segunda-feira, 1 de junho de 2009

PARA QUE SERVEM OS EXAMES?


Agora que os exames se aproximam, esta é a pergunta que o "Guia do Estudante" distribuído com o semanário "Expresso" fez a Leonor Santos, que, no subtítulo, é chamada "uma das maiores especialistas em avaliação das aprendizagens" e que, em caixa, é apresentada como coordenadora científica do Mestrado em Desenvolvimento Curricular na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A resposta? Pois, basicamente, para nada. Portanto, quem não sabe fica a saber que a política ministerial de diminuir e desvalorizar os exames tem uma sustentação teórica. Conforme está resumido no subtítulo, a entrevistada "questiona, ponto por ponto, os pressupostos que sustentam a existência de exames, tal como os conhecemos actualmente". Textualmente, a entrevistada responde à pergunta do título do seguinte modo:

"Os exames têm por função seriar. Mas até que ponto é que essa seriação permite ter alguma confiança?"

O leitor poderá pensar que se trata de uma opinião de fim de semana. Pois nem isso. O jornalista informa-nos que a entrevistada "sentiu necessidade de impor a si própria que jamais trabalharia ao domingo. E, ao sétimo dia, aproveita para jogar golfe e tentar melhorar o seu actual handicap de 22 pancadas. "

Para que serve o "handicap" no golfe? Fornece uma seriação, claro. Avalia o desenvolvimento realizado, evidentemente. Eu, que tenho confiança nessa seriação e que acho esse desenvolvimento útil, felicito a Professora Leonor Santos pelo seu progresso desportivo e faço votos para que continue a melhorar.

Fonte da figura: http://golf99.org/.../03/ladies_golf-257x300.jpg

6 comentários:

Luís Silva disse...

Argumento ad hominem. Fiolhais ao invés de contrapor os argumentos da dita especialista em "avaliação de aprendizagens" vai pela via manhosa do pequeno insulto. Será que é desta mesma pobre forma que Fiolhais faz ou ensina Física?

Fartinho da Silva disse...

É este tipo de pessoas que dominam quase por completo a ideologia da tonteria que grassa nas nossas "escolas", tendo como alvos principais os desgraçados dos "alunos" que não podem matricular-se nos poucos colégios que ainda resistem ao tsunami destruidor de neurónios a que habitualmente se dá o nome de "ciências" da educação!

Mas o seu medo de exames nacionais deve-se essencialmente ao terror que sentem de o país ficar a conhecer os VERDADEIROS conhecimentos que as nossas crianças e jovens bebem nas nossas "escolas"!

As "escolas" portuguesas foram transformadas numa espécie de centros de guarda e entretenimento de crianças e jovens onde por muito esforço que faça o aluno para chumbar não o consegue fazer. E não o consegue porque, para os "cientistas" e "especialistas" da educação chumbar é algo quase tão dramático como o acidente da ponte de Entre-os-Rios e então criaram uma muralha de relatórios, grelhas, formulários e entrevistas que os professores mais sérios e honestos acabam mais cedo ou mais tarde por desistir de atribuir as classificações que os alunos merecem de facto.

É país que temos... e é o país que quase todos merecemos...

Anónimo disse...

Luís Silva, deves estar a sonhar! Onde é que está o insulto do Carlos? Diz lá.
O texto só mostra a incongruência da gaja, que não dá importâcia às notas dos exames e depois anda muito preocupada em melhorar as suas notas do golf! Mais nada, ou sou eu que estou a ver mal.
Olha que o Carlos até é educadinho, nunca o vi insultar ninguém.
Eu nem gosto de me meter na conversa dos outros mas pareceu-me mesmo que falhaste completamente no teu comentário.
luis

Anónimo disse...

Este post apenas confirma aquilo que há muito tempo defendo: parte dos nossos problemas de ensino são causados por pessoas das universidades, que fazem mestrados e doutoramentos só porque "sim" e cujo o nível de contribuição é bastante discutivel. Não é apenas culpa das equipas ministrais (não estivesse a ministra ligada ao ensino supeiror...)
No entanto, devo alertar para os extremismos desta questão: se há aqueles que acham que não devem existir exames, também há aqueles que acham que deve haver exames para tudo. Foi com base nesta última premissa que há uns anos se criou uma coisa chamada "Provas Globais" cujo o único que tinha era: "dar a matéria para prova, independentemente se alunos aprendem ou não". Exames destes também digo, "não obrigado!"

Luís Silva disse...

Afirmar que a senhora não trabalha ao domigo, da forma como o Fiolhais o disse, constitui um pequeno e manhoso insulto. Relacionar o "handicap" no golfe com os exames escolares, constitui um insulto para o leitor. É preciso argumentar. Nomeadamente afirmando que o facto de nenhum método de avaliação de conhecimentos ser completamente fiável isso não implica que temos de deixar cair os exames como método de avaliação.

Anónimo disse...

Faltam aqui alguns espelhos e EXEMPLOS...

Espelhos não da drogaria, mas da introspecção...
EXEMPLOS porque são os factos, que contrariam os argumentistas do exército da balda generalizada, reduzindo a disciplina, a meia-dúzia de rezas, macumbas, ou então umas burrocracias típicas daqueles que são manifestos alpacas verbeteiros...

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