segunda-feira, 15 de junho de 2009
RONALDOSCOPIA
Recebemos o seguinte texto do nosso leitor Francisco Cunha Ribeiro, a propósito de um assunto actual e polémico:
Alguém se indignou com a euro-inundação que se abateu, torrencialmente, algures sobre a cidade inglesa de Manchester? Tocada pelos famosos “maus” ventos, vindos de Espanha, uma nuvem larga e espessa a abarrotar de cifrões, quedou-se em pleno céu de Inglaterra, e toca a despejar, a cântaros, uma copiosa chuva dourada. Numa linguagem mais seca e realista, parece que o presidente do Real Madrid estará na origem de tudo isto, decidindo pagar pelos galopes, fintas e pontapés do Ronaldo, milhões, naquela moeda que circula, em asas de vento, por esses “offshores” além.
Ou será que, em vez de se indignarem, se limitam a ter opiniões absurdas e “clownescas” como a do primeiro ministro inglês, cujo único incómodo foi ver o Manchester United ficar sem o “bailarino” da Madeira? Então ninguém se preocupa que, no “adro” de uma crise profunda, haja um “milagre” de multiplicação monetária tão para além do bom senso? O que tem Durão Barroso a dizer sobre isto? E Nicolas Sarcozy? E Angela Merkel? É que isto está a passar-se numa região que se acha civilizada, onde quase tudo é legis-comandado desde Bruxelas...
E não venham agora os Senhores da Europa com as desculpas esfarrapadas de sempre: Que isto são epifenómenos inelutáveis do liberalismo económico… Que patati, que patatá! Se foram capazes de lançar o cordel sobre os bancos, também podem controlar estes desmandos! Ou não? Bruxelas não teve pejo em “obrigar” o povo a “registar” poços, nascentes, e furos, sob a pesada ameaça de coimas de 25 000 euros ou mais! Quando sabe que há donos de poços, nascentes ou furos que não têm um tostãozinho furado… Mas Bruxelas, que quer zelar as águas “do povo” com lentes de ver ao perto, usa óculos escuros, quando se trata de zelar disparates como o de Florentino Perez e outros marsupiais, com a “bolsa” cheia de notas…
E o Senhor Presidente da Comissão Europeia, que os senhores da Europa querem preservar como se fosse uma rara peça de "bijutaria", não terá um único neurónio, de herança camoniana, que lhe sugira propor à Europa legislação restritiva, impondo, aos presidentes dos clubes, tectos inultrapassáveis, seja nas transferências, seja nos salários dos jogadores? E quem sou eu para ousar tal coisa, mas vou mesmo arriscar uma sugestãozinha ao europeizado Durão Barroso: Que pedisse o discurso de António Barreto, no dia de Portugal; o traduzisse; e obrigasse quem por lá tem efectivo poder a lê-lo com muita atenção. Sobretudo, na parte em que o orador se refere, com enorme visão sócio-política, ao “dever e poder do exemplo”…
Francisco Cunha Ribeiro
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16 comentários:
ó sr. ribeiro, mas alguem lhe pede contas do quanto vc gasta ou o que faz com o seu dinheiro? Outra coisa totalmente diferente é pedir-lhe contas de como o arranjou. Se é isso que quer, tudo bem.
O Sr. Francisco Cunha Ribeiro tem provas de irregularidades na obtenção dos referidos euros por parte de Florentino Pérez? Se tiver, apresente-as à justiça. Se não, está a agir de má-fé. Quero acreditar mais na primeira hipótese.
MS,
olha que se ele tivesse provas, nao vinha praqui mandar poeira pros olhos.
O Sr. Francisco Cunha Ribeiro é um verdadeiro Socialista - "O que é meu, é meu. O que é dos outros (do Florentino) é Nosso".
Para além de ser mentiroso, pois Bruxelas nada tem a ver com as coimas às captações de água, pois elas sempre estiveram na legislação, sobretudo antes de 1991, quando o parlamento europeu não cagava curvaturas de rabanetes.
A mim não me interessa muito o que pensa Francisco Cunha Ribeiro, antes naquilo que estava a pensar o autor do DRN quando decidiu publicar este texto que não tem pés nem cabeça.
