Reproduzimos um breve extracto do artigo "Do oito ao oitenta no ensino básico" da autoria de António Amaro Monteiro, professor, recentemente publicado no jornal Diário de Coimbra.
"Eu não quero ser pessimista mas, pelo rumo que as coisas levam, nomeadamente pela desconsideração e maus tratos aos professores, a escola será cada vez mais dispensável e a profissão docente, tal como hoje existe, tem os seus dias contados (...):
a violência contra os professores e auxiliares educativos demonstram-no e o “Dr. Google” encarrega-se de substituir a escola como fonte de qualquer informação utilitária. Os professores mais úteis e necessários no futuro serão precisamente aqueles que conseguirem ensinar os analfabetos a ler e escrever – os instrumentos básicos para qualquer aprendizagem. Tudo o resto será substituído pela Internet."
2 comentários:
Já nem os grandes pedagogos do eduquês, a soldo do Banco Mundial e de outras grandes organizações internacionais, como a OCDE, conseguem, com a sua linguagem hermeticamente eufemística, esconder do povo o estado decadente para que lançaram a educação, o ensino e as escolas em Portugal.
A principal razão apresentada para não fechar as escolas portuguesas - o que seria uma medida política arrojada, reveladora de grande visão tática e estratégica daqueles que nos governam -, para procurar suster em fases iniciais a epidemia do coronavírus que alastra pelo nosso país, foi a de que o Estado não dispõe de outras instituições, para além das escolas, para “tomar conta das crianças enquanto os pais estão a trabalhar”. Depreende-se que ensinar, aprender, realizar exames e outras provas de avaliação são atividades humanas que já pouco, ou nada, têm que ver com as escolas. Por causa destes anacronismos educativos, tanto faz que as escolas estejam fechadas como abertas. Já para distribuir subsídios de formação e refeições quentes à juventude pobre, concordo que o governo tenha sempre abertas de par em par as portas das escolas C + S e EB 1,2,3 + JI.
As escolas, quando se transformarem completamente em armazéns de jovens, deixarão de o ser.
Jesus Cristo disse: “Nem só de pão vive o Homem”.
A grande batalha continua sendo o CONTEÚDO da Wikipedia. É por aí onde a pesquisa começa (e muitas vezes, finaliza). Existe gente trabalhando incansavelmente para que este conteúdo seja verdadeiro, baseado em fatos e nas ciências. Indico uma pessoa extraordinária neste empreendimento: Susan Gerbic; e o site: abouttimeproject.wordpress.com
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