segunda-feira, 15 de junho de 2009

Memória e barbárie


Por sugestão de colega deste blogue li o texto de Cristovão Tezza, o qual me sugeriu outro do mesmo autor, cujo título é Memória e barbárie. Passado quase um século sobre o que John Dewey afirmou acerca da incontornável necessidade de transmitir os valores ocidentais às nova gerações, continua a ser preciso alertar para os perigos da ignorância, como se eles não fossem mais do que evidentes.

Escreveu Tezza sobre a ignorância histórica:

"Todo mundo que já passou dos 50 costuma brincar com os lapsos de memória, o sinal da passagem do tempo. Mas há outra perda de memória, com a qual não podemos brincar – é a soma de informações históricas e de seus valores morais, éticos e intelectuais, esse conjunto de percepção da realidade que absorvemos pela vida. Numa palavra, a nossa cultura.
Somos de forma tão intensa a expressão de uma cultura que talvez muitos imaginem que ela aconteça por geração espontânea; que basta nascer para tudo aquilo que nossos pais aprenderam seja transmitido pelos genes; ou que toda a memória dos acontecimentos que vêm transformando o homem e a natureza desde que o mundo é mundo se transfira por milagre aos recém-nascidos. Se uma grande área da cultura é mesmo absorvida pela simples convivência, há outra área, a da História – e de tudo que se escreveu e deu ao homem moderno a cara que ele tem hoje –, que precisa começar de novo a cada geração. Com relação ao tempo histórico, a condição humana é sempre a de uma tabula rasa – começamos sempre de novo. E a História não é apenas um arrolar neutro de fatos – ela exige uma resposta ética."

Depois de contar um caso em que o conhecimento histórico parece estar ausente entre alunos universitários, o escritor, remata:

"Há muitas explicações psicológicas e sociais, mas vou reforçar apenas uma delas: a profunda ignorância da História de uma geração letrada que parece ter perdido os laços com o próprio tempo. E a sua correspondente anomia moral."

Imagem: Hitler discursando em Nuremberg em 1935.

2 comentários:

Anónimo disse...

Hitler manipulou populações , mas não julgue que não é controlado, porque todos somos... pela mente !!

A lavagem cerebral do século XXI:

Globalização é um sistema de poder que porá fim aos Estados - nações , ao patriotismo, à propriedade individual e, à família , como instituições fundamentais da nossa civilização, às tradicionais religiões monoteísta que serão substituídas por credos esotéricos, de origem pagã – babilónios, ao fim do Estado providência, proposto pela antiga vertente capitalista – liberal. Dará origem à limitação do desenvolvimento nacional do Estados – nações, pela chantagem ecológica e pela depressão económica forçada, pelo tráfego ilegal de capitais especulativos, pelo tráfico de drogas , pela corrupção em geral e pela redução salarial.
Finalmente as técnicas de manipulação psicológica, elaboradas em centros de pesquisa de controlo da mente estão sendo consagrados aos conceitos da cultura da paz, da bala perdida, do terrorismo urbano e dos direitos humanos que visam implantar o controle totalitário das populações e facilitar o seu desarmamento, o controle da natalidade, a difusão da contracultura (a liberação do uso de drogas, o sexo livre e o rock and rol, controle dos géneros de primeira necessidade, da natureza e da Ecologia, dos assuntos biológicos, nestes compreendidos a saúde, os transplantes e a alimentação).
O mais moderno centro de investigação das técnicas de controlo da mente humana envolve um complexo programa científico que pesquisa efeitos das ondas electrónicas de alta-frequência conhecida pela sigla HAARP (Hi-frequency Active Auroral Research Program). É patrocinado pelo pentágono e está situado no Alaska.

Mais sobre o assunto em,

http://publique.rdc.puc-rio.br/revistaalceu/media/Alceu_n14_Nojima.pdf

Madalena Madeira

Anónimo disse...

Corrijo : pagã-babilónia

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Para compreender – e enfrentar – discursos como o que aqui reproduzimos , da lavra da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Ec...