Destaco do jornal "i" de ontem (número cem, muitos parabéns!) o final do artigo de Maureen Dowd, jornalista do New York Times:
"A Internet iria ser supostamente o paraíso da livre expressão, sem censura a cada passo e onde todos pudessem finalmente ter voz. No entanto, neste infinito reino da verdade, muitos querem esconder-se. Quem são essas pessoas, prontas a dizerem o que pensam sem no entanto dizerem quem são? Que mentalidade os leva a incomodar-nos, ficando escondidos por detrás de uma máscara? Os pseudónimos têm um historial nobre. Os revolucionários em França, os primeiros colonos dos EUA e os dissidentes soviéticos usaram-nos. O grande poeta Fernando Pessoa servia-se de heterónimos para escrever em diferentes estilos e até para rever as obras criadas pelos seus alter egos.
Como escreveu Hugo Black em 1960, "É evidente que o anonimato tem por vezes sido utilizado para os mais construtivos dos fins". Mas, na Internet, serve menos para se ser construtivo do que para encobrir a cobardia. "
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43 comentários:
Nunca percebi quem para avaliar o que se diz/escreve necessita de saber quem o diz ou escreve.
Isso deveria ser irrelevante mas por motivos sociais não o é. Muitas ideias perfeitamente racionais têm de ser comunicadas sob o anonimato de modo a evitar represálias por parte dos defensores da ordem social vigente que não estão interessados na discussão mas apenas na manutenção do poder.
A diferença entre cobarde e corajoso depende apenas de quem ganha o poder social e estabelece o que é bom ou mau.
Se Hitler tivesse ganho a guerra, os resistentes franceses teriam sido cobardes por nunca terem lutado com honra, frente a frente. Como os aliados ganharam são exemplos de coragem e bravura.
Exemplos como este existem muitos.
A necessidade do anonimato é maior hoje do que por exemplo há 40 anos atras.
Não existe liberdade de expressão sem sofrer represálias pelo que se diz. Pensar o contrário é na melhor das hipóteses ingénuo e na pior maquiavélico.
Essa do Hitler anda já muito espalhada por vários posts!
Mude de sujeito: utilise Napoleão ou Asterix !
Americo
Concordo com o anónimo das 13:22. As afirmações de Carlos Fiolhais devem-se a que ele não pensou cientificamente.
Se eu disser que o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos o que é que interessa? O meu nome ou a proposição? Há muitos (como C. Fiolhais) que dão muita importância ao nome (pode ser de gente de peso). Aconselho Carlos Fiolhais a ler o post de Helena Damião e a pensar uns momentos em vez de querer exprimir rapidamente (sublinho rapidamente) uma opinião. Boas opiniões demoram anos a fazer-se e a consolidarem-se.
É pá, já nem na Net nos querem? temos de nos associar.
ANÓNIMO
"Mas, na Internet, serve menos para se ser construtivo do que para encobrir a cobardia. "
Como valorar esta afirmação? Pelo que diz ou pelo nome de quem a subscreve?
Porque seria mais correcto que um anónimo passasse a usar um nome anódino?
Um símbolo, um sinal insignificante da sua voz, desconhecido dos meios políticos, jornalísticos, científicos, seria suficiente?
Uma abreviatura, qualquer uma, serviria para identificar o quê, quem? A Sra Alguma, o Sr. Alguém?
Acontece que os Zé ninguém gostam de intervir para se experimentarem neste tipo de fórum.
Tontos, trolls, simpáticos, bajuladores, pertinentes, impertinentes, todos gostam de postar comentários (e de votar, imagine-se!).
Porque desejam VExas que haja apenas comentários brilhantes, de mentes semelhantes às vossas?
Seria uma situação improvável, diria mesmo impossível.
Haja paciência para o povaréu. Há até quem lhes dê grandes abraços nas campanhas eleitorais.
Ou elimine-se, de vez, a possibilidade de intervirem.
MJ
O problema do Fiolhais é esse: que ter opinião sobre tudo e rapidamente.
Sem anonimato como é que eu podia dizer isto (apesar de ser verdade)?
