escreve, diz ele, só com as mãos:
a cabeça, bons deuses, não interessa,
as mãos e os pés são bons artesãos.
“Escrever” sem complemento directo
é sempre a marca de um grande génio:
para estes, o acto predilecto
é tirar ao cérebro o oxigénio
porque, dele, nada que preste vem.
A si mesmo, escreve-se bem o texto
e as mãos sabem fazê-lo também.
Mas o cérebro é só um pretexto
e a linguagem vive só de si própria,
porque “querer dizer” é coisa imprópria.
porque “querer dizer” é coisa imprópria.
Eugénio Lisboa
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