sexta-feira, 5 de junho de 2009
ESTRELAS DE PAPEL
Minha crónica no "Sol" de hoje:
“Estrelas de papel” é o título, feliz, da exposição que, no âmbito do Ano Internacional da Astronomia, está patente na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa, sobre livros de astronomia dos séculos XIV a XVIII. Vale a pena ir vê-la, tal como vale a pena visitar uma outra exposição, mais modesta, sobre o mesmo tema que está nas antigas Prisões Académicas, na cave da Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra.
O visitante ficará recompensado com a visão de edições originais dos grandes livros de génios como Nicolau Copérnico, Tycho Brahe, Johannes Kepler, Galileu Galilei e Isaac Newton. E também de autores nacionais como Pedro Nunes e José Monteiro da Rocha. Na introdução ao belo catálogo, o historiador e director da Biblioteca Nacional Jorge Couto assinala justamente que o epíteto “quimeras e superstições quase extintas” dado por Nunes, no seu De crepusculis (Lisboa, 1542), à astrologia “constitui o epitáfio da Astrologia como ramo do saber que gozara de significativa influência durante vários séculos, designadamente em Portugal, mas que fora reduzida a um papel residual de cariz não científico devido ao desenvolvimento da náutica astronómica que conduziu à emancipação da Astronomia”. Estava-se, então, na véspera da grande revolução que foi a publicação do De revolutionibus (Nuremberga, 1543) de Copérnico, obra que Nunes conheceu e comentou nalguns pontos. É no referido livro do matemático português que surge o nónio, utilizado por Brahe e mencionado por Kepler. A obra de Kepler Astronomia Nova (Praga, 1609), que faz agora exactamente 400 anos, pode ser vista nas duas exposições. E, na de Lisboa, podem ver-se as Tabulae Rudolphinae (Ulm, 1627), contendo o famoso frontispício em que surge o nónio.
Como se vê, já havia, há 400 anos, circulação de ideias e de objectos na Europa. Foi aqui que se fez a Revolução Científica, exportada depois para outros continentes (para a América, a África e a Ásia, com a ajuda do engenho luso). Se a ciência é hoje património mundial tal se deve, em enorme medida, à Europa.
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3 comentários:
UMA REVOLUÇÃO COPERNICIANA DE SENTIDO CONTRÁRIO?
O princípio cosmológico, ou coperniciano, afirma que vivemos num Universo sem centro nem fronteira.
O mesmo tem sido sistematicamente utilizado para refutar a veracidade da Bíblia, à semelhança do que tem sucedido com outros argumentos falhados, como os dos “órgãos vestigiais”, “junk-DNA”, Lucy, Neandertais, “penas de dinossauros”, etc.
Como estes argumentos falharam, o princípio coperniciano também falhou.
As observações mais recentes desmentem essa visão do cosmos, levando alguns autores a advogar a adopção de uma cosmologia pós-coperniciana, que sublinhe a estruturação do Universo e a singularidade da Terra.
Nesse sentido tem apontado, por exemplo, a quantização das galáxias, que se estruturam em círculos concêntricos equidistantes.
Para muitos, tal mudança de paradigma é tabu, na medida em que toda uma visão naturalista do mundo cairia por terra.
No entanto, as evidências científicas podem torná-la inevitável.
Por exemplo, um artigo recente, na revista “Science”, revela que alguns cientistas começam a pensar seriamente que o princípio coperniciano está errado, na medida em que encontram evidência de polarização no Universo.
No mesmo sentido, a revista "Science et Vie", de Outubro de 2008, volta a enfatizar a singularidade da Terra e do sistema solar, com base em observações astronómicas, falando da necessidade de uma nova revolução coperniciana, mas agora de sentido contrário.
A Bíblia afirma que a Terra é singular, tendo sido especialmente desenhada para habitação do ser humano. Como não poderia deixar de ser, as observações científicas só poderiam corroborar esse entendimento.
Ludwig Kriippahl diz:
"ela veio pescar a folha dos códigos e começou a escrever coisas no computador".
Ou seja: informação codificada supõe sempre inteligência. Não se conhece qualquer excepção a esta regra.
O problema é que, como refere Richard Dawkins,
“The genetic code is truly digital in exactly the same sense as computer codes. This is not some vague analogy. It is the literal truth”.
Um outro problema, relacionado com este, é formulado pelo físico não criacionista Paul Davies,
‘How did stupid atoms spontaneously write their own software? … Nobody knows …"
Aqui é que ele se engana. A Bíblia tem a resposta.
O Universo, a vida e o Homem foram criados pela Palavra de Deus.
Ela introduziu a informação codificada de que eles dependem.
Mas a exposição da BN foi concebida por quem?
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