sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Os alunos devem contribuir para a definição do currículo, diz o Ministro

Por Cátia Delgado

Numa iniciativa da ONU – Transforming Education Summit – a decorrer nos dias 16, 17 e 19 de setembro, em Nova Iorque, na busca de recomendações coletivas da juventude sobre a transformação da educação, o Ministro da Educação português, querendo dar o exemplo do nosso país, afirma:
“... queremos envolver os estudantes na escrita da legislação e na reforma curricular”. 
Considera que, desta forma, encontraremos resposta para a inclusão e a equidade, melhoraremos a aprendizagem e promoveremos a cidadania (os três pilares da educação atual, em Portugal). O Ministro não tem dúvidas:
“Não se pode definir o que é uma boa aprendizagem sem perguntar aos alunos: como é que aprendes? E esta foi a primeira questão que colocámos: como é que aprendes? O que te faz aprender? O que te faz querer aprender?”
Dando a oportunidade aos jovens, sobretudo aos que não querem estar na escola, de se fazerem ouvir, de participarem nos órgãos executivos e, assim, sentirem-se verdadeiramente integrados, estamos a humanizar a escola. Continua:
“Com esta premissa, acrescentámos na legislação curricular que as escolas têm que criar instâncias regulares para ouvir os estudantes sobre as opções curriculares.”
Realça, neste âmbito a iniciativa “A voz dos alunos” e a utilização de parte do orçamento participativo atribuído pelo Governo às escolas em prol de propostas dos alunos.

1 comentário:

Anónimo disse...

"Os alunos devem contribuir para a definição do currículo, diz o Ministro."
Os jovens que não querem estar na escola não deviam ser obrigados a estar na escola. As capacidades intelectuais, tal como as físicas, são diferentes de pessoa para pessoa. Os alunos com menores capacidades, sejam pobres ou ricos, têm muitas vezes comportamentos em sala de aula que impossibilitam não só o seu processo de aprendizagem, como o da maioria dos seus colegas. Para se chegar a um processo de expulsão da escola obrigatória, o jovem tem de cometer um crime grave. Isto é um processo antidemocrático - a minoria prejudica impunemente a maioria. Lá, no terreno quotidiano, as boas intenções do ministro da educação, estão a transformar as escolas secundárias numa selvajaria.
Isto é irrelevante, como dizia a outra, desde que todos os alunos saiam insuflados de sucesso da escolaridade obrigatória.

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A notícia é da Agência Lusa. Encontrei-a no jornal Expresso (ver aqui ). É, felizmente, quase igual a outras que temos registado no De Rerum...