terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Este foi o ponto a que chegámos

“As palavras podem não significar nada.
Se forem usadas de tal modo que delas 
não possamos tirar conclusões precisas.”

Richard Feynman  (na foto)
In O significado de tudo. Lisboa: Gradiva

O desenvolvimento social, científico, técnico, ético, cultural... decorre (em grande medida) da linguagem, porque a linguagem explora, estrutura e expressa o conhecimento.

Em termos políticos (e económicos) chegámos a um ponto em que pessoas com responsabilidades não conseguem (ou não querem) explicar-se de maneira que pessoas comuns as entendem. É, pois, altura de surgirem as acusações, que podem ser mútuas. Eis um exemplo que se destaca nos jornais de hoje:

O ministro das Finanças garante então que os jornalistas interpretaram mal as palavras... (aqui)
Tudo o que não se deve fazer é tomar as pessoas por tolas, opina um jornalista (aqui).

Este foi o ponto a que chegámos, mas no qual, é certo que não podemos permanecer.

8 comentários:

José Batista disse...

E não vamos permanecer, caríssima Professora.
Vamos escorregando...
Em direção ao abismo.
Temo.

Carlos Ricardo Soares disse...

Vamos escorregando para o abismo ou estamos a ser empurrados? E que diferença faz para quem não sabe?
Não concordo com a afirmação de que não podemos permanecer no ponto a que chegamos.

Augusto Küttner de Magalhaes disse...

Este foi o ponto a que chegámos, mas no qual, é certo que não podemos permanecer.

Pois , mas se nada de totalmente inverso for feito, "já", vamos abismo abaixo em pouquissimos meses......

Anónimo disse...

Talvez substituir

«(...)chegámos a um ponto em que pessoas com responsabilidades não conseguem (ou não querem) explicar-se de maneira que pessoas comuns as entendem.(...)»

por

«(...)chegámos a um ponto em que pessoas com responsabilidades não querem explicar-se de maneira que pessoas as entendem.(...)»

Ildefonso Dias disse...

“As ideias de internacionalismo têm caminhado muito e têm conquistado muito terreno. Os próprios governos dos Estados promovem a criação de organismos superiores a cada um dos Estados independentes - Sociedade das Nações, Federação Europeia. São portanto internacionalistas, dum internacionalismo diferente é claro do aqui exposto, pois enquanto este se baseia na fraternidade real dos povos, aquele tem por objectivo a defesa de certos interesses que se não encontram já bem assegurados, considerando-se cada um Estado isolado, dentro das suas fronteiras.” [extracto da conferencia Universidades Populares do Professor Bento Caraça, publicada no DRN, pelo senhor Professor Rui Baptista]


Professora Helena Damião;

O espírito da União Europeia em que difere da Federação Europeia então enunciada por BJC?
Onde mora, no espírito, da União Europeia a fraternidade entre os povos?
Alguém ouviu ou conhece o «slogan» da senhora Merkel neste último congresso que a elegeu?
Não fomos nós pessoas não tolas que escolhemos este caminho?
De que nos queixamos agora?
Que outra coisa pode o Senhor Ministro fazer, senão caminhar naquilo que escolhemos e que portanto merecemos?!


Por tudo isto, digo: Que «brincalhões» na ignorância, do povo estes Jornalistas saíram.

Anónimo disse...

Vítor Gaspar faz-me lembrar um médico louco, que, para resolver os problemas de saúde do doente, mata o paciente.

Quanto a Passos Coelho e Miguel Relvas, será que esta notícia do Público não imporia uma imediata abertura de inquérito por parte do Ministério Público ? :

http://www.publico.pt/politica/noticia/documentos-ligam-accao-de-passos-relvas-e-da-tecnoforma-1576071

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Ética seria balanço agradável ao som de atabaque.Bela, conclusão.

Cláudia da Silva Tomazi disse...

Exagero.

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