O texto que ora
transcrevo na foto, foi publicado, simultaneamente, no “”Diário de Coimbra” e no
“Público” (2006).
Já são passados cerca de catorze anos, portanto.
Encontro razão para a sua republicação por comungar destes dois pensamentos: 1)“Um dia, quando
olhares para trás, verás que os dias mais belos da tua vida foram aqueles em
que lutaste” (Freud) 2) “Onde Sancho vê moinhos / D. Quixote vê gigantes. / Vê
moinhos? São moinhos / Vê gigantes? São
gigantes” (António Gedeão”).
O que eu sempre
critiquei, e continuo a criticar, é o facto do ensino politécnico desviar-se de
um passado honroso descurando uma identidade própria em busca, “à outrance”, de
se transmutar numa cópia do ensino
universitário: o próprio e actual logotipo, que custou fortunas, mais não é que
que um U(niversidade) de cabeça baixo responsável pelo síndrome vertiginoso.
Ora como é sabido as
cópias nada ou pouco valem em relação ao original. Neste caso, essa cópia sai valorizada
para que se estabeleça um confronto entre aquilo que o Politécnico foi no passado, é no
presente e as suas aspirações futuras. Como diria Nietzche,
“se se quer ser alguém, deve venerar-se a própria sombra”, não perspectivando ,
como na “Alegoria da Caverna” de Platão , imagens projectadas, por uma fogueira, numa parede que não correspondem à verdade dos factos.
Abreviando razões, nesta
discutível problemática, mais do que paixão, deve ser exigido o “soberaníssimo bom senso” de que nos falou Antero!
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