sábado, 17 de janeiro de 2009

Tecnologia ou metodologia?

Um conjunto de folhas brancas encadernadas ou um quadro preto sem nada escrito não se traduzem em recursos didácticos. O mesmo acontece com essa máquina extraordinária que é o computador comum.

Para o serem, têm de veicular conhecimentos, e de uma certa maneira: há regras a seguir para se construirem manuais, se usar o quadro, se produzir software para computador. Acresce que nenhum destes recursos dispensa o professor.

O computador, tal como o manual ou o quadro, pode ser um excelente suporte educativo, mas, para que isso aconteça, é preciso terem-se ideias concretas acerca dos conteúdos que os alunos devem adquirir e de "como se aprende", para se decidir "como os ensinar".

Odedecendo a estes requisitos, cada um destes recursos tem sentido no contexto escolar, o que não tem sentido é substituir-se os manuais e o quadro pelo computador, para se ensinarem as mesmas coisas da mesma maneira.

O humor ajuda a perceber esta ideia: clique o leitor aqui.

3 comentários:

Fartinho da Silva disse...

Este vídeo demonstra a enorme ignorância da grande maioria dos auto-proclamados "cientistas" e "especialistas" da educação: a escola de hoje não é nem a representada neste vídeo antes da introdução do computador nem a representada depois da introdução do mesmo!

Estes caros "cientistas" e "especialistas" continuam a ter como referência uma escola que não existe há, pelo menos, 20 anos...

Tenho pena, mesmo muita pena de quem é "professor" em Portugal! Como é que os "professores" conseguem aturar tanta ignorância e tão arrogante ignorância?

Sinceramente, já não tenho paciência para tanta demagogia travestida de "ciência"!

Helena Damião disse...

Caro leitor, talvez se possa ver o filme apenas e só como uma ilustração da proclamação da mudança, apenas pela mudança. Proclamação que é tanto mais estranha quando o que se fazia resultava em termos de aprendizagem.

Anónimo disse...

Para ensinar o teorema de Pitágoras são necessárias quatro coisas: que o professor o saiba; que o saiba ensinar; que o aluno seja capaz de o aprender; e que o aluno o queira aprender.
De resto, tanto faz usar uma apresentação em Powerpoint como fazer riscos no chão com um pau. Pode ser relevante em termos de conforto, mas nada mais do que isso.

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