segunda-feira, 8 de novembro de 2010

"To kiss or not to kiss"


No algoritmo de decisão subjacente ao Suporte Básico de Vida (conjunto de procedimentos a serem realizados - por qualquer um de nós e até à chegada de ajuda especializada do INEM, Bombeiros e outros para isso credenciados - num indivíduo adulto que sofreu um acidente) existe um passo que tem levantado alguma controvérsia entre os especialistas de reanimação e/ou ressuscitação: se a vítima se encontrar inconsciente e em paragem cardio-respiratória, qual é quantidade, sequência e período de tempo em que se deve proceder a ventilações “boca-a-boca” alternadas com compreensões manuais sobre o externo no tórax?

A controvérsia é permanente pois há quem defenda que realizar só compressões (eliminando a alternância com a ventilação “boca-a-boca”) é mais eficaz para minimizar danos cerebrais, causados pela falta prolongada de oxigénio, e logo para tornar mais eficaz a reanimação.


As compressões torácicas, para além de terem um efeito bombeador sobre o sangue existente nas cavidades cardíacas, também provocam alguma ventilação pulmonar. Este "dois em um", parece ser mais eficaz na reanimação do que a alternância entre um determinado número de compressões e outro numero determinado de ventilações boca-a-boca.

Esta perspectiva, é analisada e defendida como conclusão de uma meta-análise divulgada num artigo publicado na edição de 6 de Novembro da prestigiada revista "The Lancet".

António Piedade

1 comentário:

Anónimo disse...

Se de um beijo boca a boca
depende a vida de alguém,
haver não deve ninguém
que se recuse a essa troca!

JCN

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