E o anonimato sempre dá mais adrenalina!!
Este tema já está mais que gasto, acho que tem que se respeitar as opiniões válidas dos anónimos, como as do primeiro comentário.
Já chega da mesma conversa, vocês já têm os comentários moderados, que querem mais? Desde que as pessoas sejam educadas, que interessa se eu sou o José Silva de Faro ou o José Silva de Lisboa, não continuria a ser um anónimo na mesma?
Tem piada que no jornal i li há uns tempos um bom artigo sobre birdwatching do bloguer maradona (http://acausafoimodificada.blogs.sapo.pt) que é uma pessoa que não revela a sua identidade mas que escreve bastante bem sobre variados assuntos, e que eu aqui já antes dei como exemplo a favor da causa anónima, e que não é caso único, há mais bloguers assim!
Aliás, eu dou muito mais valor a este tipo de blogues anónimos que são reconhecidos unicamente pela sua qualidade e conteúdo, porque eu aposto que muita gente vai ler o abrupto por que é o Pacheco Pereira, ou o De Rerum porque é o Fiolhais.
Eu gostava de ver o Pacheco Pereira com um blogue anónimo e de observar quantas pessoas iriam lá ver as repetidas fotos do jardim de Santo Amaro, os poemas em "estrangeiro", ou os pontapés nos temas de ciência.
Porque é que vocês se preocupam tanto com as aparências?
Porque é que o voto é secreto, porque é que as respostas a alguns questionários só são fiáveis se obtidas sobre anonimato, porque é que algumas declarações num tribunal são obtidas sobre anonimato, porque é que a algumas pessoas são fornecidas novas identidades e postas a viver em outras partes do país (UK, pelo menos), ou porque é que os soldados da Legião Francesa recebem identidades falsas?
Não é evidente que um professor assistente do Fiolhais prefira comentar aqui como anónimo quando questiona as opiniões do seu chefe, e que o faça assinando quando lhe quer lamber as botas?
Já agora, às vezes vocês dizem que nem lêem os comentários, que não têm tempo, e não sei quê! Afinal lêem! E agora têm mesmo que ler, porque há que fazer a moderaçãozinha! Não seria muito mais snob e à maneira ter os comentários desmoderados?
Tenham paciência, eu também tenho um blogue mas não gosto de lhe fazer publicidade, é muito mau, mas se quiserem mesmo muito a minha identidade, basta pedir, eu mando o número de BI, que esse sim é que é identifica as pessoas, e não é como um mero perfil no blogger.
luis
Esta questão já mete dó: por que razão as pessoas que defendem o anonimato na internet não o praticam em outras circunstâncias sem ser a internet, como na realidade fisíca? Pura estupidez, nada mais.
Caro Rolando:
Eu pratico o anonimato sempre que posso e me convem.
Ninguém se pode fiar no que o Rolando diz, está sempre a ameaçar que não comenta mais aqui, mas nada, e além disso repete sempre as mesmas coisas:
"É por essa razão que perdi a motivação a visitar as caixas de comentários deste blog."
http://dererummundi.blogspot.com/2009/07/nem-tudo-o-que-conta.html
Pelo menos quanto às visitas a estas caixas de comentários, parece que ainda não conseguiu formar opinião, quanto aos anónimos mantém-se firme e e num tom pouco cordial!
luis
Eu coloco a questão ao contrário: por que razão haverá assinar o que escreve em blogs? Não haverá, em certos casos, um acto de cobardia por se assinar o que se escreve, pois sabe-se que o que se escreve é valorizado em função do nome do autor? Corajoso seria o Fiolhais defender o que escreve assinando como "anónimo", desprovido da segurança da "autoridade" e tendo que argumentar de forma pensada, com o mesmo cuidado e o rigor que exige aos anónimos.
O que acontece frequentemente é que os anónimos usam a identidade dos que assinam para fazer ataques pessoais. Ao anónimo que refere que usa o anonimato sempre que lhe convém: pois, tem esse direito, é uma escolha sua. Mas pense lá nas desvantagens que teria na sua vida se toda a gente proceder assim. Para além de tudo, qual é o problema é assinarmos com o nosso nome verdadeiro se o que estamos a discutir são coisas supostamente sérias, como acontece aqui no Rerum?
