sábado, 31 de outubro de 2009

Ainda a vacina da gripe A

Leio no "Expresso" de hoje que muita gente dos grupos prioritários tem faltado, por uma razão ou por outra, à vacinação. Porque não facultar desde já a vacina a quem não esteja nesses grupos? Eu, logo que possível, quero ser vacinado. E, como eu, haverá muita gente...

2 comentários:

Carlos Medina Ribeiro disse...

CONTA-SE que o Capitão Cook, conhecedor das virtudes dos citrinos no combate ao terrível escorbuto, ordenou aos seus marinheiros que os consumissem - o que, por serem desagradáveis ao paladar, provocou grande contestação.

Simplesmente, como ele era também um bom conhecedor da natureza humana, pouco depois decretou que as frutas existentes a bordo seriam apenas para os oficiais. Seguiu-se o que ele esperava: uma revolta da tripulação, exigindo o fim desse privilégio!

Transpondo esta pequena estória para os dias de hoje:

É bem possível que o estabelecimento de grupos prioritários para serem vacinados contra a 'Gripe A' venha a ter o efeito do «também quero!» sobre muitas pessoas que, à partida, a recusariam...

Rogério Marques disse...

Esta história da vacina da gripe A e do capitão Cook fez-me lembrar de outra história:

A história do Rei Frederico o Grande da Prussia há aí uns 300 anos...
O Rei queria trazer batatas para o reino, e que o povo passasse a comer batatas para não passar fome. Ele quis no início que fosse obrigatório cultivar e comer batatas.
O povo recusou-se imediatamente, diziam até "nem os cães comem isto!"
Há até registos de populares a serem executados porque se recusavam a cultivar batatas.

Então o Rei tentou o plano B:
O Rei ordenou que a batata fosse declarada um vegetal Real, que só a realeza a pudesse comer e que fosse feita uma enorme plantação Real de batatas, só para ele e a família Real, tinha lá guardas e tudo.
Só que ele ordenou que os guardas não guardassem aquilo com muita competência.
Só que se há uma coisa que é característica do povo do século 18, é que pensavam que tudo o que valia a pena guardar, também valia a pena roubar...
Logo o povo começou a roubar as batatas e até se formou um mercado negro de batatas.
Em pouco tempo estava toda a gente a querer batatas. Depois houve condições para legalizar (LOL) as batatas e assim o Rei conseguiu ludibriar o povo para o bem do próprio povo (grande LOL).
Felizmente nesse caso o líder era bem intencionado.

Era assim que se mudavam sociedades antigamente quando o povo era todo analfabeto, estúpido, ignorante e esfaimado.

Felizmente hoje o povo não é todo estúpido e ignorante e esfaimado.

Podemos ser convencidos com base na evidência a agir de forma diferente.

E felizmente não acreditamos cegamente que os nossos governantes têm sempre gestos bem intencionados como o do Rei da Prússia.

CARTA A UM JOVEM DECENTE

Face ao que diz ser a «normalização da indecência», a jornalista Mafalda Anjos publicou um livro com o título: Carta a um jovem decente .  N...