E falar no discurso de António Barreto neste caso é demonstrativo de não o ter entendido. Cristiano Ronaldo trabalhou e distinguiu-se na sua área. Nesse aspecto é um exemplo. Se os outros querem pagar fortunas para o terem a trabalhar para si, é com eles. Já a inveja e mesquinhez é feiinha.
Como em tudo, há outras formas de ver o assunto.
Uma delas, é a de João Miranda, no Blasfémias, a propósito do comentário de Cavaco Silva. Cito de memória
«O que se passou, foi que uma multinacional britânica vendeu a uma congénere espanhola um produto português de alto valor acrescentado. Onde é que está o mal?».
A outra forma de ver a questão está também relacionada com a actual crise, mas ainda sob outro ângulo:
Desde que o dinheiro não fique guardado em colchões, só há vantagens (especialmente em tempos de crise) que ele circule.
É a velha história dos 100 euros do turista - que se pode ler, p. ex., [aqui].
A TODOS OS PRECEDENTES:
É admirável(ou será mesmo patético) como estes senhores não entenderam a comparação com o "registo" obrigatório dos poços e nascentes...
Eu faria até um desenho... mas fico-me por isto:
Qual terá sido o motivo de o governo ter adiado por um ano o cumprimento da coisa?
O JOÃO SOUSA ANDRÉ
QUEM É?
Alguém que se identifica. O resto não é consigo, que ninguém sabe quem é, isso é certo.
Para o anónimo das 11:48 que julgo ser o escriba Francisco Ribeiro.
O motivo do adiamento teve a penas a ver com o facto de quando as coimas de 25, 50 000 € começassem a ser enviadas, muito provavelmente ocorreria um levantamento popular, coisa que em ano de eleições convém evitar.
Aliás, o valor da licença em causa é bastante baixo.
O autor do post propõe que a UE produza legislação restritiva, isto é, legislação que tenha o efeito perverso de as pessoas encontrarem formas de a ultrapassar.
Há vinte anos atrás a polícia encontrou quadros falsos de um pintor suíço famoso, e interrogado este sobre o assunto pelos jornalistas, limitou-se a declarar o óbvio:
- Só peço que façam uma lei restritiva que castigue os falsários...
No século XX havia no Desporto a pandemia do amadorismo - que era o estado de espírito da aristocracia britânica. Quem não fosse amador não era admitido nos Jogos Olímpicos, vírus transmitido depois a cada país.
Essa lei restritiva teve o condão de ser ultrapassada por um tenista que fazia gala da vida que levava. Os jornalistas perguntaram-lhe as razões de, não tendo heranças nem emprego, dispor de tantas benesses. Respondeu-lhe:
- Jogo às cartas com o meu treinador e ganho sempre.
A mesma lei restritiva impedia que os sargentos pudessem concorrer às provas hípicas dos JO. Só eram os Oficiais (de alferes para cima) porque talvez tivessem estampado no rosto que eram amadores.
A Suécia tinha um problema porque o melhor concorrente era um sargento. Como ultrapassar este bico de obra? Muito fácil. O Governo promoveu-o a Oficial, o que lhe permitiu concorrer e ganhar uma medalha de ouro. Como a medalha tem duas faces, descobriu-se a marosca, e o sargento teve que devolver a medalha.
Conclusão: as medidas restritivas só desenvolvem os neurónios das pessoas a quem elas se destinam.
«Conclusão: as medidas restritivas só desenvolvem os neurónios das pessoas a quem elas se destinam.»
Então são boas!
AO "ESCRITOR" BONIFÁCIO respondo o seguinte:
1º. Não especule sobre identidades;Isso é trabalho pidesco e ficava-lhe mal.
2º. Vejo que é ESPERTO: a conclusão do "levantamento popular" não é idiota. SÓ QUE, não tirou as devidas ilações, ou seja: Se há levantamento popular... Alguma razão haverá... Õu não?
Ridiculo este post... Concorod com o Joao Sousa André. Como é que o DRN deixou que escrevessem tal coisa aqui no blogue! Mostra uma profunda ignorância sobre o que é que envolve uma contratação,e uma profunda ignorância de economia básica! Enfim....
Estes ANÓNIMOS que aqi passam e dizem mal do POST, que escrevam "um" que seja para poder ser apreciado...e comentado... e não apenas adjectivado...
fala o anonimo....
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