científica generalizada dos portugueses (e não só) e pensei que outros a poderiam apreciar.

Encontrei um vídeo bem divertido no Youtube, já muito antigo mas que talvez muitos não conheçam. Espero que gostem.

Carla Graça

Nota: Tomámos a liberdade de alterar ligeiramente o texto, passando-o de um registo de mensagem para um registo de post.

2 comentários:

Ana disse...

A maioria acha que o dinheiro gasto na Ciencia é dinheiro mal gasto. A maioria acha que já sabe tudo o que há para saber e prefere comprar uma pulseira quântica e dizer a um bioquímico com 25 anos de estudos especializados na área que este tem uma opinião muito errada da pulseira, pois "eu adoro". Muitos pensam que têm as soluções para os males do mundo e que a Ciência é uma corja de inúteis sem soluções (uma solução: extrair petróleo de peixes para combater o desaparecimento das reservas de petróleo...não fosse a arrogância com que foi proferido, e até que primaria pela imaginação...). Muitos acham que é impossível o DNA ser a molécula da vida de todos os seres vivos do planeta (RNAzices à parte, eheheh). Muitos não sabem que uma bactéria é uma simples célula. Outros acham, na sua ignorancia arrogante, que sabem mais que todos os cientistas do mundo.

Culpa de quem? um pouco da classe cientifica, também, que só mais recentemente se dedica a divulgar ciência em termos acessíveis ao publico leigo. Ou que não compreende a extensão da ignorancia cientifica e argumenta com jargão e termos inacessíveis à maioria. Falta de uma verdadeira profissão de comunicador de ciência. Falta de jornalistas de ciência credíveis.

E claro, falta de interesse pelo conhecimento (para que é que isto serve?, é a questão que mais me é colocada...)

Tento combater o analfabetismo cientifico junto da população mais carenciada, sem oportunidades, e sem estudos. Mas os meus esforços são sabotados por uma mistura de desinteresse, facilitismo, do constante denegrir da vertente de formação profissional, da crise (que acabou de fechar todos os cursos de formação para adultos até final do ano, lançando no desemprego adultos válidos que apenas queriam uma oportunidade de evoluir e formadores muito competentes), da falta de comunicação em ciencia generalizada, dos vendedores de banha de cobra... enfim. É uma luta dantesca, e muitas vezes sinto que luto sozinha...

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Quantas vezes, expressamo-nos de maneira belamente apropriada sob pretexto ciêntífico, eis que a pedagogia do construtivismo, insere e demarca-a por modernidade. Salva pesquisa e estudo, concentração requer compromisso a gôsto. Pois significa que independe da área específica, segundo a tônica questão; e, para além de espaço, qualidade!

Ora, uma canção transmite-nos a diferente maneira de compreender e retratar a diversidade do aprendizado e do ensinamento.

A criatividade o denominador saudável por natureza.

"Crise da transmissão e febre da inovação"

Vale a pena ler o artigo de que se reproduz a identificação ao lado.   O seu autor, o francês François-Xavier Bellamy, professor de Filosof...