quinta-feira, 4 de março de 2021

NOVOS CLASSICA DIGITALIA

Série “Autores Gregos e Latinos” [textos]


Carlos A. Martins de Jesus: Antologia Grega. Epigramas de Banquete e Burlescos: (Livro XI). Introdução, tradução do grego, notas e índices (Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2021). 190 p.

DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-26-2056-5

 [Os 442 epigramas que compõem o livro XI da Antologia Grega constituem a melhor mostra do género do epigrama satírico da antiguidade grega, da época clássica à bizantina. Ainda assim, o anónimo escriba do Palatinus estabeleceu uma subdivisão interna, entre poemas ditos “de banquete” (sympotika, núms. 1-64) e “burlescos” (skoptika, núms. 65-442). Reveladoras são as suas palavras sobre estes componentes: “Amplo uso se fez, ao longo da vida, dos epigramas burlescos, dado que o homem tanto gosta de burlar-se dos outros como de ouvir os outros a burlar-se do próximo, algo que, estou em crer, sempre aconteceu entre os antigos, como se mostrará com os epigramas seguintes”.]

 

Joaquim Pinheiro: Plutarco. Vidas Paralelas: Aristides e Catão Censor. Introdução, tradução do grego, notas e índices (Coimbra, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2021). 164 p.

DOI: https://doi.org/10.14195/978-989-26-2080-0

 [Em diferentes contextos, Aristides e Catão Censor são paradigmas de figuras históricas que se dedicaram à causa pública. Enfrentando obstáculos de diversa natureza, souberam, apesar dos oponentes à sua estratégia política, manter os seus valores. Por meio da arete e da dynamis, distinguiram-se na politeia e a atingir a doxa. No entanto, como é muitas vezes inerente à atividade política, isso contribuiu para o ostracismo de Aristides e também Catão Censor conseguiu suscitar a inimizade em vários sectores da sociedade romana. Plutarco, selecionando um conjunto de ações, evidencia um aspeto que é transversal na história do pensamento político: o coletivo e o privado. Aristides, mais do que Catão Censor, consegue valorizar o sentido coletivo da sua ação política em detrimento do bem-estar individual. O que para alguns pode ser falta de ambição, para Aristides é respeito pela justiça e pelo coletivo. Quanto a Catão Censor, distingue-se pelo sucesso com que gere o privado, o que pode ser um sinal de mesquinhez ou grandeza de espírito. No exercício das suas funções políticas, procuraram ambos manter uma conduta moral exemplar, ainda que condicionados por diferentes circunstâncias pessoais e também sociais.] 

Sem comentários:

CARTA A UM JOVEM DECENTE

Face ao que diz ser a «normalização da indecência», a jornalista Mafalda Anjos publicou um livro com o título: Carta a um jovem decente .  N...