quarta-feira, 2 de setembro de 2009

UM PASSEIO A BOLONHA




Bolonha não tem o número de turistas de Florença, mas os turistas têm na capital da Emília Romana muito que ver. A Basílica de São Petrónio, a quinta igreja do mundo em tamanho, mostra uma fachada do século XIV inacabada, mas o interior é do melhor gótico italiano. Uma curiosidade científica é um relógio de Sol na forma de uma linha meridiana no chão, cujo cálculo foi feito no século XVII por Giovanni Cassini, astrónomo na velha Universidade.

Da Catedral pode-se ir a qualquer lado pelas arcadas. Bolonha é a cidade das arcadas, com mais de 35 km de passeio coberto dessa forma. E é também a cidade das torres, como as duas torres inclinadas da figura, do século XII, a Asinelli e a Garisenda, que pedem meças a Pisa, mais pequena, e que só não são gémeas porque uma mede o dobro da outra. De qualquer modo, Bolonha, graças ao número de torres e não só, já foi chamada a Nova Iorque medieval.

A Universidade, a alma mater studiorum, que remontará a pelo menos 1088, ufana-se de ser a mais antiga do mundo ocidental (há universidades árabes mais antigas). Não admira por isso que a declaração de Bolonha das universidades europeias tenha o nome que tem. Impressiona, tanto ou mais que a antiguidade, a lista dos nomes das pessoas que passaram como alunos ou professores pela Universidade bolonhense: Dante Alighieri, Francesco Petrarca, Nicolò Copernico (estudou lá Teologia), Paracelso, Marcello Malpighi, Giovanni Pico della Mirandola, Albrecht Dürer, Torquato Tasso, Carlo Goldoni, Luigi Galvani, e, já nos nossos dias, Pier Paolo Pasolini e Umberto Eco. Porém, um dos filhos mais famosos de Bolonha, Guglielmo Marconi, não estudou lá...

Sem comentários:

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...