sábado, 25 de julho de 2009

UMA FUTURA MADAME CURIE?

Do sítio do Consejo Consultivo de Ciencias do México transcrevemos esta mini-entrevista com a vencedora das últimas Olimpíadas da Física, a chinesa Handuo Shi. Pela primeira vez na história da competição, esta foi ganha por uma rapariga (na imagem ao lado do Nobel da Física norte-americano Joseph Taylor, que se distinguiu pelos seus trabalhos sobre estrelas de neutrões):

"La ganadora absoluta de esta Olimpiada Internacional de Física fue la joven china Handuo Shi, quien recibió un premio especial por ser la mujer con mejor desempeño y la estudiante que logró el mejor puntaje en el examen experimental. Obtuvo también reconocimiento como ganadora absoluta, con el puntaje más alto de la competencia.

Handuo Shi subió al escenario tres veces a recibir medalla, trofeo, y diploma, y al final, una emotiva ovación de pie, con el reconocimiento de todos los jóvenes competidores. Apenas sonreía, aunque la emoción era evidente.

Handuo Shi fue entonces buscada por Joseph H. Taylor, Premio Nobel de Física 1993 e invitado especial del evento. Con un abrazo, la felicitó y deseó el mejor de los futuros en su incipiente carrera científica.

- ¿Es una futura Nobel de física?

Taylor la volteó a ver, con una amplia sonrisa.

- Ojalá. Yo hubiera querido tener toda esa brillantez y claridad. El Nobel puede ser, pero seguramente será una extraordinaria científica. Estoy impresionado y feliz. Felicidades...

Handuo Shi entonces abrió la sonrisa, agradeció a Taylor su gesto, y le pidió, con compañerismo y sencillez, que se tomara la foto con el resto del equipo chino, que había obtenido el primer lugar general. Taylor accedió, y los jóvenes estudiantes chinos, sus profesores y acompañantes, posaron con el Premio Nobel.

Handuo Shi proviene, según ella describe, de una familia “sencilla":

- Nadie se dedica a la ciencia en mi casa. Yo terminaré mis estudios en la Universidad de Beijing, donde ya tengo una beca. Luego, no lo sé.

- ¿Siempre te ha gustado la física?

- No, Me gusta más la biología. La física es hermosa, y es parte de estudiar a la naturaleza. Me emociona más la biología. Por lo pronto, entraré a estudiar ciencias en Beijing, y en tres años tomaré la decisión.

- ¿Has sido siempre alumna destacada?

- Me gusta mucho leer, y aprender. Es mi diversión favorita. Pero no estudio para ganar premios y calificaciones. Me divierte mucho aprender. Eso me hace feliz.

- ¿Te gustaría hacer un posgrado en Europa, en Estados Unidos?

- Beijing es mejor, por ahora. Ahí hay todo lo que necesito para decidir a qué me voy a dedicar. Mientras sea divertido, lo haré.

Esta jovencita es, a decir de los organizadores, una verdadera fuera de serie. Ganó con relativa facilidad el exámen experimental, pero lo que más los impresionó fue el puntaje global."

10 comentários:

Anónimo disse...

Como já escrevi neste blog, igualdade completa é condição necessária para termos paz no planeta.

Até quando a falta de paridade nestas competições? Como é possível justificar que muito menos de metade dos participantes sejam mulheres?

Com tão poucas mulheres a participar não admira que tão poucas possam ter a melhor classificação.

Acho que vou fazer uma petição online e aplicar a democracia participativa de modo a proibir a participação de Portugal nestes eventos discriminatórios até que metade da equipa seja constituida por mulheres.

Madalena Madeira

Anónimo disse...

Aqui está um exemplo de tolice completa. Na realidade penso que o autor está somente a gozar.
Por que é que quando se vê uma motorizada com um rapaz e uma rapariga, em 99,9% (por acaso penso que é em mais) dos casos é o rapaz que conduz? Deviam ser multados (eles, claro) por tomarem a liderança?
Antónia Pinto

Anónimo disse...

Sobre as Olimpíadas Internacionais de Matemátiva, a Radio Bremen, que fez a cobertura noticiosa do acontecimento, escreveu (tradução da minha responsabilidade):

"Raparigas subrepresentadas nas Olimpíadas

No momento actual as raparigas e a matemática parecem não se ajustarem muito bem. Na 50.ª Olimpíada Internacional de Matemática, em Bremen, apenas alguns dos cerca de 600 olímpicos são do sexo feminino. "Mas desta vez houve um ligeiro aumento, a proporção de raparigas é de cerca de onze por cento", disse o presidente do júri da IMO, o professor de matemática Hans-Dietrich Gronau de Rostocker. "Mesmo na universidade, temos o mesmo fenómeno. "Quando se trata de promover matemáticos diplomados, a percentagem de mulheres é significativamente menor."

Texto original em
http://www.radiobremen.de/wissen/nachrichten/wissenmathematikolympiadebremen100.html

» Mädchen bei Olympiade unterrepräsentiert

Mädchen und Mathematik scheinen auch in der heutigen Zeit nicht gut zusammenzupassen. Bei der 50. Internationalen Mathematik-Olympiade in Bremen sind nur wenige der rund 600 Olympioniken weiblich. "Doch diesmal haben wir eine leichte Steigerung, der Anteil der Mädchen wird bei etwa elf Prozent liegen", sagte der Vorsitzende der IMO-Jury, der Rostocker Mathematik-Professor Hans-Dietrich Gronau. "Auch an der Universität haben wir das gleiche Phänomen." Wenn es darum gehe, Diplom-Mathematiker zur Promotion zu führen, sei der Anteil der Frauen immer deutlich geringer". «

A terceira classificada das IMO2009 foi a alemã Lisa Sauermann, com apenas 1 ponto a menos dos 42 possíveis, a seguir ao japonês Makoto Soejima e ao chinês Dongyi Wei.

