Foi anunciado ontem o prémio Príncipe de Astúrias 2007 de Investigação Científica e Técnica. Atríbuido a dois grandes nomes da Biologia do Desenvolvimento, Ginés Morata e Peter Lawrence, o prémio deste ano homenageia uma carreira dedicada aos mecanismos celulares envolvidos na formação dos organismos. Do embrião ao adulto, com implicações para o cancro e envelhecimento, o trabalho destes dois cientistas foi desenvolvido em Madrid e em Cambridge.Com uma colaboração extensa, que se iniciou no Laboratório de Biologia Molecular de Cambridge, tanto Morata como Lawrence, têm demonstrado ao longo dos anos o que é fazer “ciência pela ciência”, sempre procurando avançar o conhecimento científico. O seu trabalho foi pioneiro em temas como o funcionamento dos compartimentos biológicos como unidades funcionais que regulam, mediante gradientes moleculares e sob a influência de conjuntos de genes, o programa de desenvolvimento embrionário. Utilizando como modelo principal a mosca da fruta (Drosophila melanogaster), esforçaram-se por esclarecer e compreender os processos morfogenéticos durante o desenvolvimento embrionário e abordaram questões de imensa complexidade como a função de alguns genes altamente conservados desde os insectos ao Homem, assim como a formação dos orgãos.
Este prémio pretende ressaltar também a importância da escola espanhola de Biologia de Desenvolvimento que tem sido fundamental para esta disciplina, tanto a nível nacional como internacional.
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