quarta-feira, 3 de junho de 2009

A lei do silêncio

O último número do semanário "Sol" numa reportagem muito esclarecedora sobre o que é Portugal hoje descreve o ambiente em Cinfães de Douro. Por lá podemos verificar não só o considerável atraso do país, relativamente à Europa, mas também ficar a saber que algumas escolas estão pior do que estavam. No Norte de Portugal, o ambiente nalguns sítios parece ser o de um filme de terror: reina o medo dos processos disciplinares. O regime democrático, parece, ainda lá não chegou.
"(...) No jardim-de-infância e na escola primária as crianças vão aprendendo as lições. A conversa do SOL com uma funcionária é interrompida aos gritos pela "responsável", uma mulher gorda e antipática, de voz bruta.

- "Ó Maria Irene, o que é que se passa?"

- "São uns senhores. Estão a fazer-me uma entrevista:"

- "Não se pode fazer entrevistas dentro da escola: Isto está pior do que antes do 25 de Abril. Ainda levamos com um processo disciplinar".

Dito isto virou as costas, esbaforida, como se visse o demónio. E Maria Irene nada mais disse. Antes do raspanete tinha ainda confessado que pensava que as eleições do próximo mês eram para a junta de freguesia. Depois de ouvir falar no Parlamento Europeu, também não ficou muito mais esclarecida. "Então devem servir para escolher outro Governo". "

5 comentários:

Anónimo disse...

O professor Fernando Charrua que o diga .

Fernando Martins disse...

"Então deve servir para escolher outro governo"

Ora aqui está uma frase sábia - vai sem dúvida, se os professores (os univversitários e os outros), os juízes, os polícias, os militares, os médicos, os enfermeiros, os agricultores, os funcionários públicos, os depositantes de alguns bancos e muitos outros forem votar...

Isabel Saraiva disse...

Já basta de sócretinos !!!

Anónimo disse...

"Feliz foi Ali Baba, que não viveu em Portugal e só conheceu 40 ladrões"

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ali_Bab%C3%A1

Anónimo disse...

O bizarro desta situação,por incrivel que pareça,é que os indígenas vão voltar a votar nos mesmos e dar a vitória aos mesmos."Quanto mais me bates, mais gosto de ti"

CARTAS DE AMOR RIDÍCULAS

Ainda e sempre Eugénio Lisboa. Um dos sonetos que nos confiou. Alguns escritores, preocupados com serem muitíssimo escritores, sujeitam-s...