sexta-feira, 30 de setembro de 2022

FALAR DE RÉGIO

Falo hoje, no Grémio Literário,
do escritor que não ia por ali:
dos seus livros, do seu itinerário,
dos mundos que nele procurei e vi.

Era um ser só, mas cheio de gente,
Inteligente e muito inquisitivo.
Focava uma luz não complacente,
em abismos de que era cativo.

Não oferecia aos homens certezas,
antes era amigo de perguntar.
Havia nas perguntas agudezas

capazes de nos desassossegar.
A sua pátria era a inquietação,
a sensibilidade, o seu brasão.

Eugénio Lisboa
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Soneto que li hoje no Grémio Literário, em fecho de conversa, no último dia de uma exposição que ali celebra os 25 anos do Centro de Estudos Regianos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não vou por aqui,
Não vou por ali,
Nem por acolá,
Nem para além.

Porque tudo não é, nem há!
Também.




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