sábado, 15 de dezembro de 2012

OS ANOS DEVASTADORES DO EDUQUÊS

Apresentação por Guilherme Valente no Rómulo- Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra do seu livro "Os Anos Devastadores do Eduquês".

8 comentários:

Anónimo disse...

Sim, temos de concluir que a Educação não é uma ciência e sim esta Escola mata a nossa humanidade, é para isso que foi concebida tal e qual descreve esta senhora, é com horror e nojo que esta realidade se nos tem imposto e tal como o acordo ortográfico, só nós poderemos contrariar esta desumanização (engenharia social):

Charlotte Iserbyt: The Secret History of Western Education & Scientific Destruction of Minds
http://www.youtube.com/watch?v=D3n_c8AfQm4

Não receiem os rótulos, conspiração e afins, porque só um cego que não quer ver é incapaz de enxergar

Anonymus disse...

Coeva com «os anos devastadores do eduquês» é esta realidade traduzida em factos, objectiva, mensurável, que retrata uma realidade bem diferente:

«Portugal foi o país da UE que nos últimos vinte anos mais progrediu nas diferentes áreas da ciência. Os números falam por si. A despesa em investigação em % do PIB em 1995 foi 0.5 e em 2010, 1.6. Em 1990, havia 8000 investigadores, em 2010, 46.256, o que correspondia a 8.3 investigadores por mil ativos (a média da UE é 6 e a da OCDE, 8), a maior taxa de crescimento da Europa. Em 1990 realizaram-se 337 doutoramentos e em 2010, 1660. Quanto à produção científica referenciada internacionalmente no Science Citation Index, em 2000 somava 2602 artigos e em 2010, 8224. As patentes submetidas à European Patent Office foram 8 em 1990 e 165 em 2009. O crescimento do número de investigadores gerou uma dinâmica no setor privado, onde a integração de investigadores foi igualmente galopante: passaram de 4.014 em 2005 para 10.841 em 2009.
O significado mais óbvio destes números é que eles mostram o caminho que Portugal estava a tomar para fugir à fatalidade de sermos um fornecedor de mão-de-obra barata. À medida que o sistema nacional de ciência se ampliava e os avanços científicos eram paulatinamente transferidos para a indústria e serviços, alterava-se a especialização internacional da nossa economia de modo a aproximá-la da que é típica dos países mais desenvolvidos. A mão-de-obra altamente qualificada manteria a vantagem comparativa do país já que, apesar de bem paga, seria mais barata que a correspondente noutros países europeus.
(continua)

Anonymus disse...

(continuação)
Este esforço deu um salto qualitativo a partir de 2000 com a criação dos laboratórios associados (LA). Os LA resultaram da conversão de alguns dos melhores centros de investigação (com classificação excelente), aos quais foram dadas melhores condições para se expandirem, contratando investigadores exclusivamente dedicados à investigação e criando estruturas administrativas que lhes permitissem colaborar com outras instituições, celebrar contratos ou concorrer a financiamentos europeus. Isto permitiria ainda acabar com a situação perversa de Portugal, um dos países menos desenvolvidos da Europa, contribuir com mais dinheiro para os fundos de ciência da UE do que aquele que os seus investigadores obtinham em projetos. Pode discutir-se se outros centros mereciam ter sido convertidos em LA (situação que pode corrigir-se a qualquer momento, e aliás conduziu, ao longo dos últimos 12 anos, ao alargamento do leque inicial), mas o que não pode pôr-se em causa é o êxito da aposta nesta inovação do sistema científico e tecnológico nacional. Foram até agora criados 26 LA. Integram 28% do total dos investigadores doutorados; entre 2007 e 2012, obtiveram 88% dos financiamentos europeus do 7.º programa-quadro (122 milhões de euros) conseguidos pela totalidade dos centros de investigação. A renovação do pessoal científico tornada possível pelos LA explica que a maioria dos seus investigadores esteja abaixo dos 45 anos de idade, enquanto nos outros centros a maioria está acima dos 50 anos.
O orçamento de 2013 deveria testemunhar a determinação de o país continuar a investir na investigação científica. Sendo objetivamente os LA a alavanca mais dinâmica desse investimento, resulta incompreensível que o próximo orçamento da FCT assuma uma atitude hostil em relação aos LA, expressa em duas medidas. Por um lado, enquanto a FCT sofre um corte ligeiro de 4,4% (aliás compensado pelo aumento dos fundos comunitários), os LA sofrem um corte médio de 30%, o que, nalguns casos, os torna insustentáveis. Por outro lado, apesar de os LA terem o seu estatuto renovado até 2020 (com avaliações intercalares), fala-se agora de uma outra “refundação” de todas as instituições científicas a partir de 2014 que pode comprometer esse estatuto. Tudo isto cria instabilidade que compromete um dos investimentos mais reprodutivos que o país realizou nos últimos vinte anos. Não esqueçamos que, dos 1200 investigadores contratados ao abrigo do Compromisso com a Ciência, 41% são estrangeiros. A fuga de cérebros já começou. A FCT está a tempo de evitar o pior, até porque não se trata de ir buscar mais dinheiro ao orçamento. Trata-se apenas de o distribuir com critérios de eficiência.»
In revista Visão.