De resto tenho muitas dúvidas que o anónimo que aqui reclama que o usa sempre que entender, o faça assim tantas vezes quanto supõe, pelo menos na vida extra ciber espaço. E por que razão os defensores do anonimato não se organizam para o exigir também no bilhete de identidade, nas repartições de finanças, quando concorrem para situações na vida que lhes são favoráveis, etc? Para além de tudo, salvo raros casos, a esmagadora maioria dos comentadores anónimos não assinam a sua verdadeira identidade porque são cobardes. É uma verdade mais que constatada. É verdade também que há uma quantidade infíma de autores que reclamam o anonimato, alguns até já por questões de imagem, como acontece recorrentemente em algumas áreas da música. Mas tenho sérias dúvidas que os anónimos que escrevem nos comentários do Rerum usem o anonimato por questões sensatas. Em regra os comentários anónimos são infelizes, imberbes e pouco mais fazem que ataques às pessoas, o que deixa logo a imagem do que reclamam afinal a maioria das pessoas quando reclamam o anonimato. Mas há um efeito positivo das visitas dos anónimos, que é contribuirem para o share do blog.
Um anónimo (M/F)é um embuçado (ou de burka...) que, ainda por cima se recusa a dizer quem é.
Para manter a metáfora (em relação ao que sucede nos blogues), o "anónimo-típico" e alguém que se acha no direito de, se tal lhe apetecer, entrar em nossa casa e insultar-nos (bem como aos convidados...).
Se o põem no olho-da-rua, brama contra a falta de liberdade; se lhe recordam a sua cobardia, sente-se ofendido...
Caro Luís,
É bom saber que tenho um biógrafo das minhas aventuras na internet. Dá jeito.
Fico à espera do post sobre a cobardia do anonimato no sistema de "peer review".
Um "referee" anónimo só o é por uma questão de cobardia.
Afinal estamos a falar de ciência e como diria o Rolando, estamos a falar de coisas sérias e as pessoas deveriam assinar as suas opiniões.
Como escreveu o anónimo das 3:13, assinar os posts pode muitas vezes ser considerado um acto de cobardia. Os exemplos que deu mostram isso mesmo.
É verdade o que dizem. Eu sou um anónimo e tenho perfeita consciência de que sou rasca, cobarde, etc. Mas seres abjectos como eu nascem e existem e talvez seja exagerado tentar fazê-los desaparecer. Não é exagerado, a palavra própria é "ineficaz".
Caro anónimo
está a confundir tudo. Um artigo é enviado para uma revista científica anonimizado para ser avaliado. Se for publicado sai completamente assinado, com nome, instituição e referências curriculares. Não sei onde foi buscar essa comparação? E se lê o blog com outros interesses para além de defender palermices como o anonimato já devia saber isso.
O exemplo do comentador lá de cima é uma falsa analogia. O Rerum Natura está, felizmente, a léguas da 2ª guerra mundial. Se a paranóia fosse levada ao extremo teriamos de ter muito cuidado tanto na ineternet como fora dela. O que se passa é que os defensores do anonimato incorrem numa confusão elementar: pensam que ou assinam ou publicam anonimizados. mas a escolha não reside entre publicar assinado ou anonimo. Segundo as razões invocadas pelos defensores do anonimato, a escolha só pode estar entre: aparecer e não aparecer. Não querem assinar ou dizer o nome, não publiquem. Não sei, mas penso que se eu defendesse o anonimato neste tipo de blogs, estaria neste momento mais preocupado com a larga franja dos anónimos que usam o anonimato para fazer ataques pessoais ou fazer afirmações palermas (como aquele ali em cima que assina luís). São esses que deixam a defesa do anonimato cair facilmente por terra.Mas raramente, muito raro mesmo, vejo um anonimo a querer discutir o quer que seja.
