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2 comentários:
“Beleza é verdade, verdade é beleza.”
Verdade é um fato - assume a forma do que estiver dentro. Pode ser beleza ou fealdade. Ou nem isso.
Parabéns pelo programa inspirador, cheio de sugestões, como um livro que merece um leitor que o leia, por mais leituras que faça. Do que me despoletou a atenção, destaco a referência do Carlos Fiolhais às equações (ao sinal =). A discussão sobre o conhecimento e sobre a linguagem, sobre as humanidades, as artes, as expressões, as ciências...não pode ignorar a ciência feita sobre essa mesma discussão e que é uma vasta filosofia, no melhor sentido da palavra, considerando as duas vertentes privilegiadas de produção de conhecimento, a dedução, a partir do que se conhece e a indução, partindo de hipóteses...
As equações são um bom ponto de partida para pensarmos na consistência dos nossos conhecimentos, sejam eles mais matemáticos ou menos. No fundo, estamos constantemente a equacionar e a procurar resolver equações. Neste pormenor, o que me parece distinguir mais as ciências, o conhecimento científico, das outras modalidades de conhecimento, competências, respostas, comportamentos, é sobretudo o modo e a linguagem em que equacionam os problemas e o modo e a linguagem em que resolvem, quando resolvem, as equações.
Todos nós passamos os dias a equacionar e a resolver equações e deitamo-nos com as equações, acordamos com elas e não nos livramos delas. Quando resolvemos umas, logo emergem outras e isto tanto acontece na música, como nas línguas, como na pintura, na moral, ou na religião.
Na matemática, as equações, tanto quanto sei, são da ordem do mais, do menos, da multiplicação, da divisão, da proporção, da progressão, regressão, finito, infinito, etc., e o significado, muitas vezes, depende de algum atributo dos números, como, por exemplo, "número de mortos", em que mortos é decisivo no significado.
Mas estou a especular numa área em que sou apenas um curioso.
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