terça-feira, 2 de junho de 2009
LENÇO DE NAMORADOS POR UM MUSEU
A política de museus em Portugal parece estar em total desatino. Depois da "roda viva" de museus que a mudança do Museu dos Coches acarretaria, agora é o Museu de Arte Popular que parece condenado em favor de um Museu da Língua, que pode vir a ser uma cópia tosca do Museu da Língua Portuguesa de S. Paulo. Sim, também assinei o movimento em defesa do Museu de Arte Popular, em Belém, Lisboa, cuja visita é uma das minhas recordações de infância. A petição encontra-se aqui. E o movimento de cidadãos empenhados na causa da preservação do Museu informa:
"Foi entregue ontem ao Ministro da Cultura uma petição para a reabertura do processo de classificação do edifício do Museu de Arte Popular, incluindo os seus conteúdos decorativos (pintura murais, esculturas e baixos relevos) e considerando que edifício e museu são um todo integrado e coerente que deve ser preservado. Esta petição é uma iniciativa do mesmo grupo que, há semanas, desafiou com grande sucesso os lisboetas a comemorarem o Dia dos Museus bordando um enorme lenço de namorados em defesa do Museu de Arte Popular (Catarina Portas, Joana Vasconcelos, Raquel Henriques da Silva e Rosa Pomar)."
Vamos a ver o que é que o Ministério da Cultura responde, à medida que o movimento crescer. Este é o Ministério que, sem dinheiro (quão longe está a meta do um por cento do orçamento para a Cultura!) para manter decentemente o que existe, não só nos Museus como no Património, nas Bibliotecas, nas Artes, etc., anuncia novos projectos megalómanos...
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2 comentários:
Os nossos museus são uma vergonha, há peças expostas que estão à mão do público que as pode tocar, e toca, e que por isso estão bastante degradadas por esse contacto.
Dentro do mosteiro de Alcobaça vi pombas em cima de estátuas que estão dentro de algumas salas, etc.
E este pequenos pormenores não custariam muito dinheiro para serem resolvidos.
Até me custa entrar dentro de um destes museus porque fico muito mal disposto ao ver as coisas assim, ninguém liga nada a a nada nem há espírito de conservação.
luis
Na minha infância também o visitei como Museu de Arte Popular, posteriormente e antes de fechar definitivamente, foi nesse espaço que assisti a filmes fantásticos do cinema italizano como Felini, Pasolini, Visconti...
Sem dúvida, naquele espaço só faz sentido um Museu de Arte Popular, opção mais pertinente porquanto situado nas proximidades do Centro de Arte Contemporânea do CCB (para o distinguir do do Chiado, porque por um motivo que não percebo não lhe consigo chamar "Museu Colecção Berardo")
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