Há um erro crasso. A defesa do anonimato não cai por terra. O anonimato está bem e recomenda-se nem precisa de defesa. Se acabar neste blogue, há outros e muitos. "Não querem assinar ou dizer o nome, não publiquem". Mas porquê? Eu não quero assinar e, como vê, publico. A sua recomendação não péz nem cabeça.
É interessante notar que nesta pequena "discussão" os únicos a fazer uso do insulto são, precisamente, o não-anónimos. E, até ao momento, são estes que não evoluiram na sua argumentação: desde o princípio que defendem o não-anonimato porque dizem que ser-se anónimo é um acto de cobardia e permite o insulto gratuito. Talvez os não-anónimos que aqui escreveram tenham dificuldades em trocar ideias sem cartão, sem autoridade ou juízos de valor antecipados sobre o que é escrito em função de quem o escreve. Talvez. Para mim seria interessante ver o Carlos Fiolhais ou o Medina, por exemplo, a escreverem de forma anónima, embora - reconheçamos - o que escrevem tem um cheiro característico a jantar de ontem e seria fácil destapá-los.
Caro Anónimo,
O último - ou tanto faz, são todos iguais. Mas qual é o interesse que tem em ver publicados textos de Filhais ou Medina anónimos? Quem lhe garante que já não os leu? Se forem anónimos, como sabe que são deles? E se não sabe, que razão o leva a pensar que gostaria de ver textos publicados de X e Y anónimos? A razão que o faz pensar assim é que está a pensar em nomes para as pessoas, o que contradiz a sua defesa do anonimato. Mas foi engraçado que o tenha dito.
Rolando, não percebeu nada do que escrevi, mas vou (por uma questão de cortesia) assumir que foi por falta de atenção e não por malícia ou incapacidade.
Eu escrevi "Um "referee" anónimo só o é por uma questão de cobardia."
Quando alguém publica um artigo os "reviewers" continuam anónimos. Percebeu o que queria dizer?
Pode sempre tentar aprender um bocado sobre este mundo na wikipediapor exemplo:
"Reviewers are typically anonymous and independent, to help foster unvarnished criticism, and to discourage cronyism in funding and publication decisions. However, US government guidelines governing peer review for federal regulatory agencies require that reviewer's identity be disclosed under some circumstances. Anonymity may be unilateral or reciprocal (single- or double-blinded reviewing). There is a perception that scientific evaluation may be more biased in the former case."
Na verade, não li os comentários, não tive tempo... No entanto, sem conhecer os argumentos apresentados pró ou contra o anonimato, só me sugere dizer: Qual é a diferença entre eu assinar, na internete, Teresa Martins (que é, efectivamente, o meu nome)ou não assinar nada?
O grau de anonimato é exactamente o mesmo (ou alguem por aí neste blog me conhece?)
Teresa
PS- Escolhi o modo anónimo apenas por ser mais prático o envio...
Cumprimentos
Os juízos de intenção sobre o comportamentos dos anónimos, assim como a tentativa de os catalogar como um todo uniforme e homogéneo, faz-me recordar a natureza humana mais elementar:
a estupidez e o preconceito.
Eu, tenho várias razões para "assinar" (não assinar) como anónimo. A primeira delas é a seguinte:
1. uma ideia deve valer por ela mesma e não pelo nome, cara ou focinho que a emite.
A segunda razão é a seguinte:
2. tenho como objectivo destruir todo e qualquer poder, qualquer que seja a sua forma. Qualquer que ele seja. Como tal, a razão só pode ser concedida ao que eu digo e nunca à pessoa que eu sou, porque não posso nem quero ser líder de nada nem de ninguém.
A terceira razão é a seguinte:
3. eu conheço-vos. E sei que os poderes institucionalizados não fazem nem querem fazer justiça. Querem apenas perpetuarem-se a si e aos seus amiguinhos em lugares de poder (quer na cátedra universitária, quer no palanque político).
A quarta razão é a seguinte:
4. anónimos são todos os que não têm voz. Todos os que trabalham para os líderes se sentirem bem por se acharem importantes, por acharem que estão no topo, por terem opiniões que passam em todos os média. Por nos bombardearem em todo e qualquer lado com as suas caras e as suas palavras.
