terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Sobre Leão Tolstoi


Informação recebida da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, que tem patente na sua Sala do Catálogo uma exposição sobre Leão Tolstoi, que morreu há cem anos:

Também conhecido como Leon Tolstoi, Liev Tolstói ou Leo Tolstoy, Lev Nikoláievich Tolstói, nasceu em 9 de Setembro de 1828, em Yasnaya Polyana, província de Tula.

Nascido numa família nobre, ficou órfão aos nove anos e foi educado por preceptores. Inicia, em 1843, o curso de Letras e Direito na Universidade de Kazan e, depois de formado, passa um período em Moscovo, alistando-se em seguida na guarnição do Cáucaso. Foi aqui que escreveu Infância (1852), livro que alcançou grande êxito, e a primeira parte de Memórias.

No final da década de 1850, preocupado com a precariedade da educação no meio rural, Tolstoi criou uma escola alternativa, cujos métodos anteciparam a educação progressiva moderna e para a qual redigiu os livros didácticos.

Em 1856 abandona a carreira militar e viaja pela Europa, visitando diversos países. Ao regressar, isolou-se na sua propriedade rural, dedicando-se em exclusivo à literatura. Casou-se nessa altura com Sofia Bers, de quem teve treze filhos.

Em 1865, iniciou a elaboração de Guerra e Paz, uma das maiores obras literárias de todos os tempos, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia. Em fins da década de 1870 escreveu o romance psicológico, Anna Karenina, onde denuncia o ambiente hipócrita da época e realiza um dos retratos femininos mais profundos e sugestivos da Literatura.

Além de sua fama como escritor, ficou igualmente famoso por se tornar, na velhice, um pacifista, cujas ideias colidiam com as igrejas e governos, defendendo uma vida simples em proximidade com a natureza.

Distancia-se cada vez mais da sua família, abandona aos 82 anos de idade a sua casa e parte de comboio na companhia de Aleksandra, sua médica e filha mais nova, em busca de um lugar onde pudesse sentir-se mais próximo de Deus.

Com a saúde debilitada é obrigado a descer na cidade de Astapovo, devido a uma pneumonia, sendo acolhido pelo próprio agente da estação. Morre alguns dias depois a 20 de Novembro de 1910.

1 comentário:

Anónimo disse...

LIEV TOLSTOI

A humanidade tem a obrigação
de promover, conforme for capaz,
a centenária comomoração
do genial autor da "Guerra e Paz"!

Edificante foi sua existência
de apóstolo do bem sem restrições
de acordo com a sua consciência
à margem de quaisquer religiões.

Quem não recorda a "Anna Karenina"
em que ele põe a nu, com muita argucia,
as profundezas da alma feminina?

Amou a sua pátria, amou a Rússia,
mostrando que se pode amar a Deus
sem tributo pagar aos fariseus!

JOÃO DE CASTRO NUNES

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