Américo Tavares

Anónimo disse...

Homens e mulheres são diferentes.Quem quer extinguir a diferença está votado ao fracasso. Pelo menos no curto prazo em termos de idade da terra. Dentro de um milhão de anos, ninguém sabe o que serão homens e mulheres.

Anónimo disse...

De facto há dimorfismo sexual. Há diferenças que não são só culturais, são também hormonais, etc. Como noutros animais. Experimentem fazer touradas com touros e com vacas. Verão a diferença. Ou futebol com meninas. Verão a diferença.
Deve haver paridade para ditadores? Experimentem ditadores masculinos e femininos...
Há pessoas (Madalena Madeira!)para quem o poiticamente correcto se sobrepõe aos dados científicos. Estão erradas.

Sérgio O. Marques disse...

Está muito pertinente a alegoria: "experimentem fazer touradas com touros e com vacas". Numa feira agrícola, usavam as vacas para recolher os touros. Dizia o moderador: "Vamos recolher o touro, afastem-se das beiras. Muito cuidado com as vacas."
Pelo que vejo na televisão, são as leoas que vão caçar e os leões deitam-se de papo para o ar a apanhar sol. Se há diferenças naturais entre géneros nas outras espécies, o que faz a nossa ser tão especial (à luz da ciência que, ao que parece, explica tudo)?

Mesmo em tempos adversos, houveram mulheres que se notabilizaram na ciência. Ver por exemplo

http://books.google.com/books?id=81kQ9VtTal4C&dq=women+in+mathematics&printsec=frontcover&source=bl&ots=znxFlECDVa&sig=E1wIInt2X-723a6oZXAYyQovW6M&hl=en&ei=PCVsSsC6OZ-AnQPWvpHSCQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=5

Hoje em dia, nenhuma área está impedida a qualquer um dos sexos. É tudo uma questão de escolha.

Anónimo disse...

Não é "houveram mulheres" é "houve mulheres". O verbo haver (que é esquisito) anda a ser cada vez mais maltratado.
Todas as áreas devem ser abertas às mulheres. Concordo. Só que não devem ser empurradas pelas quotas. Nas Olímpiadas de Matemática nem podem...porque a selecção é por mérito. Só quem ultrapassar uma certa fasquia é que vai, seja homem seja mulher. E os homens continuam a ser diferentes das mulheres. Um problema deles com o trato das criancinhas é não terem mamas. A Madalena que lhes aplique a lei da paridade! Mesmo assim os homens ficam sem mamas.
Anónimo das 10:02

Mariana disse...

e já agora, quotas para os trabalhadores das obras.

Henrique Cabral disse...

Cara Madalena Madeira,

Claramente, não sabe do que fala. Em primeiro lugar, a selecção para qualquer uma das Olimpíadas da Ciência, em particular para as de Física, é feita através de provas de mérito. A sua proposta é, para qualquer pessoa que se tenha sujeitado a estas provas, indescritivelmente ridícula: pretende apenas minar os critérios científicos objectivos que presidem à sua correcção com um feminismo cego, alegando uma falaciosa necessidade de paridade. Não pode sequer alegar falta de transparência da parte dos correctores: as provas e as pontuações estão lá para quem as quiser ver.

Em segundo lugar, quantas raparigas pensa que se propõem à primeira fase das OPF? Posso-lhe garantir que não são na razão de três raparigas para dois rapazes, como era constituída a delegação portuguesa nas IPhO 2008. Ou compare a razão de raparigas presentes na pré-selecção deste ano (3/17) com a razão de raparigas presente na delegação (1/5). Parece-lhe existir alguma discrepância?

A sua posição é a posição de alguém completamente afastada do assunto, que leu uma ou duas linhas sobre ele e se acha automaticamente habilitada a discorrer sobre as supostas desigualdades destes "eventos discriminatórios", a levantar-se como a voz das mulheres oprimidas e amordaçadas pelo patriarcado vigente. É uma posição extremista insustentável e ignorante, uma torre de marfim relativista do alto da qual a realidade se apresenta distorcida. Já experimentou perguntar às participantes o que elas acham do assunto? Eu já, e a posição delas é diametralmente oposta à sua.

Finalmente, boa sorte a conseguir que metade dos cinco elementos sejam raparigas...


Henrique Cabral
IPhO 2009 - Medalha de bronze

madalena madeira disse...

Rerum natura,
EU NÃO ESCREVI ISTO NEM , COMO É EVIDENTE , ENVIEI ESTE COMENTÁRIO. QUE FIQUE BEM CLARO...
ASS: Madalena Madeira

"Como já escrevi neste blog, igualdade completa é condição necessária para termos paz no planeta.

Até quando a falta de paridade nestas competições? Como é possível justificar que muito menos de metade dos participantes sejam mulheres?

Com tão poucas mulheres a participar não admira que tão poucas possam ter a melhor classificação.

Acho que vou fazer uma petição online e aplicar a democracia participativa de modo a proibir a participação de Portugal nestes eventos discriminatórios até que metade da equipa seja constituida por mulheres.

Madalena Madeira"

"A escola pública está em apuros"

Por Isaltina Martins e Maria Helena Damião   Cristiana Gaspar, Professora de História no sistema de ensino público e doutoranda em educação,...