Caro anónimo,
Realmente supôs mal que eu não conhecesse o processo de submissão de artigos anonimizados. Eu próprio trabalho com essa matéria como assistente editorial da revista de filosofia e ensino, Crítica. Conheço bem o processo. Os artigos são submetidos e analisados ainda no estado anónimo, mas quando aceites para publicação passam a ser públicos e com o nome do ou dos autores.Repito: são submetidos em estado anónimo e - caso não saiba - nas boas revistas da especialidade são pagos para serem submetidos. Mas só durante o processo de avaliação é que são anonimizados.
Teresa:
De facto se assinar por baixo, continua anónima e pode inventar um nome qualquer. Nisso tem razão. E é essa a diferença entre assinar em baixo, no próprio texto ou ter uma conta que a identifica. Já me aconteceu neste mesmo blog, quando não tinha uma conta criada, outras pessoas fazerem-se passar por mim. Esta é uma das vantagens de ter uma conta aberta, a de evitar este tipo de atitude por parte dos anónimos. Mas não há métodos infalíveis. Tal como na vida extra net, também na net existem métodos para nos roubar a identidade. Mas conto-lhe rapidamente um episódio curioso. No meu antigo blog tive imensos comentários anónimos, parte deles insultuosos, a maioria vá lá. Há uma forma muito simples de destapar o IP de quem escreve nas caixas de comentários. destapando o IP consegue vêr em que parte do país está o comentador a escrever. Claro que também existem contra formas para camuflar o IP. Acontece que passei a responder simpaticamente aos anónimos assim: "Caro anónimo de Sintra", "Caro anónimo de Penafiel". Sabe que afugentei a maior parte dos anónimos?
Escrever nos blogs anonimamente é um direito que as pessoas têm, como têm o direito de cuspir para o ar e tentar apanhar e engolir a própria saliva. Nós temos direitos inimagináveis para a maioria das pessoas. Quanto a isso nada a fazer. Eu só não vejo que as razões invocadas para o anonimato num blog como o Rerum Natura sejam boas razões. E creio que também tenho o direito de achar que não são boas razões. Creio igualmente que tenho o direito de manifestar as minhas razões.
E o voto? Se calhar tambem não pode ser anonimo, uma vez que só por cobardia o voto é secreto.
E nos ensaios farmacologicos, tambem querem acabar com os anonimos? Que é para cada um saber bem o que esta a tomar antes de dizer se funciona ou não.
Outra coisa anónimo,
O texto que me envia da wikipédia refere os revisores como anónimos e isso tem uma explicação muito simples para que aconteça desse modo: vamos supor que o anónimo é cientista e é um grande amigo meu ou faz uma investigação qualquer que lhe permita ganhar muito dinheiro. Se eu também puder ganhar dinheiro com a sua investigação e trabalhar como revisor de uma boa revista, posso aceitar o seu estudo, mesmo que ele contenha erros. É para despistar que existe o anonimato. Quem analisa o seu trabalho não sabe quem é o autor. Conhece o caso Sokal, Bricmont? Foi assim que se desmascarou a farsa científica que era a revista Social Text, uma revista muito bem cotada até Sokal e bRicmont terem-lhe tirado a máscara. Olhe lá uma coisa: por acaso até vivemos num país onde um processo desse género que fosse aplicado com algum rigor, nos faria muito jeitinho, para evitar as cunhas que todos, anónimos ou não, tanto contestamos. E claro que o processo de sumissão de artigos também visa não previligiar a universidade X em detrimento da universidade Y. Veja só as vantagens. Desse modo um investigador da universidade da patagónia, que raramente é citada, pode passar o teste, já que evitou o preconceito contra a sua universidade.
A comparação que fez não faz qualquer sentido. está a comparar coisas que são de universos completamente distintos. Leia lá a wikipédia e aprenda, então.
Hei, Será possivel que o Rolando Almeida tenha insultado o meu heteronimo não identificado. Nãaooooo. Pessoas identificadas não ofendem.
Que humilhação Rolando, ainda por cima não acertaste na critica.