Anónimo disse...

Ora, da taxa de analfabetismo para melhor qualquer número é uma vitória. Estavamos a melhorar mas se limitados a modelos globalistas das universidades americanas, certemanet não iremos a lado nenhum, apenas ao eduquês e a uma estupidificante super-especialização. Ouça a Charlotte Iserbyt, a sua experiência e a sua luta.

José Batista disse...

A escola, tal como está, adoeceu gravemente, se não quisermos admitir que enlouqueceu.
Quaisquer dados que demonstrem que se progrediu, e impensável seria que não houvesse aspetos em que se progrediu, não iludem o imenso logro, desperdício e frustração em matéria de preparação da generalidade dos alunos no final do seu percurso escolar. Esta impreparação afeta sobretudo os alunos provenientes dos meios e das famílias mais pobres.
A realidade impõem-se, de modo quase violento..., especialmente, mas não só, a quem convive com ela no interior das escolas.
Já alguns dados de organizações internacionais em matéria de educação em Portugal, confesso que os vejo com os mesmos olhos com constato a posição 33 de Portugal num índice de transparência e corrupção...
Dava para rir, se nos fosse possível.
E isto não é negar a importância dos números.
Não é não senhor.

Anónimo disse...

Sobre eugenismo, tretas e investigadores deterministas.

"Mae-Wan Ho,PhD
Life is Water Electric

Mae-Wan Ho, Director and founder of the Institute of Science in Society, is best known for pioneering work on the physics of organisms and sustainable systems and the liquid crystalline water of the living matrix. She is also a staunch critic of neo-Darwinian theory and the biotech industry. Much in demand as a public speaker and a prolific writer, Mae-Wan has more than 170 scientific publications, 18 books, and over 500 popular articles and essays across all disciplines. Having retired in June 2000, she continues to teach as Visiting Professor of Biophysics at University of Cantania, Italy. Now her mission includes a global initiative to reclaim science and art for the public good. Mae-Wan will emphasize that electricity from water energizes and animates life and enables each single molecule to intercommunicate with every other. It is truly the means, medium, and message of life, “the rainbow within that mirrors the one in the sky”. This is the subject of her latest book Living Rainbow H2O (2012)."

BigPicture interviews Dr. Mae Wan Ho
https://www.youtube.com/watch?v=t9JIVU5J4TY

Anonymus disse...

Pois... os números são importantes desde que não belisquem a nossas pré-convicções.
Se beliscarem, não têm credibilidade.
O problema é que, quando as mesmas instituições divulgaram números menos favoráveis, os que põem agora em causa a idoneidade dessas instituições exultaram nos blogues (e não foi assim há tanto tempo).
É a avaliação de geometria variável.
Eu chamar-lhe-ia maniqueísmo, que é uma praga que infesta e avilta a discussão pública (se é que podemos falar de discussão a esta desconversa permanente contaminada pela partidarite e pela ideologice mais primária).
Desidério Murcho deixou noutro post uma «carta» para a discussão pública muito pertinente:
«Sete exigências da discussão epistemicamente proba
1. Ouvir ou ler atentamente o interlocutor e tentar genuinamente compreender as suas ideias e razões.
2. Explicar com a máxima clareza e rigor as nossas ideias e razões.
3. Estar disposto a mudar de ideias e a ser corrigido.
4. Aceitar o direito de o interlocutor pensar de maneira diferente da nossa, ainda que não tenha razões adequadas a seu favor.
5. Informar-se adequadamente sobre o tema em discussão, estudando livros e artigos relevantes.
6. Dominar os instrumentos lógicos da discussão crítica de ideias.
7. Encarar a discussão como uma maneira de descobrir a verdade, e não como um despique para ver quem ganha.»


J. F. Guimarães disse...

A época das americanices é coisa do passado com seus modelos caducos e decadentes.
Agora é uma nova era e não fala "americanês".
Na Europa existem há muito modelos adáptaveis à realidade portuguesa, podendo porém, conceberem-se diversos modelos adaptáveis às diferentes regiões do país onde a liberdade do pensamento e da criatividade da criança seja sempre salvaguardada.
De resto o futuro desenha-se já a passos largos não no ocidente mas sim no oriente. Só a título de exemplo, em Sibirskij existe uma escola concebida de raíz e executada na íntegra por crianças. Logo nos primeiros anos encontrar crianças com um QI 200 é vulgar!
Desconheço realmente qual o QI em média nas escolas portuguesas, mas ou muito me engano ou anda assustadoramente muito longe daquela realidade na escola de Sibirskij.

O QUE É FEITO DA CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS?

Passaram mil dias - mil dias! - sobre o início de uma das maiores guerras que conferem ao presente esta tonalidade sinistra de que é impossí...