domingo, 18 de março de 2007

Petição para salvar a Filosofia

A Sociedade Portuguesa de Filosofia, a Associação de Professores de Filosofia e os departamentos de Filosofia das universidades portuguesas promovem uma petição pública, dirigida à ministra da educação, a favor da reintrodução do exame nacional de Filosofia do 11.º ano.

9 comentários:

Palmira F. da Silva disse...

Não consigo descarregar o ficheiro:

"The requested URL was not found on this server."

Desidério Murcho disse...

Hum, fui lá agora mesmo!

Petição:
http://www.spfil.pt/docs/peticao_filosofia.pdf

Página:
http://www.spfil.pt/peticao.html

Palmira F. da Silva disse...

Er... devia ter insistido mais. Agora já estã bem. Já tenho a petição, amanhã vou ver se a distribuo.

Já agora era uma excelente ideia a seguir pela SPQ e pelos deparatmentos de Química em relação ao exame de Química do 12º ano...

Desidério Murcho disse...

O que aconteceu a esse exame? Também desapareceu por via do ódio do Valter Lemos aos exames?

Paulo disse...

A SPQ e os diversos Departamentos de Química podem fazer petições para a existência de exame, mas, neste momento, seria mais importante assumirem que a disciplina de Química é importante para determinados cursos superiores. Neste momento não é. Não é exigida, assim como todas as outras disciplinas opcionais do 12º ano, para qualquer curso superior.
A disciplina de Química irá desaparecer do secundário. Na minha escola, onde geralmente havia 4 turmas de química no 12º ano, este ano innscreveu-se 1 (um)aluno, que pode frequentar a disciplina por se terem formado turmas com os alunos repetentes do anterior currículo, em que a disciplina era obrigatória. Para o ano não haverá turma, provavelmente. Há escolas que este ano já não formaram turmas. Outras, das 10 turmas que normalmente tinham, passaram a ter alunos apenas para uma. Para o ano será pior. Na disciplina de Física a situação é semelhante. Na Biologia, embora haja mais alunos inscritos, tudo aponta, ouvindo os candidadatos à fequência do 2º ano no próximo ano lectivo, para que esse valor caia.
Perante a necessidade de apenas "encher curriculo" os alunos optam por aquelas disiplinas que dizem ser mais fáceis, Psicologia ou Geologia. Ou o ensino superior considera relevante aquilo que se pode aprender numa disciplina anual de 12º ano, exigindo a sua frequência como condição de acesso, ou os alunos escolherão aquelas disciplinas em que a estatística mostra resultados mais altos.
Os alunos que começarão a entrar este ano no Ensino Superior, em áreas em que a Química é a ciência básica e fundamental, não terão frequentado essa disciplina do 12º ano.
Por isso, vai-se pedir um exame para quem? Não há alunos. Essa é a realidade.

Desidério Murcho disse...

Caro Paulo: Não me parece que os estudantes escolham as disciplinas do 12.º ano cujas estatísticas mostram resultados mais elevados nos exames. Se os estudantes pensam que o fazem, estão enganados. A média nacional dos exames de Filosofia do 12.º ano é das mais elevadas de todas as disciplinas desse ano -- mas quase não há turmas de Filosofia do 12.º ano. Seria interessante saber com que critérios os estudantes escolhem as disciplinas que escolhem, mas não é com certeza com base nos resultados dos exames nacionais. Pode ser é com base no que eles pensam erradamente que são os resultados dos exames nacionais.

Paulo disse...

Caro Desidério Murcho:
O meu comentário restringia-se à designada genéricamente "área de ciências", onde foi evidente, e ainda será mais no próximo ano, a ida dos alunos para as duas disciplinas que eu referi.
Não são os ex-exames nacionais que definem a escolha, mas o indíce de sucesso das diferentes disciplinas na frequência. Nas duas disciplinas em causa os índices de reprovação são baixos, comparativamente com a física a química e mesmo a biologia.
Além deste critério selectivo existe alguma pressão por parte de alguns professores no acto da matrícula: " escolhe esta que é masi fácil" " se escolheres aquela nunca mais acabas", apresentando ao alumno indeciso os resultados da frequência. Aquilo que deveria ser importante para a formação científica do aluno, os conhecimentos que lhe permitiriam encarar com uma melhor preparação o ensino superior, deixam de ter qualquer relevância.

Desidério Murcho disse...

Exactamente: há algo de errado no sistema que permite aos estudantes escolher não o que é importante para a sua formação futura, mas o que é percepcionado como "mais fácil".

Mas no caso da filosofia há algo de bizarro, precisamente porque é um exame que dá para inúmeros cursos e tem uma média nacional muito alta -- e mesmo assim os estudantes fogem da disciplina a sete pés. Nós em filosofia não sabemos porquê. O programa do 12.º de filosofia é um desastre, mas não pode ser por isso porque quando os alunos escolhem não sabem bem o que será estudado no ano seguinte. Será porque acharam a disciplina uma parvoíce, no 11.º ano? Talvez. A ausência de exames faz muitos professores declararem que se limitam a fazer conversas de café nas aulas, o que eu acho inacreditável, em vez de darem o programa. A verdade é que gostaríamos de saber exactamente o que acontece e não sabemos. Em qualquer caso, a filosofia no 12.º neste momento é como se não existisse. Em cada distrito, temos uma ou duas escolas com uma turma, no máximo.

Anónimo disse...

My life's been pretty unremarkable these days. Basically nothing seems worth doing. My mind is like a fog. I can't be bothered with anything.

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