Ja viram que os votos na eleições são anonimos? Se calhar se não fossem havia menos brancos e invalidos.
Vamos ja acabar com isso, não é Carlos?
Caro Rolando:
Não percebeu. Seria interessante pois apenas se discutiria o que se escreve e não quem escreve, dando-se lugar à explicação, à clarificação e ao debate. Esta tem sido a minha posição e parece-me clara. Se reparar, quer seja anónimo ao não, o Fiolhais nunca entra aqui em debate, mesmo quando é contradito factualmente. Quanto a saber se já o fizeram, como já disse, é fácil: é pelo cheiro. Aliás, se a metáfora da casa funciona para o blogs, como é repetido à exaustão, então o Medina é o porteiro do sorumbático.
"Os artigos são submetidos e analisados ainda no estado anónimo, mas quando aceites para publicação passam a ser públicos e com o nome do ou dos autores."
Rolando, eu referia-me ao anonimato de quem avalia os artigos não de quem os submete. Percebeu agora?
Não perceber isso ao fim de duas explicações já dá em boa fé para desconfiar de muita coisa...
Rolandinho
Primeiro tratas-me por Caro Luís e depois dizes que eu só faço ataques pessoais e só digo palermices??!!
Dizes que estás farto destas caixas de comentários e de anónimos e passas a vida aqui a discutir com anónimos?!
Não achas que não tens a mínima coerência e que estás a fazer muita fraca figura?
Eu continuo na minha, acho que este blogue poderia ser melhor e apenas tento contribuir com comentários e dicas que às vezes até dão posts, como este último:
http://dererummundi.blogspot.com/2009/08/homopatetices.html
É apenas isso. Mas se continuas nesse tom agressivo daqui a bocado estou a fazer-te um ataque pessoal e a chamar-te burro, disso não duvides, desde que o comentário passe na moderação!
luis
Caro Anónimo,
""Os artigos são submetidos e analisados ainda no estado anónimo, mas quando aceites para publicação passam a ser públicos e com o nome do ou dos autores."
Rolando, eu referia-me ao anonimato de quem avalia os artigos não de quem os submete. Percebeu agora?
Não perceber isso ao fim de duas explicações já dá em boa fé para desconfiar de muita coisa..."
Ao contrário do que ataca, já percebi à primeira e já tive o cuidado de lhe responder. Mas não é necessário ter mais que dois neurónios a funcionar para perceber que quer seja o avaliador ou o avaliado anónimo, tanto faz ao caso pois a comparação não serve. Normalmente quando sujeita um artigo anónimo a uma revista de especialidade, está perfeitamente identificado o corpo editorial. E ainda que a sua comparação fizesse sentido, fui suficientemente claro quando várias vezes referi que o anonimato não faz sentido no Rerum Natura, mas que pode fazer sentido noutras situações. Ou não leu? Ou só lê o que lhe apetece e dá gozo ler?
De todo o modo percebeu-se bem que o seu comentário inicial resulta de uma tentativa de atacar um dos autores deste blog e não tanto de lançar algum argumento bom.
Carissímo Luís,
Obrigado por continuares um leitor assíduo e atento aos meus comentários.
"De todo o modo percebeu-se bem que o seu comentário inicial resulta de uma tentativa de atacar um dos autores deste blog e não tanto de lançar algum argumento bom."
Qual autor e qual o ataque. Acho que tens problemas graves cognitivos porque:
* Começou a tentar falsificar um comentário meu criticando algo a que eu nunca me referi (peer reviewers anónimos e não autores anónimos)
* Não viu que colocou a pata na poça e insistiu
* Depois lá reparou que não tinha percebido e faz outro comentário em que lá refere os reviewers e diz que afinal até dava jeito na sociedade portuguesa
* Agora acusa-me de atacar sem lá quem, sei lá como
Isto só de alguém com graves problemas de compreensão da palavra escrita.
Fico por aqui. Adeus e até à próxima com desejos de que leiam melhor o que é escrito porque isto foi muito fraco por parte dos não anónimos.
Faço minhas as palavras do das 14:44.
