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Informação recebida da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, que tem patente na sua Sala do Catálogo uma exposição sobre Leão Tolstoi, que morreu há cem anos:
Também conhecido como Leon Tolstoi, Liev Tolstói ou Leo Tolstoy, Lev Nikoláievich Tolstói, nasceu em 9 de Setembro de 1828, em Yasnaya Polyana, província de Tula.
Nascido numa família nobre, ficou órfão aos nove anos e foi educado por preceptores. Inicia, em 1843, o curso de Letras e Direito na Universidade de Kazan e, depois de formado, passa um período em Moscovo, alistando-se em seguida na guarnição do Cáucaso. Foi aqui que escreveu Infância (1852), livro que alcançou grande êxito, e a primeira parte de Memórias.
No final da década de 1850, preocupado com a precariedade da educação no meio rural, Tolstoi criou uma escola alternativa, cujos métodos anteciparam a educação progressiva moderna e para a qual redigiu os livros didácticos.
Em 1856 abandona a carreira militar e viaja pela Europa, visitando diversos países. Ao regressar, isolou-se na sua propriedade rural, dedicando-se em exclusivo à literatura. Casou-se nessa altura com Sofia Bers, de quem teve treze filhos.
Em 1865, iniciou a elaboração de Guerra e Paz, uma das maiores obras literárias de todos os tempos, sobre as campanhas de Napoleão na Rússia. Em fins da década de 1870 escreveu o romance psicológico, Anna Karenina, onde denuncia o ambiente hipócrita da época e realiza um dos retratos femininos mais profundos e sugestivos da Literatura.
Além de sua fama como escritor, ficou igualmente famoso por se tornar, na velhice, um pacifista, cujas ideias colidiam com as igrejas e governos, defendendo uma vida simples em proximidade com a natureza.
Distancia-se cada vez mais da sua família, abandona aos 82 anos de idade a sua casa e parte de comboio na companhia de Aleksandra, sua médica e filha mais nova, em busca de um lugar onde pudesse sentir-se mais próximo de Deus.
Com a saúde debilitada é obrigado a descer na cidade de Astapovo, devido a uma pneumonia, sendo acolhido pelo próprio agente da estação. Morre alguns dias depois a 20 de Novembro de 1910.
1 comentário:
LIEV TOLSTOI
A humanidade tem a obrigação
de promover, conforme for capaz,
a centenária comomoração
do genial autor da "Guerra e Paz"!
Edificante foi sua existência
de apóstolo do bem sem restrições
de acordo com a sua consciência
à margem de quaisquer religiões.
Quem não recorda a "Anna Karenina"
em que ele põe a nu, com muita argucia,
as profundezas da alma feminina?
Amou a sua pátria, amou a Rússia,
mostrando que se pode amar a Deus
sem tributo pagar aos fariseus!
JOÃO DE CASTRO NUNES
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