quinta-feira, 15 de setembro de 2022

AS DERROTAS NÃO SÃO O QUE PARECEM

Depois de ter lutado e conseguido,
perceber nada ter aproveitado
é, aparentemente, ser vencido,
neste mundo assim congeminado.

Aconteceu a tantos! Aos melhores,
aos que, podendo trincar, não o fazem,
por razão de estéticas e pudores,
que, de modo bizarro, satisfazem.

Vencer é, muitas vezes, só perder,
porque há modo de se ganhar, perdendo,
processo enviesado de vencer!

Scott do Antártico perdeu, vencendo,
quando deu a Amundsen a vitória,
podendo assim ficar com a glória.
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Ironias do destino: a trágica derrota de Scott, na conquista do polo sul, tem sido mais glosada, celebrada, filmada do que a eficaz vitória de Amundsen. A tragédia, dramaticamente ornamentada por actos de heroísmo inútil, emite uma luz póstuma muito mais poderosa do que a vitória tecnicamente eficaz do nórdico. Os que perdem, às vezes, ganham… 

Eugénio Lisboa

2 comentários:

André disse...

sao culturas diferentes, com conhecimentos/experiencias diferentes. Um vem duma cultura de construcao de casas de palhas e entao construiu uma casa de palha numa regiao que sabia ou pensava (pelos dados que recolheu do passado) ter tudo para ficar de pé. O outro grupo vem duma cultura de casas de madeira, e apesar de te-la construido num lugar nunca antes tentado, tinha melhor potencial para ficar de pe.
Voce da mais valor a equipa que defende os 89 minutos e marca o golo da vitoria aos 90? ou da mais valor a equipa que perde, mas que se cansou mais, demonstrou mais actividade futebolistica e demonstrou mais aspiraçao apesar dos obstaculos?
voce dá mais valor ao tipo que sobe um penhasco com cordas ou sem nenhum apoio, mesmo que ele nao chegue ao topo e caia pelo caminho?
Cada um da o valor as coisas que quer. Mas com certeza eu dou mais valor a quem tem engenho para passar o deserto a pe do que de camelo ou de carro.

André disse...

o importante nao é a chegar. é o caminho que se faz.

O BRASIL JUNTA-SE AOS PAÍSES QUE PROÍBEM OU RESTRINGEM OS TELEMÓVEIS NA SALA DE AULA E NA ESCOLA

A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...