Rolando,
eu poderia dar mais exemplos das minhas poucas contribuições, mas não me apetece, não gosto muito de me armar, de dar nas vistas, como é próprio de um anónimo.
Mas vou dar-te mais um exemplo, um em que até corrigi um pequeno erro do teu blogue, a Crítica:
http://blog.criticanarede.com/2009/07/voltar-lua-na-internet.html
Nunca mais li o teu blogue porque é um blogue onde os autores apagam comentários válidos e bem educados, só porque estes não são escritos com a mesma "filosofia" dos autores, que são demasiado ditadores, como tu demonstras aqui com a tua falta de respeito pelas opiniões válidas dos anónimos.
Não há maneira de te manjares, sem dúvida!
luis
Anónimo
Ficou por explicar:
1) afinal qual a diferença substancial entre editor, autor ou revisor para a comparação que fez? Ela funciona? Em que medida?
2) nem eu nem ninguém esperaria da sua parte admitir que pretendeu atacar um dos autores deste blog
3) De facto tenho uma fraquíssima capacidade de compreender o que escreve por uma razão simples: diz que sim e logo a seguir diz que não é sim que disse, que disse não, para de novo voltar a dizer sim. E desse modo é realmente impossível argumentar.
Mas para a posteridade fica o diagnóstico dramático e uma boa conclusão da sua parte: "graves problemas de compreensão da palavra escrita"... gravissimos, perigosos e cancerígenos, pegajosos e nojentos, acrescentaria eu ao seu dramatismo teatral. E isto para além dos problemas cognitivos. O anónimo descobriu uma série de patologias. Isso não é um ataquesito pessoal? Claro que vai dizer que não, que eu é que os faço, coisa e tal. E andamos aqui o tempo todo a ver quem é mais belo.
Realmente não vi que meti a para na poça e insisti, mas realmente não sou eu que faço minhas as minhas próprias palavras.
Carambas homem, você cita-se a si mesmo e acusa-me a mim de ser insistente? Afinal quem é que tem problemas cognitivos? Eu não insisti em nada, repeti porque o anónimo parece não ter percebido a explicação inicial. E pata na poça cometeu o anónimo com a falsa analogia que fez e que acha que é a verdade do assunto, ora bolas.
Finalmente, eu não represento nenhuma clique ou grupo religioso, tipo "os não anónimos".
E não há mais conversa.
Luís,
Como é que esquecemos de apagar o teu comentário no blog da CRítica? Desculpa, mas foi lapso nosso. Ainda bem que lembras.
Obrigado
Rolando,
ainda estás a tempo.
Mas eu só mandei a boca porque já tinha tido comentários apagados, embora não te possa provar isso, como é evidente, onde sei que não fazia nenhum ataque pessoal, simplesmente apeteceu-vos.
Aliás, toda a gente sabe, não sou só eu, e o próprio Desidério admitiu isso aqui, não me obrigues a ir aos arquivos, que ele apagou muitos comentários aqui no De Rerum, alguns eram meus, mas não só meus, de outras pessoas que se queixaram do mesmo. E mais uma vez te digo que nesses comentários fui educado, só que ao Desidério não lhe apeteceu ter esses comentários aqui.
Não é novidade para ninguém que vós vos achais uns seres superiores, donos da razão, e que não gostais de ouvir opiniões contrárias às vossas, e até vos dais ao trabalho de apagar o que não vos cai bem.
Claro que depois não admitis o que fazeis, trocais as coisas, e ainda vens para aqui tentar dizer que não e brincar com isso. Já te disse que não tens coerência, não já?
Vê lá se te manjas, porque eu a ti manjei-te desde o primeiro comentário, topo-vos de muito longe!
luis
Apreciado DE RERUM NATURA, quem será o anónimo que assina artigos neste blog, além dos sete colaboradores identificados?
Provavelmente é DE RERUM NATURA, alguém/alguma acima de qualquer suspeita de irreverência.
Bem haja, continuarei a lê-lo/a.
MJ
Tanta discussão para quê?
Para quem lê os comentários tanto dá assinarem como não. Ninguém os conhece...
A não ser que...
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