sábado, 7 de março de 2020

Ensino Politécnico: Passado, Presente e Futuro


O texto que ora transcrevo na foto, foi publicado, simultaneamente, no “”Diário de Coimbra” e no “Público” (2006).

Já são  passados cerca de catorze anos, portanto. Encontro razão para a sua republicação por comungar  destes dois pensamentos: 1)“Um dia, quando olhares para trás, verás que os dias mais belos da tua vida foram aqueles em que lutaste” (Freud) 2) “Onde Sancho vê moinhos / D. Quixote vê gigantes. / Vê moinhos? São  moinhos / Vê gigantes? São gigantes” (António Gedeão”).

O que eu sempre critiquei, e continuo a criticar, é o facto do ensino politécnico desviar-se de um passado honroso descurando uma identidade própria em busca, “à outrance”, de se  transmutar numa cópia do ensino universitário: o próprio e actual logotipo, que custou fortunas, mais não é que que um U(niversidade) de cabeça baixo responsável pelo síndrome vertiginoso.

Ora como é sabido as cópias nada ou pouco valem em relação ao original. Neste caso, essa cópia sai valorizada para que se estabeleça um confronto entre aquilo que o Politécnico foi no passado, é no presente e as suas aspirações futuras. Como diria Nietzche, “se se quer ser alguém, deve venerar-se a própria sombra”, não perspectivando , como na “Alegoria da Caverna” de Platão , imagens  projectadas, por uma fogueira, numa parede  que não correspondem à verdade dos factos.

Abreviando razões, nesta discutível problemática, mais do que paixão, deve ser exigido o “soberaníssimo  bom senso” de que nos falou Antero!

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